Igreja de S. Miguel
A medieval Igreja de S. Miguel foi erguida nos limites de Castelo Branco e apresentava uma estrutura que se filiava na transição da arte românica para a linguagem do gótico ogival. Contudo, o seu perfil foi profundamente alterado e da primitiva construção nada subsiste.
A atual Igreja de S. Miguel é uma obra marcada pela depurada linguagem arquitetónica dos finais do século XVII, vindo a receber intervenções pontuais até ao século XIX.
Instituído o bispado de Castelo Branco no ano de 1771, a Igreja de S. Miguel foi adaptada a Sé Catedral, função que desempenhou até 1882, ano da extinção e anexação de Castelo Branco ao bispado de Portalegre.
Ao aproximar-se os finais do século XVII, o templo albicastrense estava arruinado e ameaçava cair, pelo que D. Martins de Melo, bispo da Guarda, ordenou a sua reconstrução, doando para o efeito algum pecúlio, enquanto a cidade suportaria as restantes despesas.
Em 1803, a cobertura do templo abateu, o que levou o bispo D. Vicente Ferrer da Rocha a reerguer e modificar S. Miguel, introduzindo nela algumas alterações - entre outras, a Capela do Santíssimo e a sacristia.
A maciça frontaria de S. Miguel impõe-se pela sua volumetria, mas a nível decorativo é contida. O piso da entrada é constituído por três portais, o axial de maiores dimensões, os laterais rematados por frontões triangulares, enquanto o central é sobrepujado por frontão curvo interrompido e preenchido por cruz latina, sobre um coração envolto por enrolamentos vegetalistas. Superiormente, a fachada é rasgada por duas varandas gradeadas ladeando um ornamentado nicho, contendo a escultura de pedra policromada de S. Miguel combatendo o Dragão. A empena da igreja é de forma triangular, com um óculo circular no tímpano, rematada no topo por cruz latina, tendo de cada lado uma torre sineira cupulada.
O seu interior é grandioso e possui apenas uma nave, abrindo-se nas suas paredes seis vãos circulares com altares de talha dourada que fazem de moldura a diversas telas e esculturas de santos de madeira.
Imponente é também o arco triunfal de volta perfeita, rematado por movimentada composição arquitetónica e encimado por um nicho contendo uma pintura da Ressurreição.
No lado do Evangelho rasga-se um portal de acesso à capela do Santíssimo. Desenhando uma planta hexagonal, a capela é revestida a mármore branco e de tonalidades escuras. No meio encontra-se um altar contendo um baixo-relevo da Santíssima Trindade, para além de uma tela com a Última Ceia. No lado oposto da Epístola abre-se uma porta com o brasão de D. Vicente Ferrer da Costa e que estabelece acesso à antecâmara da sacristia, tanto uma como outra obras dos começos de Oitocentos, aglutinando uma linguagem artística de transição entre o "rocaille" e o Neoclassicismo.
O acesso exterior de sacristia é feito através de um aparatoso portal decorado por movimentados motivos do barroco tardio, incorporando-se nesta um magnífico brasão episcopal. O interior da dependência possui um altar, guardando-se na sacristia belos exemplares de paramentos com bordados de Castelo Branco, peças litúrgicas datadas dos séculos XVII e XVIII.
A atual Igreja de S. Miguel é uma obra marcada pela depurada linguagem arquitetónica dos finais do século XVII, vindo a receber intervenções pontuais até ao século XIX.
Instituído o bispado de Castelo Branco no ano de 1771, a Igreja de S. Miguel foi adaptada a Sé Catedral, função que desempenhou até 1882, ano da extinção e anexação de Castelo Branco ao bispado de Portalegre.
Em 1803, a cobertura do templo abateu, o que levou o bispo D. Vicente Ferrer da Rocha a reerguer e modificar S. Miguel, introduzindo nela algumas alterações - entre outras, a Capela do Santíssimo e a sacristia.
A maciça frontaria de S. Miguel impõe-se pela sua volumetria, mas a nível decorativo é contida. O piso da entrada é constituído por três portais, o axial de maiores dimensões, os laterais rematados por frontões triangulares, enquanto o central é sobrepujado por frontão curvo interrompido e preenchido por cruz latina, sobre um coração envolto por enrolamentos vegetalistas. Superiormente, a fachada é rasgada por duas varandas gradeadas ladeando um ornamentado nicho, contendo a escultura de pedra policromada de S. Miguel combatendo o Dragão. A empena da igreja é de forma triangular, com um óculo circular no tímpano, rematada no topo por cruz latina, tendo de cada lado uma torre sineira cupulada.
O seu interior é grandioso e possui apenas uma nave, abrindo-se nas suas paredes seis vãos circulares com altares de talha dourada que fazem de moldura a diversas telas e esculturas de santos de madeira.
Imponente é também o arco triunfal de volta perfeita, rematado por movimentada composição arquitetónica e encimado por um nicho contendo uma pintura da Ressurreição.
No lado do Evangelho rasga-se um portal de acesso à capela do Santíssimo. Desenhando uma planta hexagonal, a capela é revestida a mármore branco e de tonalidades escuras. No meio encontra-se um altar contendo um baixo-relevo da Santíssima Trindade, para além de uma tela com a Última Ceia. No lado oposto da Epístola abre-se uma porta com o brasão de D. Vicente Ferrer da Costa e que estabelece acesso à antecâmara da sacristia, tanto uma como outra obras dos começos de Oitocentos, aglutinando uma linguagem artística de transição entre o "rocaille" e o Neoclassicismo.
O acesso exterior de sacristia é feito através de um aparatoso portal decorado por movimentados motivos do barroco tardio, incorporando-se nesta um magnífico brasão episcopal. O interior da dependência possui um altar, guardando-se na sacristia belos exemplares de paramentos com bordados de Castelo Branco, peças litúrgicas datadas dos séculos XVII e XVIII.
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Como referenciar
Porto Editora – Igreja de S. Miguel na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-18 17:04:04]. Disponível em
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