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Gonçalo M. Tavares
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Poeta e romancista português, Gonçalo M. Tavares nasceu no ano de 1970 na cidade de Luanda, em Angola.

Pouco se sabe da sua ascendência e infância, exceto que acompanhou a família rumo à Metrópole após a derrota portuguesa na Guerra Colonial.
Estabeleceu-se eventualmente na cidade de Aveiro, onde estudou, seguindo a área vocacional de Educação Física.

Após ter concluído o ensino secundário, decidiu enveredar pelas Letras, pelo que se matriculou no curso de Filosofia, que terminou com sucesso.
Veio a tornar-se mais tarde professor assistente da cadeira de Epistemologia da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa.

A partir de 1992 começou a publicar alguns artigos dedicados ao desporto e, nos inícios de 1999 passou a colaborar com várias publicações periódicas.

A carreira de Gonçalo M. Tavares arrancou verdadeiramente a partir do momento em que traduziu seis dos seus poemas para a língua inglesa e os enviou para uma revista literária de Boston, a Salamander.

Assim, quando submeteu o seu primeiro trabalho de corpo, uma compilação de poemas intitulada Investigações Novalis (2002) a um concurso literário, foi imediatamente agraciado com o Prémio Revelação de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores. Influenciado pela cultura budista do aforismo, a obra caracterizava-se por um discurso mais conceptual, em que a forma decorria mais da retórica clássica do que da poética propriamente dita.

No ano de 2000 foi-lhe atribuída uma bolsa de Criação Literária do Ministério da Cultura para a área da Poesia. Publicou a sua primeira obra em 2001, uma recolha de poemas dedicados à temática do corpo, e entre os quais se destacaram "De Qualquer Modo Dança", "A História da Dança", "Não encontro o Amor", "A Alma Existe?" e "Dobrar-se".

Também nesse ano apareceram três outros volumes, O Senhor Valéry (2002), conjunto de textos narrativos à primeira vista destinados ao público infantil mas, que no fundo, aspirava a uma sucessão de considerações filosóficas, galardoado com o Prémio Branquinho da Fonseca, A Colher de Samuel Beckett e Outros Textos (2002), que prosseguia o estilo característico do poeta, marcado essencialmente por homenagens e citações, e O Homem ou é Tonto ou é Mulher (2002), que incluía, por exemplo, aliterações criadas a partir do título português de uma obra do sueco Stig Dagerman, Vårt behov av tröst är omättligt...(1952, A nossa necessidade de consolo é impossível de satisfazer).

Atravessando diferentes géneros literários, os seus livros, hoje traduzidos em mais de 50 países, receberam vários prémios em Portugal e no estrangeiro. Com Aprender a rezar na Era da Técnica conquistou o Prix du Meuilleur Livre Étranger 2010 (França), prémio antes atribuído a autores como Robert Musil, Orhan Pamuk, John Updike, Philip Roth, Gabriel García Márquez, Salman Rushdie ou Elias Canetti.

Entre vários galardões nacionais e internacionais, a sua obra foi distinguida ainda com o Prémio Ler Millennium BCP 2004, o Prémio Literário José Saramago 2005, o Prémio Portugal Telecom 2007 e 2011 (Brasil), Prémio Internazionale Trieste 2008 (Itália), Prémio Belgrado 2009 (Sérvia), Grand Prix Littéraire du Web – Culture 2010 (França), Prix Littéraire Européen 2011 (França), e foi por várias vezes finalista do Prix Médicis e Prix Femina. Uma Viagem à Índia recebeu, entre outros, o Grande Prémio de Romance e Novela APE 2011.

Os seus livros deram origem, em diferentes países, a peças de teatro, de dança e radiofónicas, curtas-metragens e objectos de artes plásticas, vídeos de arte, ópera e performances, projectos de arquitectura e mesmo teses académicas.

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Porto Editora – Gonçalo M. Tavares na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-14 14:55:26]. Disponível em
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