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Islão
O Islão é o conjunto dos povos, países e estados que professam a religião de Maomé, nas suas diferentes interpretações. Maomé fundou o Islamismo no século VII da era cristã, na Arábia, como uma religião monoteísta que atribui extrema importância à adesão rigorosa a certas práticas de culto. Com o Alcorão (Corão) como referência, o Islamismo converteu-se numa força unificadora de diversos povos, a partir do elemento árabe original.
O império formado pela expansão muçulmana para Oriente e Ocidente não foi somente árabe, nem teve uma tendência religiosa única. De qualquer forma, o sentimento de coesão do mundo muçulmano não diminuiu, embora se tenha assistido à criação de diversas fações e seitas, tais como os xiitas no Irão, Iémen, Iraque, Síria, Líbano e Índia; os harixies, com pequenas comunidades no sul da Argélia, na Líbia, na Tunísia e em Omã; os nusayries ou alawies (Líbano e Síria), os bahais (de origem persa mas espalhados por todo o mundo), os ahmadiyya (Índia). Essa coesão sempre teve como princípio fundamental a prática religiosa, a qual tendeu a dominar também a vida civil e a justiça, constituindo-se, ao mesmo tempo, como a principal impulsionadora da expansão territorial, da pregação e da guerra santa.
Segundo a tradição, Maomé, nascido por volta do ano 570 (no calendário cristão), teve uma visão e soube que Alá o tinha escolhido para ser seu enviado e espalhar a Sua palavra. As revelações de Alá a Maomé foram mais tarde reunidas no Alcorão. Considera-se que terá sido Maomé quem iniciou a expansão do poder e do império territorial islâmicos, continuada depois por califados sucessivos. Foi, no entanto, o Império Otomano que, durante seis séculos, deu origem ao mundo islâmico moderno. A partir do século XVII, a decadência otomana começou a manifestar-se, pelo que as regiões europeias sob o seu domínio (Grécia, Sérvia, Bulgária, etc.) foram-se tornando independentes. Após a Primeira Guerra Mundial, os nacionalismos islâmicos acentuaram-se e deu-se o aparecimento de diversos estados, como o Egito. A abundância de petróleo em vários países árabes reforçou o papel da civilização islâmica no mundo, sobretudo a partir de meados do século XX. A descolonização da Síria, do Líbano e de diversas nações do Norte de África contribuiu, juntamente com a oposição dos países árabes, à criação do estado de Israel na Palestina, para desenvolver a solidariedade do mundo islâmico. Apesar de serem muitas as práticas, vigentes em países muçulmanos, que se afastam da fé pura do Islamismo, este continua a constituir um núcleo de deveres religiosos que abarca a vida dos muçulmanos em todos os seus aspetos, públicos e privados, sociais e individuais.
O império formado pela expansão muçulmana para Oriente e Ocidente não foi somente árabe, nem teve uma tendência religiosa única. De qualquer forma, o sentimento de coesão do mundo muçulmano não diminuiu, embora se tenha assistido à criação de diversas fações e seitas, tais como os xiitas no Irão, Iémen, Iraque, Síria, Líbano e Índia; os harixies, com pequenas comunidades no sul da Argélia, na Líbia, na Tunísia e em Omã; os nusayries ou alawies (Líbano e Síria), os bahais (de origem persa mas espalhados por todo o mundo), os ahmadiyya (Índia). Essa coesão sempre teve como princípio fundamental a prática religiosa, a qual tendeu a dominar também a vida civil e a justiça, constituindo-se, ao mesmo tempo, como a principal impulsionadora da expansão territorial, da pregação e da guerra santa.
Segundo a tradição, Maomé, nascido por volta do ano 570 (no calendário cristão), teve uma visão e soube que Alá o tinha escolhido para ser seu enviado e espalhar a Sua palavra. As revelações de Alá a Maomé foram mais tarde reunidas no Alcorão. Considera-se que terá sido Maomé quem iniciou a expansão do poder e do império territorial islâmicos, continuada depois por califados sucessivos. Foi, no entanto, o Império Otomano que, durante seis séculos, deu origem ao mundo islâmico moderno. A partir do século XVII, a decadência otomana começou a manifestar-se, pelo que as regiões europeias sob o seu domínio (Grécia, Sérvia, Bulgária, etc.) foram-se tornando independentes. Após a Primeira Guerra Mundial, os nacionalismos islâmicos acentuaram-se e deu-se o aparecimento de diversos estados, como o Egito. A abundância de petróleo em vários países árabes reforçou o papel da civilização islâmica no mundo, sobretudo a partir de meados do século XX. A descolonização da Síria, do Líbano e de diversas nações do Norte de África contribuiu, juntamente com a oposição dos países árabes, à criação do estado de Israel na Palestina, para desenvolver a solidariedade do mundo islâmico. Apesar de serem muitas as práticas, vigentes em países muçulmanos, que se afastam da fé pura do Islamismo, este continua a constituir um núcleo de deveres religiosos que abarca a vida dos muçulmanos em todos os seus aspetos, públicos e privados, sociais e individuais.
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Como referenciar
Porto Editora – Islão na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-04 16:42:59]. Disponível em
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