Mapa cor-de-rosa
Nome dado ao projeto português para unir Angola a Moçambique, apresentado no Congresso de Berlim de 1884 e que provocou forte reação da Inglaterra. Na segunda metade do século XIX, a Europa conheceu um elevado crescimento económico que se traduziu num forte desenvolvimento da indústria com um consequente aumento vertiginoso da produção. Esta situação exigiu não só a exploração de novos mercados para escoamento dessa produção, como novas fontes de matéria-prima para alimentar a indústria. Daí o crescente interesse por parte das grandes potências europeias pelo continente africano neste período.
Assim, os projetos para conhecer as regiões africanas intensificaram-se a partir do fim do século XIX. De 1850 a 1880 fizeram-se grandes viagens de exploração ao continente negro, como foram os casos, entre outros, de Stanley, de Livingstone e de Brazza. As viagens intensificaram-se ainda a partir da Conferência de Berlim (1884-85). Porém, nesta altura, a concorrência era já grande por parte dos alemães, dos ingleses e dos bóeres. Esta corrida das potências europeias às colónias africanas viria a originar conflitos mais ou menos graves.
Alertados para essa política, que, aos olhos de Portugal, era abusiva e lesiva dos nossos direitos históricos em África, surge na mente de alguns políticos - Luciano Cordeiro, Pinheiro Chagas, Barros Gomes, entre outros - a ideia de formar um vasto território na África Central, a partir do litoral que dominávamos; ou seja, ligando os litorais de Angola e Moçambique. Este ambicioso plano aparece já numa convenção luso-francesa de 1886 e figura a cor-de-rosa, daí advindo o nome para a questão.
No entanto, este nosso plano chocava frontalmente com os planos de expansionismo inglês para esta área, sobretudo com as iniciativas de Cecil Rhodes, cujo plano pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico, ao mesmo tempo que punha em jogo o critério, formulado em Berlim, de que só a ocupação efetiva seria prova do domínio colonial. Por isso, o Governo apressou-se a organizar expedições de vária ordem aos territórios em litígio, enquanto se desenvolviam esforços para a obtenção de apoios no plano diplomático. Pensou-se que um desses pontos de apoio fosse a Alemanha, visto também ter disputas coloniais com a Inglaterra. Porém, não só não conseguimos o apoio da Alemanha, como não conseguimos provar a nossa procedência na ocupação dos territórios em causa.
De resto, esta disputa colonial com a Inglaterra acabaria por culminar no humilhante Ultimato feito a Portugal, em janeiro de 1890.
Assim, os projetos para conhecer as regiões africanas intensificaram-se a partir do fim do século XIX. De 1850 a 1880 fizeram-se grandes viagens de exploração ao continente negro, como foram os casos, entre outros, de Stanley, de Livingstone e de Brazza. As viagens intensificaram-se ainda a partir da Conferência de Berlim (1884-85). Porém, nesta altura, a concorrência era já grande por parte dos alemães, dos ingleses e dos bóeres. Esta corrida das potências europeias às colónias africanas viria a originar conflitos mais ou menos graves.
Alertados para essa política, que, aos olhos de Portugal, era abusiva e lesiva dos nossos direitos históricos em África, surge na mente de alguns políticos - Luciano Cordeiro, Pinheiro Chagas, Barros Gomes, entre outros - a ideia de formar um vasto território na África Central, a partir do litoral que dominávamos; ou seja, ligando os litorais de Angola e Moçambique. Este ambicioso plano aparece já numa convenção luso-francesa de 1886 e figura a cor-de-rosa, daí advindo o nome para a questão.
No entanto, este nosso plano chocava frontalmente com os planos de expansionismo inglês para esta área, sobretudo com as iniciativas de Cecil Rhodes, cujo plano pretendia ligar o Cabo ao Cairo, sempre por solo britânico, ao mesmo tempo que punha em jogo o critério, formulado em Berlim, de que só a ocupação efetiva seria prova do domínio colonial. Por isso, o Governo apressou-se a organizar expedições de vária ordem aos territórios em litígio, enquanto se desenvolviam esforços para a obtenção de apoios no plano diplomático. Pensou-se que um desses pontos de apoio fosse a Alemanha, visto também ter disputas coloniais com a Inglaterra. Porém, não só não conseguimos o apoio da Alemanha, como não conseguimos provar a nossa procedência na ocupação dos territórios em causa.
De resto, esta disputa colonial com a Inglaterra acabaria por culminar no humilhante Ultimato feito a Portugal, em janeiro de 1890.
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Porto Editora – Mapa cor-de-rosa na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-12 07:41:07]. Disponível em
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