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Joaquim Letria
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Jornalista português, desde pequeno mostrou interesse pela área do jornalismo, motivado pela leitura de banda desenhada, pelo gosto em contar histórias e, mais tarde, pela leitura de jornais e de obras do escritor e repórter norte-americano Ernest Hemingway.
A primeira vez que um texto seu foi publicado aconteceu no Diário de Lisboa, com um conto sobre o circo.
Aos 18 anos, teve o primeiro emprego num jornal ao trabalhar no verão a dar apoio à direção do Diário de Lisboa. Ao fim de três meses, surgiu a primeira oportunidade de trabalhar como jornalista com a cobertura de um incêndio. Posteriormente, foi para a revista Flama, daí passando para o Rádio Clube Português. Foi então contratado para a agência norte-americana de notícias Associated Press, onde esteve sete anos, na época da guerra do Vietname. No início da década de 70, regressou ao Diário de Lisboa, mas concorreu a um lugar na BBC e acabou por se mudar para Londres.
Após a Revolução do 25 de abril de 1974, Joaquim Letria resolveu regressar a Portugal e foi trabalhar para a Radiotelevisão Portuguesa como diretor-adjunto de Informação para Programas não-Diários. Nessa altura, travou conhecimento com o general Ramalho Eanes, então diretor de programas da RTP, mas que mais tarde viria a ser Presidente da República. Joaquim Letria apresentava, na altura, o "Teledomingo", onde para além do noticiário do dia havia uma revista da semana.
Na primavera de 1975, Letria participou na fundação do semanário O Jornal, de onde pouco tempo depois passou para a agência noticiosa portuguesa ANOP. Em 1978, regressou à RTP para fazer e apresentar o "Informação 2", telejornal do segundo canal da televisão estatal. Foi neste período que criou os dois programas de televisão que o tornaram mais conhecido em Portugal, o "Directíssimo" e o "Tal & Qual", que misturavam informação com entretenimento. A popular rubrica "Apanhados" apareceu, em 1979, no "Tal & Qual". Em 1980, após a vitória da Aliança Democrática nas eleições legislativas, a RTP acabou com o "Tal & Qual" e afastou Letria da direção do canal. Nesse mesmo ano, resolveu lançar um jornal semanário com o nome do programa extinto.
Entretanto, em finais de 1980, participou na campanha eleitoral de Ramalho Eanes para as presidenciais. Quando este assumiu a presidência da República passou a ser o seu porta-voz, função que desempenhou até 1986. Regressou então de novo à RTP, onde apresentou o programa "Já Está", mas em 1988 saiu para dirigir a revista de grande informação Sábado, a convite de Pedro Santana Lopes. Em janeiro de 1992, deixou a direção da revista onde se manteve como cronista até esta fechar em setembro de 1993. Entretanto, apresentou o programa "Rosa dos Ventos" da RTP Internacional.
Em 1995 regressou à RTP com o talk-show "Conversa Afiada", que passava ao início da madrugada.
Em 1996, já na RDP, foi autor do programa "Cobras e Lagartos", que viria a ser suspenso devido a uma polémica relacionada com Angola. Letria foi despedido da RDP.
Em 1998, lançou o livro A Verdade Confiscada. Escândalo - A Armadilha da Nova Censura. Posteriormente, colaborou com a Rádio Comercial, com o jornal diário 24 Horas, deu aulas na Universidade Lusíada, fez consultoria de comunicação e manteve a ligação à televisão através da produção de documentários.
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Como referenciar
Porto Editora – Joaquim Letria na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-03 15:56:52]. Disponível em

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