Mendes Leal
Poeta, romancista, crítico e historiador português, de nome completo José da Silva Mendes Leal Júnior, nascido a 18 de outubro de 1818, em Lisboa, e falecido a 22 de agosto de 1886, em Sintra. Destacou-se sobretudo como dramaturgo. Foi bibliotecário-mor da Biblioteca Nacional, sócio da Academia Real das Ciências e membro do Conservatório, entre outras associações científicas e literárias, deputado pelo partido cabralista e ministro. A sua primeira obra teatral, Os Dois Renegados (1839), foi também a primeira peça a ser premiada pelo Conservatório Nacional recém-criado por Almeida Garrett e serviu de paradigma para o chamado dramalhão histórico, género muito em voga no segundo romantismo. O êxito desta peça proporcionou a Mendes Leal uma longa carreira teatral, prosseguida em dramas históricos como O Homem da Máscara Negra (1843), A Pobre das Ruínas (1846), D. Maria de Alencastre (1846) ou O Pajem de Aljubarrota, (1846), muitos deles premiados pelo Conservatório. Na década de 50, Mendes Leal envereda pelo drama de atualidade ou drama de tese, prefigurando uma nova evolução na dramaturgia portuguesa, consubstanciada em peças como Os Homens de Mármore (1854) e O Homem de Ouro (1855). O volume Cânticos, de 1858, reúne algumas das composições poéticas dispersas pela imprensa periódica. Entre poesias, publicações de romances em folhetim e textos de crítica e teorização literárias, deixará uma vasta colaboração em periódicos como O Panorama, a Revista Universal Lisbonense, o Cosmorama Literário, O Clamor Público, A Época e A Aurora, de que será diretor, em 1845.
A passagem por quase todos os géneros literários em voga no seu tempo granjeou-lhe a admiração dos seus contemporâneos, aqui demonstrada pela crítica de Silva Túlio (in Revista Contemporânea de Portugal e Brasil): "Nos progressos, nas alegrias e nas mágoas da pátria, a sua musa é sempre intérprete fiel do sentimento nacional. Se o reclamam as tarefas da civilização do país ou o serviço público, ei-lo sempre tão pronto na vontade, como desvelado no desempenho."
A passagem por quase todos os géneros literários em voga no seu tempo granjeou-lhe a admiração dos seus contemporâneos, aqui demonstrada pela crítica de Silva Túlio (in Revista Contemporânea de Portugal e Brasil): "Nos progressos, nas alegrias e nas mágoas da pátria, a sua musa é sempre intérprete fiel do sentimento nacional. Se o reclamam as tarefas da civilização do país ou o serviço público, ei-lo sempre tão pronto na vontade, como desvelado no desempenho."
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Como referenciar
Porto Editora – Mendes Leal na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-19 09:22:09]. Disponível em
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