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Joan Baez
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Cantora norte-americana, Joan Chandos Baez nasceu em 1941, em Staten Island, Nova Iorque.

Estudou na Universidade de Boston, mas abandonou os estudos para se dedicar à música.

Em Boston começou a dar espetáculos que logo chamaram a atenção dos simpatizantes da música folk. A sua voz soprano e o acompanhamento simples e eficaz da guitarra criaram um estilo particular que lhe proporcionou, durante os anos 60, a liderança da cena folk americana.

O seu percurso foi feito de diversos discos de ouro e de atuações marcantes em festivais e manifestações de protesto contra a guerra (chegou a ser detida). A Guerra do Vietname ou a questão dos direitos humanos no Sudeste Asiático foram alvo das suas preocupações humanitárias.

Durante os anos 60 fundou o Institute for the Study of Non-Violence, uma organização de defesa da paz.
Em 1979 fundou a Humanitas International, uma organização internacional de defesa dos direitos humanos.

A atuação no Newport Folk Festival, em 1959, deu-lhe a projeção nacional que o álbum homónimo de estreia, em 1960, veio confirmar. Seguiram-se-lhe mais dois trabalhos de grande sucesso: Joan Baez, vol. 2 (1961) e Joan Baez in Concert (1962). Depois de um começo de carreira direcionado para canções de cariz tradicional, a sua música tornou-se gradualmente empenhada do ponto de vista político.

Em 1963 gravou o registo Joan Baez in Concert, Part 2, que incluiu dois momentos importantes: a interpretação de "We Shall Overcome", hino do movimento pelos direitos civis dos anos 60, e "Don't Think Twice, It's All Right", de Bob Dylan. Seguiu-se Joan Baez/5 (1964), que incluiu a versão do tema de Phil Ochs "There But For Fortune".

Tal como outros cantores folk, Baez foi influenciada pela chegada dos Beatles e pela introdução do folk-rock de Bob Dylan.
Os seus álbuns da segunda metade da década de 60 introduziram como novidade o acompanhamento por uma banda de suporte, tal como em Farewell Angelina (1965), Noel (1966) e Joan (1967). Em 1968 saiu Baptism - A Journey Through Our Time, trabalho em que surge a declamar poesia. No mesmo ano gravou o duplo Any Day Now, composto integralmente por canções de Bob Dylan.

Em 1968, casou-se com David Harris, líder de movimentos pacifistas. Como apreciador do estilo country, David inluenciou Joan nos seus trabalhos seguintes: David's Album (1969) e One Day At a Time (1970). Seguiram-se-lhes Blessed Are? (1971), que incluiu o êxito "The Night Drove Old Dixie Down", e Carry It On (1971), a banda sonora para um documentário sobre Baez e Harris.

Os anos 70 marcaram um desvio musical para sonoridades mais pop-rock, como é o caso dos álbuns Come From the Shadows (1972) e Where Are You Now, My Son (1973). Este último álbum incluiu gravações feitas aquando de uma visita ao Vietname.

Em 1975 editou Diamonds & Rust, um dos seus mais bem-sucedidos álbuns. O tema-título é considerado uma das canções mais fortes da sua carreira. Seguiram-se-lhe Gulf Winds (1976), Blowin' Away (1977), Honesty Lullaby (1979) e European Tour (1980). Este último trabalho marcou uma paragem musical de sete anos.

Em 1987, regressou com Recently (1987), álbum em que interpreta músicas de artistas como os U2, Dire Straits ou Peter Gabriel. Precedido de Diamonds & Rust in the Bullring (1989), um registo ao vivo, surgiu Speaking of Dreams (1989), que incluiu duetos com Paul Simon, Jackson Browne e os Gypsy Kings, numa versão de "My Way".

Seguiram-se Play Me Backwards (1992), Rare, Live & Classic (1993), Ring Them Bells (1995), um álbum ao vivo que contou com a participação de Mary-Chapin Carpenter e as Indigo Girls, e Gone From Danger (1997).
Escreveu duas autobiografias: Daybreak (1968) e And a Voice to Sing With (1987).

Após uma ausência de seis anos, Joan Baez lançou Dark Chords On A Big Guitar (2003). A cantora fez uma recolha de músicas de diferentes gerações, de artistas como Greg Brown, Steve Earle, Gillian Welch e David Rawlings, Ryan Adams, Caitlin Cary, Joe Henry, Josh Ritter e Natalie Merchant e apresentou-nos versões apaixonadas e muito próprias, recheadas de espiritualidade poética e emoção.

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Como referenciar
Porto Editora – Joan Baez na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-10 11:21:54]. Disponível em