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Jack Szostak
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Biólogo, investigador e professor norte-americano de origem inglesa, Jack William Szostak nasceu a 9 de novembro de 1952, em Londres. Ainda criança mudou-se para o Canadá e cresceu em Montreal. Concluiu os seus estudos liceais com 15 anos e, com apenas 19 anos, licenciou-se em Biologia Celular pela Universidade McGill. Fez o seu doutoramento em Bioquímica na Universidade de Cornell e posteriormente foi para a Faculdade de Medicina de Harvard, onde passou a dirigir o seu próprio laboratório e é professor de Genética. É também investigador no departamento de Biologia Molecular do Hospital Geral de Massachusetts.
Em 2009, Jack Szostak foi distinguido com o Prémio Nobel da Medicina em conjunto com Elizabeth Blackburn e Carol Greider que, segundo o Comité Nobel, “descobriram a solução para um grande problema da biologia: como os cromossomas podem ser inteiramente copiados durante a divisão celular e como eles se protegem contra a degradação".
Durante as suas investigações, Jack Szostak descobriu que a introdução de microcromossomas dentro de células de levedura, causava a rápida degradação daqueles. Entretanto, o cientista assiste a uma conferência dada por Elizabeth Blackburn em que ela apresenta os resultados das suas investigações: ao sequenciar o ADN (ácido desoxirribonucleico) de um organismo denominado tetrahymena descobriu que uma determinada sequência era repetida nas extremidades dos cromossomas. Blackburn tinha descoberto a natureza molecular dos telómeros que eram proteções dos cromossomas que impediam que eles se degradassem aquando da divisão das células. Os dois cientistas resolveram fazer uma experiência – juntaram a sequência de ADN dos telómeros ao microcromossoma e introduziram-nos nas células de levedura. Os telómeros exerceram a sua ação protetora e evitaram a degradação dos cromossomas que acontecia anteriormente. Isto possibilitou a passagem a uma nova etapa e Blackburn descobriu, juntamente com Carol Greider, a enzima que explica a formação dos telómeros, a telomerase. Esta enzima possibilita a cópia exata dos cromossomas quando ocorre a divisão celular e evita a perda de informação genética. O conhecimento desta enzima é fundamental pois ela protege os cromosssomas do envelhecimento e pode ser crucial nas investigações da cura contra o cancro.
Szostak é um distinto membro da Academia Nacional de Ciências, da Academia Americana de Artes e Ciências e da Academia de Ciências de Nova Iorque. Para além disso, tem sido premiado diversas vezes pelo trabalho de investigação que tem desenvolvido. Entre essas distinções contam-se o Prémio de Biologia Molecular atribuído pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, o Prémio Hans Sigrist, atribuído pela Universidade de Berna, a Medalha da Sociedade de Genética da América e o Prémio Lasker, partilhado com Elizabeth Blackburn e Carol Greider. Os três investigadores foram também agraciados com a mais alta distinção do mundo da Medicina, tendo sido os galardoados com o Prémio Nobel da Medicina em 2009.
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Como referenciar
Porto Editora – Jack Szostak na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-21 06:54:52]. Disponível em

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