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Iraque
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Geografia
País do Sudoeste Asiático. É banhado pelo golfo Pérsico, a sudeste, e faz fronteira com o Koweit, a sudeste, a Arábia Saudita, a sul, a Jordânia, a oeste, a Síria, a noroeste, a Turquia, a norte, e o Irão, a leste. Tem uma superfície de 437 072 km2, excluindo a Zona Neutral que tem sido administrada conjuntamente com a Arábia Saudita, desde 1922.
As cidades mais importantes são Bagdade, a capital, 6 677 000 habitantes (2004) na área metropolitana, Mossul (1 846 500 hab.), Bassorá (1 477 200 hab.), Irbil (1 349 200 hab.) e Kirkuk (784 100 hab.). O país tem apenas uma única saída para o golfo Pérsico. É atravessado por dois rios importantes, o Tigre e o Eufrates. No Norte, as montanhas do Curdistão estendem-se até à Turquia e ao Irão. Na parte ocidental do país, situa-se o deserto sírio que é habitado unicamente por pastores nómadas.
Bandeira do Iraque
Queima de gás natural associado, Iraque
Saddam Hussein, líder máximo do Iraque durante 24 anos, acabaria por ser capturado em dezembro de 2003
Família de beduínos num deserto iraquiano
Clima
O clima é árido ou semiárido. No verão, as temperaturas são extremamente elevadas, exceto nas terras altas do Norte.
Economia
O Iraque tem uma economia que depende muito das receitas provenientes da extração de petróleo e de gás natural. Cerca de 1/8 do solo é fértil, graças aos rios Tigre e Eufrates. Os produtos agrícolas mais cultivados são o trigo, a tâmara, o tomate, a uva, a cevada, o pepino, a laranja, o arroz, o milho e o tabaco. A indústria extrativa engloba, além do petróleo e do gás natural, o enxofre, o fosfato mineral e a pedra de gesso. Os principais produtos industriais são os derivados do petróleo, os produtos alimentares, os têxteis, o papel, as bebidas, o calçado e o tabaco. O embargo decretado pelas Nações Unidas tem condicionado muito o comércio externo do Iraque. Os principais parceiros comerciais do Iraque são a Jordânia, a Turquia, a Hungria e a Suíça.
Indicador ambiental: sem dados (1999).
População
Com uma população estimada em 26 783 383 habitantes (2006), o Iraque tem uma densidade populacional de aproximadamente 59,66 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 31,98%o e 5,37%o. A esperança média de vida é de 69,01 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) não foi atribuído e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 40 418 000 habitantes. As maiores etnias são a árabe, com 77%, e a curda, com 19%. Os muçulmanos xiitas correspondem a 63% da população e os muçulmanos sunitas a 35%. A língua oficial é o árabe, embora na região autónoma curda seja o curdo.
História
A Grã-Bretanha ocupou o Iraque durante a Primeira Guerra Mundial. Sob a sua proteção, foi instaurada no país uma monarquia, em 1921; foi assinada uma Constituição, em 1925; e foi concedida a independência total em 1932. No entanto, a atitude iraquiana pró-alemã, durante a Segunda Guerra Mundial, levou a Grã-Bretanha a ocupar novamente o território entre 1941 e 1945. Em 1958, a revolução fez cair a monarquia. Seguiram-se uma série de golpes militares até que, em 1968, o líder do Partido Socialista, Saddam Hussein, tomou o Poder.
Entre 1980 e 1990, o país envolveu-se numa guerra com o Irão que resultou de disputas políticas e territoriais. A Guerra Irão-Iraque aconteceu depois de forças militares iraquianas terem invadido o Irão e reivindicado a província de Khuzestan, rica em petróleo. Neste conflito, o Iraque contou com o apoio financeiro da Arábia Saudita, dos EUA e da União Soviética. Mas, em meados da década de 80, o país viu a sua reputação internacional abalada, depois de ter sido acusado de utilizar armas químicas contra as tropas iranianas. A comunidade internacional, indignada, enviou navios de guerra para o golfo Pérsico. Em 1988, e depois de dez anos de intensas lutas, o Irão aceitou que a Organização das Nações Unidas (ONU) fosse mediadora do cessar-fogo entre os dois países. Em 1990 restabeleceram relações diplomáticas, mas ambas as economias estavam arrasadas.
Em agosto desse mesmo ano o Iraque invadiu o Koweit e, em janeiro de 1991, deu-se a Guerra do Golfo. As forças aliadas ocidentais, lideradas pelos EUA e apoiadas pela ONU e pela NATO, formaram uma coligação com o objetivo de fazer retirar as tropas iraquianas do Koweit. A operação ficou conhecida por "Tempestade no Deserto" e durou apenas um mês. Em fevereiro, Saddam Hussein foi derrotado.
Com a imposição do embargo económico por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a nação de Saddam Hussein viveu uma profunda crise interna, nomeadamente económica, mas mesmo assim o regime de Saddam manteve-se inabalável. Contudo, na sequência dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 aos EUA, o regime iraquiano foi considerado hostil para os EUA e seus aliados, tornando-se alvo de inspeções da ONU no sentido de se encontrarem armas de destruição maciça no país. Apesar dos resultados inconclusivos das inspeções - e da ausência de mandato expresso para o uso da força por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas -, em março de 2003, uma coligação de forças norte-americanas e britânicas atacou o Iraque e derrubou o regime presidido por Saddam Hussein, seguindo-se um período de grande instabilidade.
A 30 de janeiro de 2005, pela primeira vez após o derrube do regime, realizaram-se eleições livres no país. Apesar dos atentados registados nesse dia, mais de 50% da população participou neste acontecimento político, principalmente população xiita e curda. A rutura entre xiitas e sunitas fez-se sentir na ocorrência às urnas, já que a adesão foi bastante menor ou nula nas regiões de população sunita. Os xiitas obtiveram maioria absoluta.
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Como referenciar
Porto Editora – Iraque na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-14 17:35:36]. Disponível em
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