3 min
Montijo
Aspetos Geográficos
O concelho do Montijo, do distrito de Setúbal, localiza-se na Região da Grande Lisboa (NUT II) e na Península de Setúbal (NUT III). Tem uma área de 340,6 km2 e abrange oito freguesias: Canha, Montijo, Santo Isidro de Pegões, Sarilhos Grandes, Alto-Estanqueiro-Jardia, Pegões, Atalaia e Afonsoeiro.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 55 732 habitantes.
O natural ou habitante de Montijo denomina-se montijense.
Curiosamente, o concelho encontra-se "dividido" em duas unidades geográficas não contíguas: uma, mais pequena, que inclui a sede de concelho, situada entre Alcochete e a Moita; a outra, maior, situa-se a nordeste do concelho de Palmela.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média ronda os 29 ºC. No inverno, as temperaturas são moderadas.
Como recursos hídricos, possui o rio Tejo e o estuário do Tejo.
A sua morfologia é bastante suave, destacando-se somente a Senhora da Atalaia com 67 m de altitude.
História e Monumentos
A presença humana romonta ao Paleolítico, confirmada pelos achados arqueológicos encontrados nestas terras.
Aquando da Reconquista cristã, seria Aldeia Galega ou Aldegalega do Ribatejo, como também era chamada, estando integrada no termo de Palmela, que a Ordem de Sant'Iago recebera de D. Afonso Henriques.
No século XII, em 1186, estava dividida em coutos e herdades, as quais, D. Sancho I doou aos cavaleiros de S. Iago de Torre e Espada.
Recebeu foral atribuído por D. Manuel a 15 de setembro de 1514, sendo mencionada como Aldeia Galega.
No século XX, nos anos 20, iniciou-se a instalação, na vila, de fábricas de transformação de carne de porco e de cortiça. Nos anos 30, dá-se a alteração do seu nome de Aldeia Galega para a atual designação, Montijo.
A 14 de agosto de 1985, o Montijo foi elevado à categoria de cidade.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Igreja Matriz, do século XVI, edifício de três naves com grandes silhares de azulejo colorido, com capela-mor manuelina, de abóboda artesoada, forrada de azulejos de 1708; a Igreja da Misericórdia ou de S. Sebastião, de 1533; e o Palácio de Jácome Ratton, de 1767.
De destacar também o Santuário de Nossa Senhora da Atalaia. Outrora, os habitantes de Lisboa, no domingo da Santíssima Trindade, organizavam uma romaria ao santuário, a fim de cumprirem uma promessa feita em 1507, quando a peste dizimou parte da população da capital. É um pequeno templo reedificado no século XVIII e que preserva no interior azulejos azuis e brancos com Passos da Vida da Virgem.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Das manifestações populares e culturais no concelho, salientam-se as festas populares de S. Pedro, realizadas a 29 de junho, as comemorações do aniversário da cidade do Montijo, a 14 de agosto, e a festa da Ascensão, no último domingo de agosto, na qual se organizam círios, os mais célebres da região.
No artesanato merecem referência os trabalhos em cortiça, de olaria, as miniaturas de barcos, os artigos de cobre e a azulejaria.
Como curiosidade, de referir que na época dos Descobrimentos o concelho tinha uma grande importância no fornecimento de farinha a Lisboa e também dos fornos de fabrico do biscoito, que abasteciam as naus. Este facto é comprovado pela existência dos moinhos de maré que funcionariam na época e dos quais são exemplo o moinho da Lançada, o moinho da Mundet, o moinho do Cais, moinho do Meio e moinho do Cabo.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário. O Montijo é um grande centro industrial, possuindo fábricas de cortiça, de preparação de carnes, rações e adubos e de produção de vinho.
A agricultura mantém uma relativa importância, com cerca de 34,4% da área do concelho a serem dedicados à exploração agrícola, predominando os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas hortícolas extensivas, pousio, vinha, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Cerca de 3723 ha do seu território encontram-se cobertos de floresta.
O concelho do Montijo, do distrito de Setúbal, localiza-se na Região da Grande Lisboa (NUT II) e na Península de Setúbal (NUT III). Tem uma área de 340,6 km2 e abrange oito freguesias: Canha, Montijo, Santo Isidro de Pegões, Sarilhos Grandes, Alto-Estanqueiro-Jardia, Pegões, Atalaia e Afonsoeiro.
O concelho apresentava, em 2021, um total de 55 732 habitantes.
O natural ou habitante de Montijo denomina-se montijense.
Curiosamente, o concelho encontra-se "dividido" em duas unidades geográficas não contíguas: uma, mais pequena, que inclui a sede de concelho, situada entre Alcochete e a Moita; a outra, maior, situa-se a nordeste do concelho de Palmela.
Possui um clima mediterrânico, com um período seco de 80 a 100 dias, durante o verão, em que a temperatura média ronda os 29 ºC. No inverno, as temperaturas são moderadas.
Como recursos hídricos, possui o rio Tejo e o estuário do Tejo.
A sua morfologia é bastante suave, destacando-se somente a Senhora da Atalaia com 67 m de altitude.
História e Monumentos
A presença humana romonta ao Paleolítico, confirmada pelos achados arqueológicos encontrados nestas terras.
Aquando da Reconquista cristã, seria Aldeia Galega ou Aldegalega do Ribatejo, como também era chamada, estando integrada no termo de Palmela, que a Ordem de Sant'Iago recebera de D. Afonso Henriques.
No século XII, em 1186, estava dividida em coutos e herdades, as quais, D. Sancho I doou aos cavaleiros de S. Iago de Torre e Espada.
Recebeu foral atribuído por D. Manuel a 15 de setembro de 1514, sendo mencionada como Aldeia Galega.
No século XX, nos anos 20, iniciou-se a instalação, na vila, de fábricas de transformação de carne de porco e de cortiça. Nos anos 30, dá-se a alteração do seu nome de Aldeia Galega para a atual designação, Montijo.
A 14 de agosto de 1985, o Montijo foi elevado à categoria de cidade.
Ao nível do património arquitetónico, destacam-se a Igreja Matriz, do século XVI, edifício de três naves com grandes silhares de azulejo colorido, com capela-mor manuelina, de abóboda artesoada, forrada de azulejos de 1708; a Igreja da Misericórdia ou de S. Sebastião, de 1533; e o Palácio de Jácome Ratton, de 1767.
De destacar também o Santuário de Nossa Senhora da Atalaia. Outrora, os habitantes de Lisboa, no domingo da Santíssima Trindade, organizavam uma romaria ao santuário, a fim de cumprirem uma promessa feita em 1507, quando a peste dizimou parte da população da capital. É um pequeno templo reedificado no século XVIII e que preserva no interior azulejos azuis e brancos com Passos da Vida da Virgem.
Das manifestações populares e culturais no concelho, salientam-se as festas populares de S. Pedro, realizadas a 29 de junho, as comemorações do aniversário da cidade do Montijo, a 14 de agosto, e a festa da Ascensão, no último domingo de agosto, na qual se organizam círios, os mais célebres da região.
No artesanato merecem referência os trabalhos em cortiça, de olaria, as miniaturas de barcos, os artigos de cobre e a azulejaria.
Como curiosidade, de referir que na época dos Descobrimentos o concelho tinha uma grande importância no fornecimento de farinha a Lisboa e também dos fornos de fabrico do biscoito, que abasteciam as naus. Este facto é comprovado pela existência dos moinhos de maré que funcionariam na época e dos quais são exemplo o moinho da Lançada, o moinho da Mundet, o moinho do Cais, moinho do Meio e moinho do Cabo.
Economia
No concelho predominam as atividades ligadas ao setor terciário. O Montijo é um grande centro industrial, possuindo fábricas de cortiça, de preparação de carnes, rações e adubos e de produção de vinho.
A agricultura mantém uma relativa importância, com cerca de 34,4% da área do concelho a serem dedicados à exploração agrícola, predominando os cultivos de cereais para grão, prados temporários e culturas forrageiras, culturas hortícolas extensivas, pousio, vinha, prados e pastagens permanentes.
A pecuária tem também alguma importância, nomeadamente na criação de aves, ovinos e suínos.
Cerca de 3723 ha do seu território encontram-se cobertos de floresta.
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Montijo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 10:23:13]. Disponível em
Outros artigos
-
LisboaAspetos geográficos Cidade, capital de Portugal, sede de distrito e de concelho. Localiza-se na Regi...
-
DescobrimentosAs primeiras tentativas portuguesas de explorar o Atlântico devem poder datar-se do reinado de D. Af...
-
AldeiaObra da autoria de Afonso Ribeiro, editada em 1943, cujo título remete desde logo para um protagonis...
-
D. Sancho ISegundo rei de Portugal (1185-1211), filho de D. Afonso Henriques e de D. Mafalda, foi cognominado "...
-
D. Afonso HenriquesCognominado "o Conquistador", foi o primeiro rei de Portugal, governando de 1128 a 1185. Filho de D....
-
recursos hídricosUma das substâncias minerais mais importantes é a água. A sua presença é crucial para a sobrevivênci...
-
NUTNUT é a sigla de Nomenclatura de Unidade Territorial. A Nomenclatura das Unidades Territoriais para ...
-
SetúbalAspetos geográficos Cidade, sede de concelho e capital de distrito, localiza-se na Região de Lisboa ...
-
São Pedro de MuelTambém utilizado sob a forma toponímica "São Pedro de Moel", é o nome atribuído a uma povoação muito
-
Torre de MoncorvoAspetos Geográficos O concelho de Torre de Moncorvo, do distrito de Bragança, localiza-se na Região
Partilhar
Como referenciar
Porto Editora – Montijo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 10:23:13]. Disponível em