Jorge Huet Bacelar
Poeta e engenheiro técnico agrícola angolano, Jorge Huet Bacelar nasceu no dia 31 de outubro de 1934, na Murtosa, distrito de Aveiro, em Portugal.
Depois de ter concluído o curso de engenheiro técnico agrícola, foi para Angola, já com vinte e quatro anos de idade onde viveu até 1975, ano da declaração da independência deste país, exercendo funções na área da agronomia.
Foi cofundador do grupo literário e da revista Vetor e colabora na secção "Artes e Letras" da página literária do jornal A Província de Angola, no jornal Ecos do Norte e também na revista Vetor.
Pertencendo à "geração de 70", a sua poesia, como a de muitos outros nomes desta geração, a saber, entre outros, Manuela Abreu, Manuel Rui, Jofre Rocha, David Mestre, Ruy Duarte de Carvalho e Arlindo Barbeitos, enquanto o fruto da euforia da independência, exalta a certeza da liberdade e da recuperação da nacionalidade, procurando e incentivando a reconstrução da Pátria ferida de morte. Então, o mar enforma-se na poesia como o caminho que é necessário percorrer para reconstruir as culturas africanas locais, com saberes, sabores e ritmos, descaracterizadas e mesmo destruídas pelo poder colonial.
Assentando num projeto de depuração da linguagem literária, esta poesia, com marcas engagées, recorre ainda circunstancialmente a referências e marcas das línguas locais, como resultado de um compromisso ético com a realidade linguística nacional.
Por outro lado, o autor, na linha de muitos outros, intensifica o seu processo metapoético que lhe permite fazer, através dos seus versos, uma profunda reflexão sobre o processo estético, sem contudo deixar de refletir e analisar a realidade social que o envolve: "Abri em rosas/A ferida mais secreta/Do teu corpo/Eram Vermelhas.(...)".
Jorge Huet Bacelar, como poeta dos anos 70, apresenta uma poesia que procura refletir sobre o valor e a forma do poder da palavra e da imaginação criadora, constituindo-se como o lugar em que o poeta se encontra consigo mesmo e se vira para dentro para intensificar o processo metapoético. Esta viragem intimista explica a denominação de "Geração do Silêncio" atribuída por Luís Kandjimbo aos escritores da geração de 70.
Sem nenhum livro publicado, os seus trabalhos de poesia encontram-se dispersos por diversas antologias, nomeadamente No Reino de Caliban. Antologia Panorâmica da Poesia Africana de Expressão Portuguesa e na Antologia do Mar na Poesia Africana de Língua Portuguesa do Séc. XX, coordenada por Carmen Lúcia Tindó Ribeiro Secco e publicada pela Editorial Kilomlombe, aquando da comemoração dos vinte e cinco anos da Independência de Angola.
É Membro da União de Escritores Angolanos(UEA).
Depois de ter concluído o curso de engenheiro técnico agrícola, foi para Angola, já com vinte e quatro anos de idade onde viveu até 1975, ano da declaração da independência deste país, exercendo funções na área da agronomia.
Foi cofundador do grupo literário e da revista Vetor e colabora na secção "Artes e Letras" da página literária do jornal A Província de Angola, no jornal Ecos do Norte e também na revista Vetor.
Pertencendo à "geração de 70", a sua poesia, como a de muitos outros nomes desta geração, a saber, entre outros, Manuela Abreu, Manuel Rui, Jofre Rocha, David Mestre, Ruy Duarte de Carvalho e Arlindo Barbeitos, enquanto o fruto da euforia da independência, exalta a certeza da liberdade e da recuperação da nacionalidade, procurando e incentivando a reconstrução da Pátria ferida de morte. Então, o mar enforma-se na poesia como o caminho que é necessário percorrer para reconstruir as culturas africanas locais, com saberes, sabores e ritmos, descaracterizadas e mesmo destruídas pelo poder colonial.
Assentando num projeto de depuração da linguagem literária, esta poesia, com marcas engagées, recorre ainda circunstancialmente a referências e marcas das línguas locais, como resultado de um compromisso ético com a realidade linguística nacional.
Por outro lado, o autor, na linha de muitos outros, intensifica o seu processo metapoético que lhe permite fazer, através dos seus versos, uma profunda reflexão sobre o processo estético, sem contudo deixar de refletir e analisar a realidade social que o envolve: "Abri em rosas/A ferida mais secreta/Do teu corpo/Eram Vermelhas.(...)".
Jorge Huet Bacelar, como poeta dos anos 70, apresenta uma poesia que procura refletir sobre o valor e a forma do poder da palavra e da imaginação criadora, constituindo-se como o lugar em que o poeta se encontra consigo mesmo e se vira para dentro para intensificar o processo metapoético. Esta viragem intimista explica a denominação de "Geração do Silêncio" atribuída por Luís Kandjimbo aos escritores da geração de 70.
Sem nenhum livro publicado, os seus trabalhos de poesia encontram-se dispersos por diversas antologias, nomeadamente No Reino de Caliban. Antologia Panorâmica da Poesia Africana de Expressão Portuguesa e na Antologia do Mar na Poesia Africana de Língua Portuguesa do Séc. XX, coordenada por Carmen Lúcia Tindó Ribeiro Secco e publicada pela Editorial Kilomlombe, aquando da comemoração dos vinte e cinco anos da Independência de Angola.
É Membro da União de Escritores Angolanos(UEA).
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Como referenciar
Jorge Huet Bacelar na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$jorge-huet-bacelar [visualizado em 2025-06-24 02:56:30].
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Jorge Huet Bacelar na Infopédia [em linha]. Porto Editora. Disponível em https://www.infopedia.pt/artigos/$jorge-huet-bacelar [visualizado em 2025-06-24 02:56:30].