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Malásia
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Geografia
País do Sudeste Asiático. Composto por duas áreas não contíguas - a peninsular localizada na Península Malaia e a Malásia Oriental, na ilha de Bornéu, abrange uma superfície total de 329 750 km2. Distam entre si 650 km, sendo ambas banhadas pelo mar da China Meridional. A Península Malaia é a ponte natural entre a Ásia continental e o arquipélago indonésio.
País situado em plena zona equatorial, é constituído por montanhas que se elevam a 2189 m em Gunung Tahan, na Península da Malásia, e a 4094 m em Gunung Kinabalu, em Sabá. A Malásia peninsular faz fronteira a norte com a Tailândia e a sul com Singapura; a sueste, atravessando o estreito de Malaca, localiza-se a ilha indonésia de Samatra. A Malásia Oriental consiste nos estados de Sabá e Sarawak, que ocupam a costa noroeste da ilha do Bornéu.
As principais cidades são Kuala Lumpur, a capital, com 1 440 300 habitantes (2004), Ipoh (637 200 hab.), Johor Baharu (700 000 hab.), Malaca (669 200 hab.) e Petaling Jaya (486 300 hab.).
A Malásia é coberta por extensas florestas tropicais húmidas.
 

Clima
O clima é tropical húmido, com monções anuais, de sudoeste nos meses de abril a outubro e de nordeste de outubro a fevereiro.
 

Vista de um cruzamento no centro da cidade de Kuala Lumpur
Pequena povoação costeira
Habitação malaia
Vista geral do edifício do Sultão Abdul Samad, em Kuala Lampur, na Malásia
Mesquita Masjid Jame, em Kuala Lumpur, na Malásia
Povoação no interior do país
Vista parcial de Kuala Lumpur
Cidade de Malaca
Aspeto parcial da cidade de Kuala Lumpur, capital da Malásia
Istana Negara, residência Real, em Kuala Lumpur, na Malásia
Bandeira da Malásia
Economia
É o maior produtor mundial de borracha, óleo-de-palma e estanho. Toda esta produção resultou da união da Malásia Ocidental (agora peninsular) com a Malásia Oriental (Sabá e Sarawak, na ilha de Bornéu).
O sucesso económico desde a sua independência deve-se ao desenvolvimento dos seus recursos naturais. Grande parte do interior era inacessível e ocupado por agricultores que praticavam uma agricultura itinerante através de queimadas. Saba e Sarawak exportam madeira. As terras para cultivo representam 14,9% do total do solo. No setor industrial, merecem referência as produções de cimento, aparelhos eletrónicos e pneus. Os principais parceiros comerciais da Malásia são o Japão, os Estados Unidos da América, Singapura e a Alemanha.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 5,4.
 

População
A população do país está estimada em 24 385 858 habitantes (2004), o que corresponde a uma baixa densidade populacional (cerca de 72,64 hab./km2), dado o facto de grande parte do território ser coberto de floresta e apresentar relevo montanhoso. Estima-se que, em 2025, a população malaia atinja 32 milhões de habitantes.
As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 22,86%o e 5,05%o. A esperança média de vida é de 72,5 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,790 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,784 (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 33 065 000 habitantes. Os principais grupos étnicos são os malaios (58%), os chineses (25%) e os indianos (7%).
As confissões religiosas mais seguidas na Malásia são a muçulmana (53%), a budista (17%) e as crenças tradicionais chinesas (12%). A língua oficial é o malaio.
 

História
Os antepassados dos malaios são provenientes da China meridional e vieram para a península cerca 2000 anos a. C. Mercadores árabes converteram os malaios ao islamismo no século XV. Os Portugueses (1509) e os Holandeses (1641) ocuparam sucessivamente Malaca, na costa sudoeste. Em 1824 os Britânicos assumiram o domínio da região e um século depois apoderaram-se de toda a Península da Malásia, embora os territórios da Malásia Oriental só tenham ficado formalmente sob dominação britânica depois da Segunda Guerra Mundial. Durante as décadas de 1920 e 1930 surgiram movimentos colonialistas na Península da Malásia influenciados por pressões que se faziam sentir na Índia para a conquista da independência. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Malásia e o Bornéu foram ocupados pelo Japão. Depois da guerra, grupos de guerrilheiros comunistas refugiaram-se na selva desencadeando uma campanha, denominada "emergência", contra os Britânicos que durou entre 1948 e 1960, quando os rebeldes acabaram por ser derrotados. O problema não foi apenas resolvido pela via militar; em 1957, a Península da Malásia tornou-se Federação da Malásia, mas as tensões não se extinguiram, levando ao afastamento de Singapura e a Federação perdeu, assim, o seu principal porto e centro industrial. Nove dos 13 estados da Malásia têm um sultão ou um chefe de Estado hereditário; os restantes quatro têm governadores nomeados pelo rei. Em 1969 os conflitos raciais entre chineses e malaios levaram a tumultos e os partidos malaios perderam votos nas eleições que se seguiram. Continuam a existir restrições às liberdades individuais como a proibição de discussão em público. Apesar das consideráveis diferenças étnicas, a Malásia tem progredido com a criação da unidade nacional.

Uma catástrofe natural abalou o país a 26 de dezembro de 2004. Nesse dia, registou-se o maior terramoto dos últimos tempos (8,9 graus da escala de Richter) com epicentro ao largo da ilha indonésia de Samatra. Este sismo originou maremotos que assolaram a costa de vários países do sudeste asiático, como o Sri Lanka, o mais afetado, seguido da própria Indonésia, da Índia, Tailândia, Malásia, Maldivas e do Bangladesh, tendo provocado milhares de mortos e de desalojados.

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Como referenciar
Porto Editora – Malásia na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-22 16:45:12]. Disponível em
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