Moniz Barreto
Jornalista e crítico literário português, Guilherme Moniz Barreto nasceu no ano de 1863, em Goa, e morreu em 1896, em Paris. Ainda adolescente, partiu de Goa para Lisboa, onde, com apenas quinze anos, viveu de explicações, numa situação económica precária, que agravou progressivamente a sua debilidade física. Frequentou o Curso Superior de Letras - onde foi aluno de Teófilo Braga - ao mesmo tempo que fazia jornalismo. Introduziu-se no meio literário lisboeta, tendo convivido com Guerra Junqueiro, Gomes Leal e João de Deus.
Em 1887, publicou o ensaio Oliveira Martins. Colaborou em jornais e revistas, tais como A Província e O Repórter, fundados por Oliveira Martins, a Revista de Portugal, dirigida por Eça, onde publica o importante ensaio A Literatura Portuguesa Contemporânea (volume I, 1889), o Jornal do Comércio e Democracia Portuguesa.
Depois de ter perdido o concurso para professor no Colégio Militar, consegue um lugar como colaborador permanente do Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, em Paris, e transfere-se para a capital francesa, onde convive com Eça de Queirós e António Nobre. Vivendo em condições precárias e sofrendo as consequências de um inverno parisiense particularmente rigoroso, morre, praticamente sozinho, aos trinta e três anos de idade. Apesar da morte precoce, deixou um considerável espólio de recensões e ensaios críticos, posteriormente coligidos por Vitorino Nemésio, José Tengarrinha e Castelo Branco Chaves.
É, seguramente, uma das personalidades literárias mais interessantes de finais do século XIX, tendo estudado atentamente toda a cultura e toda a literatura portuguesas do seu tempo e dos decénios precedentes. Cabe-lhe o mérito de ter introduzido a crítica literária objetiva e dita científica, influenciada pelo determinismo de Taine, de que era defensor, mas também pelas leituras de Brunetière e dos teóricos do romantismo alemão
Analista arguto, foi talvez, apesar dos seus curtos anos de vida, quem melhor compreendeu o alcance e os intentos dos homens da chamada Geração de 70, que bem caracterizou em alguns dos seus escritos.
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