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Mena Abrantes
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Dramaturgo, poeta, escritor, ator e jornalista angolano, José Manuel Feio Mena Abrantes nasceu a 11 de janeiro de 1945, em Malanje, Angola. Mais tarde, foi viver para Luanda onde concluiu o ensino secundário. Tirou a licenciatura em Filologia Germânica em Lisboa. Esteve exilado na Alemanha Federal entre 1970 e 1974.

Como jornalista, colabora com vários órgãos de comunicação social desde 1975, sendo Assessor de Imprensa do Presidente da República de Angola.
Iniciou a sua atividade teatral em 1967, representando "O Barbeiro de Sevilha", sob a orientação de Luís de Lima, no Grupo da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa.
No período de 1969/70 fez cursos de atuação e de direção teatral na Fundação Calouste Gulbekian dirigidos pelo argentino Adolfo Gutkin, tendo participado em maio de 1970 com o Grupo da Associação Académica no 1.º Festival Internacional de Teatro Independente, em S. Sebastian, Espanha.

Entre 1972/73, participou em seminários de dramaturgia, na Universidade Católica de Leuven, orientados pelos franceses Bernard Dort e Denis Bablet, especializados em teatro. Colaborou com um grupo de teatro de rua alemão, "Faust", em Frankfurt/Main, na Alemanha Federal e dirigiu o grupo "La Busca", formado por trabalhadores e estudantes espanhóis, que representou Espanha, em 1973, no Primeiro Festival Internacional de Teatro Operário.

Nesse mesmo ano, o seu prestígio abriu-lhe as portas para um convite como assistente do diretor do mais reconhecido teatro da cidade de Frankfurt - O Frankfurter Staedtische Buehne.
Regressando a Angola em dezembro de 1974, ajudou a fundar os grupos de teatro "Tchinganje", responsável pela primeira representação dramática, em 1975, na Angola livre e independente, e "Xilenga-Teatro".

Diretor-geral da Agência Angola Press, entre 1982 e 1984, foi também responsável pelo setor de informação e divulgação da Cinemateca Nacional, nos anos de 1985 e 1987.
Foi diretor do "Grupo de Teatro da Faculdade de Medicina de Luanda" durante os anos de 1985 a 1987 e fundou, em 1988, o grupo "Elinga-Teatro" com o qual colabora, encenando textos de sua autoria e de outros dramaturgos.

Participa ativamente em festivais de teatro realizados em Cabo Verde, Brasil, Itália, Moçambique e Portugal, nomeadamente no FITEI (Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica).
De novo em Portugal, assume, desde 1988, a direção do grupo "Elinga-Teatro", de Portugal, onde também é responsável pela encenação dos textos dramáticos.

Com uma obra diversificada, escreveu textos líricos, dramáticos e de ficção, tendo recebido o Prémio Sonangol de Literatura com o texto dramático Ana, Zé e os Escravos.
Dramaturgo reconhecido, a sua obra é fruto de uma profunda atividade criativa, assentando na recriação de temas históricos e da tradição oral.

Membro da União de Escritores Angolanos, Mena Abrantes escreveu as seguintes obras: Ana, Zé e os Escravos (1988) - teatro; Meninos (1991) - poesia; Nandyala ou a Tirania dos Monstros (1993) - teatro; Sequeira, Luís Lopes ou o mulato dos prodígios (1993) - teatro; O Teatro Angolano (1994) - ensaio; A órfão do rei (1996) - teatro; Caminhos Desencantados (1996) - ficção; Objetos Musicais (1997) - poesia; Teatro Angola Cena Lusófona I - Antologia; Teatro Angola Cena Lusófona II (1999) - Antologia.

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Porto Editora – Mena Abrantes na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 08:51:23]. Disponível em
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