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José Basílio da Gama
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Um dos mais ilustres representantes do arcadismo, nascido em 1741, em S. José do Rio das Mortes (hoje Tiradentes), e falecido em 1795, em Lisboa, era filho de pai português e de mãe brasileira, aparentada com a nobre família dos Gamas. Estudou no colégio jesuítico do Rio de Janeiro, tendo abandonado a Companhia de Jesus, de que se tornara noviço, por altura da sua proscrição dos domínios portugueses. Apesar das suspeitas resultantes deste noviciado, soube conciliar a favor de Pombal e nobilitar-se. Homem culto e viajado, Basílio da Gama passou por Lisboa, Roma, onde foi recebido na Arcádia Romana, adotando então o nome de Termindo Sipílio, e voltou depois ao Rio. Regressado a Portugal, matriculou-se na universidade e foi detido em Lisboa por suspeita de ainda estar ligado à Companhia. Foi mais tarde posto em liberdade, graças ao epitalâmio que consagrou ao casamento de uma filha do primeiro-ministro. Nas graças desta figura pública, ficou por Lisboa, dedicando-se à composição poética e esgrimindo na luta dos vates. Em 1771 foi feito escudeiro fidalgo da Casa Real e, três anos mais tarde, foi nomeado oficial da Secretaria do reino. D. Maria I, em 1790, investiu-o no hábito de S. Tiago. Traduziu a tragédia de Voltaire, Mahomet, e publicou o poema que lhe deu a celebridade - O Uraguai, que dedicou ao irmão do Marquês, ex-governador do Pará, e nele exaltou num soneto o primeiro-ministro. Este poema heroico encarece as populações nativas do Brasil e esboça palidamente a paisagem deste país. Tem como assunto principal a campanha do governador Gomes Freire de Andrade contra certas tribos ameríndias que o Tratado de Madrid de 1750 incluiu dentro do território colonial português, mas nas quais os missionários jesuítas tinham fortificado as aspirações autonomistas. Esta obra contribuiu fortemente para uma autonomia temática da literatura brasileira.
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Como referenciar
Porto Editora – José Basílio da Gama na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-18 14:30:36]. Disponível em
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