gravuras rupestres de Vila Nova de Foz Coa
O ano de 1996 assiste à criação do Parque Arqueológico do Vale do Coa e, em definitivo, à suspensão das polémicas obras da barragem que a EDP planeava construir na foz daquele rio, próximo de Vila Nova de Foz Coa.
A importância deste parque arqueológico reside na existência de diversos núcleos de arte rupestre ao ar livre, numa extensão de 17 km abrangendo o Vale do Coa e as margens do seu rio, o que o torna um lugar único em todo o mundo. No estado atual dos conhecimentos, calcula-se que se encontrem gravadas na rocha milhares de gravuras, documentando as diversas idades da Pré-História e da História humana em Portugal.
O Vale do Coa é uma obra de arte iniciada em pleno Paleolítico (há cerca de 24 mil anos), que percorre as várias fases do Neolítico até à Idade do Ferro (meados do 1.o milénio), contendo ainda representações religiosas e populares executadas entre o século XVII da nossa era e os anos 50 do século XX.
Identificados estão já quatro núcleos principais de gravuras e pinturas rupestres. Em 1992 foram detetadas as gravuras da Canada do Inferno (Vila Nova de Foz Coa). Entre o ano de 1993 e 1995 foram descobertos novos conjuntos de gravuras em Ribeira de Piscos (Muxagata), Penascosa (Castelo Melhor) e Quinta da Barca (Chãs). Estes núcleos localizam-se nas proximidades das margens do Coa e em zonas de afloramentos xistosos, embora se tenha conhecimento de outras áreas mais recentes, como a Faia, inserida numa formação granítica.
1995 é o ano em que se levam a efeito prospeções arqueológicas e se descobrem vestígios materiais da ocupação humana na área com cerca de 22 mil anos de existência. Os trabalhos de escavações arqueológicas vieram corroborar a datação das espécies figuradas nas rochas, atribuídas por comparação estilística com outras representações de arte rupestre em grutas de Espanha e de França e que, cronologicamente, se encontram bem delimitadas.
Da arte paleolítica, as representações gravadas são dominadas pela figuração zoomórfica, caso do cavalo, do auroque - antepassado selvagem dos atuais bois domésticos -, da cabra montês e de peixes (Penascosa). As gravuras apresentam um elevado grau de realismo e algumas revelam mesmo uma tentativa de transmitir um certo movimento, através da sobreposição de mais do que uma cabeça ao corpo do animal gravado.
Do Neolítico e do Calcolítico (cerca do ano 4 mil ao ano 2 mil a. C.) datam as pinturas estilizadas, com afinidades estilísticas às existentes em monumentos megalíticos do Norte e Centro de Portugal. A figuração humana volta a surgir na Idade do Ferro (meados do 1.o milénio a. C.), com representações de guerreiros a cavalo e empunhando armas.
A arte rupestre do Vale do Coa, para além de revelar o elevado grau artístico dos homens que a executaram, desvenda o modo de vida dos seus habitantes. Dos nómadas caçadores-recoletores e pescadores do Paleolítico até às primeiras formas de economia sedentária agropastoril do Neolítico, passando pelos guerreiros da Idade do Ferro, tudo isto testemunham as gravuras e as pinturas deste imenso santuário religioso e secular do nordeste de Portugal.
Esta área foi classificada Património Mundial pela UNESCO em 1998.
A importância deste parque arqueológico reside na existência de diversos núcleos de arte rupestre ao ar livre, numa extensão de 17 km abrangendo o Vale do Coa e as margens do seu rio, o que o torna um lugar único em todo o mundo. No estado atual dos conhecimentos, calcula-se que se encontrem gravadas na rocha milhares de gravuras, documentando as diversas idades da Pré-História e da História humana em Portugal.
O Vale do Coa é uma obra de arte iniciada em pleno Paleolítico (há cerca de 24 mil anos), que percorre as várias fases do Neolítico até à Idade do Ferro (meados do 1.o milénio), contendo ainda representações religiosas e populares executadas entre o século XVII da nossa era e os anos 50 do século XX.
1995 é o ano em que se levam a efeito prospeções arqueológicas e se descobrem vestígios materiais da ocupação humana na área com cerca de 22 mil anos de existência. Os trabalhos de escavações arqueológicas vieram corroborar a datação das espécies figuradas nas rochas, atribuídas por comparação estilística com outras representações de arte rupestre em grutas de Espanha e de França e que, cronologicamente, se encontram bem delimitadas.
Da arte paleolítica, as representações gravadas são dominadas pela figuração zoomórfica, caso do cavalo, do auroque - antepassado selvagem dos atuais bois domésticos -, da cabra montês e de peixes (Penascosa). As gravuras apresentam um elevado grau de realismo e algumas revelam mesmo uma tentativa de transmitir um certo movimento, através da sobreposição de mais do que uma cabeça ao corpo do animal gravado.
Do Neolítico e do Calcolítico (cerca do ano 4 mil ao ano 2 mil a. C.) datam as pinturas estilizadas, com afinidades estilísticas às existentes em monumentos megalíticos do Norte e Centro de Portugal. A figuração humana volta a surgir na Idade do Ferro (meados do 1.o milénio a. C.), com representações de guerreiros a cavalo e empunhando armas.
A arte rupestre do Vale do Coa, para além de revelar o elevado grau artístico dos homens que a executaram, desvenda o modo de vida dos seus habitantes. Dos nómadas caçadores-recoletores e pescadores do Paleolítico até às primeiras formas de economia sedentária agropastoril do Neolítico, passando pelos guerreiros da Idade do Ferro, tudo isto testemunham as gravuras e as pinturas deste imenso santuário religioso e secular do nordeste de Portugal.
Esta área foi classificada Património Mundial pela UNESCO em 1998.
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Como referenciar
Porto Editora – gravuras rupestres de Vila Nova de Foz Coa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-23 03:44:02]. Disponível em
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