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kung-fu
As primeiras referências a uma forma de combate chinesa semelhante ao kung-fu têm mais de quatro mil anos, mas também na dinastia Han (202 a. C.- 220 d. C.) se desenvolveram vários exercícios baseados em movimentos de cinco animais - o urso, o pássaro, o veado, o macaco e o tigre - em que se incorporaram técnicas de meditação Taoista.
Com a ascensão do Budismo na china, as artes marciais locais adotaram novas ideias, baseadas na necessidade de estabelecer o equilíbrio entre os elementos tradicionais que constituíam o corpo: terra, fogo, água e vento. Mais tarde, estes elementos tornaram-se a base das escolas "internas" e "suaves" do kung-fu, incluindo estilos como Tai Chi, Hsing-I e Paqua. Por outro lado, as escolas mais antigas, e os métodos mais modernos que derivaram daí, dão grande ênfase à força e ao poder e os seus estilos são conhecidos como «externos» e «duros».
Mas a história do kung-fu assenta principalmente em Bodhidharma, um monge indiano, que se julga ter chegado à China no século 6 d. C. Ao que tudo indica, este monge instalou-se no mosteiro Shaolin e, dando conta que os monges estavam frequentemente adoentados, devido ao regime que eram obrigados a seguir, desenvolveu 18 exercícios físicos, chamados Dezoito Mãos de Lo-Han, para acompanhar os rituais religiosos diários e melhorar a saúde dos monges. Estes exercícios provaram ser muito úteis para a luta e, durante a dinastia Tang (618-906 d. C.), os feitos marciais de vários monges tornaram-se lendários.
As bases do kung-fu assentam precisamente nos exercícios de Bodhidharma, que, em 1589, aumentaram para 72 e, anos mais tarde, para 170. Os movimentos foram então classificados de acordo com os cinco estilos baseados em animais: garça, dragão, leopardo, cobra e tigre. Por esta altura, já estas técnicas tinham chegado aos mosteiros Taoistas, que apesar de impressionados, as acharam muito agressivas e violentas. Por essa razão, alguns monges, entre os quais se destaca Chang-San-Feng, desenvolveram um sistema próprio, usando menos força, direcionado apenas para a defesa. Algo semelhante aos sistemas internos praticados atualmente.
Os sistemas modernos de kung-fu apareceram durante a dinastia Ming (1368-1644) e alcançaram o seu auge durante a dinastia Ching (1644-1911), quando a China foi governada por estrangeiros Manchu e se formaram grupos anti-Manchu. Estes grupos que entretanto se desenvolveram, tiveram um papel importante na Revolta de Taiping, em meados do século XIX, e também na rebelião de 1899-1900, denominada Boxer Rebellion, que foi um fracasso e causou a morte ou colocou na cadeia a maioria dos mestres do kung-fu. Apesar de tudo, as artes marciais voltaram mais tarde à China e, em 1928, foram renomeadas artes nacionais, tendo sido desenvolvidos diversos torneios e competições para pessoas de várias idades.
Com a ascensão do Budismo na china, as artes marciais locais adotaram novas ideias, baseadas na necessidade de estabelecer o equilíbrio entre os elementos tradicionais que constituíam o corpo: terra, fogo, água e vento. Mais tarde, estes elementos tornaram-se a base das escolas "internas" e "suaves" do kung-fu, incluindo estilos como Tai Chi, Hsing-I e Paqua. Por outro lado, as escolas mais antigas, e os métodos mais modernos que derivaram daí, dão grande ênfase à força e ao poder e os seus estilos são conhecidos como «externos» e «duros».
Mas a história do kung-fu assenta principalmente em Bodhidharma, um monge indiano, que se julga ter chegado à China no século 6 d. C. Ao que tudo indica, este monge instalou-se no mosteiro Shaolin e, dando conta que os monges estavam frequentemente adoentados, devido ao regime que eram obrigados a seguir, desenvolveu 18 exercícios físicos, chamados Dezoito Mãos de Lo-Han, para acompanhar os rituais religiosos diários e melhorar a saúde dos monges. Estes exercícios provaram ser muito úteis para a luta e, durante a dinastia Tang (618-906 d. C.), os feitos marciais de vários monges tornaram-se lendários.
Os sistemas modernos de kung-fu apareceram durante a dinastia Ming (1368-1644) e alcançaram o seu auge durante a dinastia Ching (1644-1911), quando a China foi governada por estrangeiros Manchu e se formaram grupos anti-Manchu. Estes grupos que entretanto se desenvolveram, tiveram um papel importante na Revolta de Taiping, em meados do século XIX, e também na rebelião de 1899-1900, denominada Boxer Rebellion, que foi um fracasso e causou a morte ou colocou na cadeia a maioria dos mestres do kung-fu. Apesar de tudo, as artes marciais voltaram mais tarde à China e, em 1928, foram renomeadas artes nacionais, tendo sido desenvolvidos diversos torneios e competições para pessoas de várias idades.
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Como referenciar
Porto Editora – kung-fu na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 10:21:55]. Disponível em
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