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Itinerário
Itinerário (1941-1955), com o subtítulo de "publicação mensal de letras, arte, ciência e crítica", editado em Lourenço Marques, foi publicado pela primeira vez exatamente a 7 de fevereiro de 1941 pela diretoria e orientação de nomes conhecidos no meio moçambicano, como os de Alexandre Sobral de Campos, Manuel Francisco dos Remédios e Henrique Vasco Soares de Melo. Em outubro de 1955 termina a sua edição com o n.º 149 - na última fase, Itinerário foi "animado" por Augusto dos Santos Abranches, até à sua ida forçada para o Brasil, que coincidiu com o encerramento do jornal. A partir de então passou ao formato de revista.
A publicação tinha como projeto a divulgação do conhecimento do ser humano, o "desenvolvimento" do sentido crítico nas suas mais elevadas expressões e o enriquecimento no campo das Letras, pela conjugação de valores que pudessem vir a afirmar-se.
Itinerário, tal como muitos dos suplementos literários e jornais que lhe precederam e sucederam, não serviu para fixar e sistematizar totalmente as várias fases específicas da atividade poética moderna de Moçambique - como acontecia em Angola ou em Cabo Verde. Na generalidade, estas folhas moçambicanas sempre desempenharam o papel de meio de transmissão das diversas tendências por que vai passando a poesia moçambicana - ou, mesmo, a poesia escrita em Moçambique - e parece nunca ter sido seu exclusivo objetivo agrupar poetas apenas por afinidades ideológicas ou estéticas.
Chegou mesmo a congratular-se publicamente por servir de meio de continuidade do trabalho de divulgação, em Moçambique, dos neorrealistas portugueses, tão apreciados e revolucionários na época, que tanto alento traziam aos ideais de identificação nacional proclamados pela intelectualidade moçambicana.
Globalmente considerado, e tendo em conta a terrível época de suspeição e policiamento que Moçambique atravessava, Itinerário ficará não só como um difusor de cultura viva, cheia de vontade de se manifestar, como também um dos órgãos pioneiros na batalha da dignificação de uma cultura nacional e no estímulo constante e crescente dado aos jovens poetas e contistas a partir dos fins da década de 40.
Nos nossos dias, fácil e congratuladamente se constata e aceita a convicta afirmação dos responsáveis e intelectuais da época quando proclamam que definitivamente se deve considerar Itinerário como sendo o órgão do primeiro movimento levado a cabo na colónia de Moçambique.
Itinerário conseguiu resistir, durante quinze anos, a todo o tipo de provações, perseguições e tentativas de descrédito levadas a cabo pelo Império Colonial, mas manteve-se honesto e persistente na proclamada tarefa de consciencializar o país e abrir caminho livre para que a moçambicanidade se cumprisse.
A publicação tinha como projeto a divulgação do conhecimento do ser humano, o "desenvolvimento" do sentido crítico nas suas mais elevadas expressões e o enriquecimento no campo das Letras, pela conjugação de valores que pudessem vir a afirmar-se.
Itinerário, tal como muitos dos suplementos literários e jornais que lhe precederam e sucederam, não serviu para fixar e sistematizar totalmente as várias fases específicas da atividade poética moderna de Moçambique - como acontecia em Angola ou em Cabo Verde. Na generalidade, estas folhas moçambicanas sempre desempenharam o papel de meio de transmissão das diversas tendências por que vai passando a poesia moçambicana - ou, mesmo, a poesia escrita em Moçambique - e parece nunca ter sido seu exclusivo objetivo agrupar poetas apenas por afinidades ideológicas ou estéticas.
Chegou mesmo a congratular-se publicamente por servir de meio de continuidade do trabalho de divulgação, em Moçambique, dos neorrealistas portugueses, tão apreciados e revolucionários na época, que tanto alento traziam aos ideais de identificação nacional proclamados pela intelectualidade moçambicana.
Globalmente considerado, e tendo em conta a terrível época de suspeição e policiamento que Moçambique atravessava, Itinerário ficará não só como um difusor de cultura viva, cheia de vontade de se manifestar, como também um dos órgãos pioneiros na batalha da dignificação de uma cultura nacional e no estímulo constante e crescente dado aos jovens poetas e contistas a partir dos fins da década de 40.
Nos nossos dias, fácil e congratuladamente se constata e aceita a convicta afirmação dos responsáveis e intelectuais da época quando proclamam que definitivamente se deve considerar Itinerário como sendo o órgão do primeiro movimento levado a cabo na colónia de Moçambique.
Itinerário conseguiu resistir, durante quinze anos, a todo o tipo de provações, perseguições e tentativas de descrédito levadas a cabo pelo Império Colonial, mas manteve-se honesto e persistente na proclamada tarefa de consciencializar o país e abrir caminho livre para que a moçambicanidade se cumprisse.
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Como referenciar
Porto Editora – Itinerário na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-14 05:12:08]. Disponível em
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