Napoleão Bonaparte
Militar e político francês, nasceu na Córsega em 1769. Foi para o continente cumprir os seus estudos, terminando em 1785 a Academia Militar sem distinção alguma.
A seguir à Revolução de 1789, as suas simpatias políticas inclinaram-se para a fação dos Jacobinos, os radicais que viriam a ser responsáveis pela instituição do Terror. Neste período agitado, a sua fortuna variou bastante: Napoleão foi promovido rapidamente, mas depois substituído das suas funções de comando e mesmo preso. Os revezes da sorte, aliás, marcariam todo o decurso da sua vida política e militar.
Nos anos do Diretório recuperou Napoleão a sua posição de destaque no exército e a sua influência junto do poder político. Sob este regime teria oportunidade, em 1796, de realizar feitos militares importantes contra os exércitos austríacos e italianos. As suas vitórias deram-lhe algum do prestígio de que carecia para prosseguir a sua ascensão.
De seguida, em 1798, tomou, de acordo com as suas aspirações expansionistas, Malta e o Egito, mas viria a ser derrotado pelos ingleses e voltaria a França, onde, em finais de 1799, dirigiu um golpe de Estado que fez dele cônsul, partilhando o poder com dois seus iguais. Dentro em pouco, porém, faria o regime derivar para uma ditadura de cariz militar, enquanto esvaziava de poder efetivo as funções desempenhadas pelos outros cônsules da República.
Uma vez consolidado o seu poder no plano interno, as novas campanhas de Napoleão fizeram-lhe aumentar ainda mais a popularidade, de tal modo que, em 1802, um referendo nacional o declarou cônsul vitalício e lhe outorgou o direito de escolher o seu sucessor. Em 1804 proclamar-se-ia mesmo imperador. Na cerimónia da coroação, teria o arrojo de retirar das mãos do Papa a coroa para se coroar a si próprio.
Entretanto, dava continuidade à sua política expansionista, contando com a Inglaterra como país rival e principal adversário. As forças napoleónicas obtiveram grandes vitórias, como a de Austerlitz, em 1805, mas sofreram também pesadas derrotas: na Batalha de Trafalgar, em que a armada francesa seria derrotada pela frota do almirante Nelson, em 1805; nas incursões na Península Ibérica (Portugal, designadamente, foi alvo de três invasões entre 1807 e 1813, todas elas de resultado infeliz para Napoleão); e, sobretudo, na calamitosa campanha russa de 1812, em que um exército de quatrocentos e cinquenta mil homens foi desbaratado e o prestígio do imperador ficou severamente abalado.
A partir desse momento, o poderio de Napoleão entrou em declínio acentuado. Em 1814 acabaria por ter que se render às forças aliadas da Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, e retirou-se para a Ilha de Elba, preservando embora o título de imperador. Menos de uma ano depois, no entanto, voltaria a França para tomar o poder, mas seria derrotado por Wellington em Waterloo. Seguiu-se o exílio em Santa Helena, uma ilha longínqua do Atlântico. Passando os seus últimos anos de vida praticamente só, aí viria a morrer em 1821. O seu corpo encontra-se sepultado no cemitério de Les Invalides, em Paris.
Napoleão foi um homem incontornável na vida política da França - e da Europa - do seu tempo. Constituiu um império que deu um contributo decisivo para a formação de países como a Grécia, a Itália e a Alemanha, seja por ter unificado os territórios que se encontravam politicamente fragmentados, seja por ter pretextado o surgimento de sentimentos nacionalistas.
A seguir à Revolução de 1789, as suas simpatias políticas inclinaram-se para a fação dos Jacobinos, os radicais que viriam a ser responsáveis pela instituição do Terror. Neste período agitado, a sua fortuna variou bastante: Napoleão foi promovido rapidamente, mas depois substituído das suas funções de comando e mesmo preso. Os revezes da sorte, aliás, marcariam todo o decurso da sua vida política e militar.
Nos anos do Diretório recuperou Napoleão a sua posição de destaque no exército e a sua influência junto do poder político. Sob este regime teria oportunidade, em 1796, de realizar feitos militares importantes contra os exércitos austríacos e italianos. As suas vitórias deram-lhe algum do prestígio de que carecia para prosseguir a sua ascensão.
De seguida, em 1798, tomou, de acordo com as suas aspirações expansionistas, Malta e o Egito, mas viria a ser derrotado pelos ingleses e voltaria a França, onde, em finais de 1799, dirigiu um golpe de Estado que fez dele cônsul, partilhando o poder com dois seus iguais. Dentro em pouco, porém, faria o regime derivar para uma ditadura de cariz militar, enquanto esvaziava de poder efetivo as funções desempenhadas pelos outros cônsules da República.
Uma vez consolidado o seu poder no plano interno, as novas campanhas de Napoleão fizeram-lhe aumentar ainda mais a popularidade, de tal modo que, em 1802, um referendo nacional o declarou cônsul vitalício e lhe outorgou o direito de escolher o seu sucessor. Em 1804 proclamar-se-ia mesmo imperador. Na cerimónia da coroação, teria o arrojo de retirar das mãos do Papa a coroa para se coroar a si próprio.
Entretanto, dava continuidade à sua política expansionista, contando com a Inglaterra como país rival e principal adversário. As forças napoleónicas obtiveram grandes vitórias, como a de Austerlitz, em 1805, mas sofreram também pesadas derrotas: na Batalha de Trafalgar, em que a armada francesa seria derrotada pela frota do almirante Nelson, em 1805; nas incursões na Península Ibérica (Portugal, designadamente, foi alvo de três invasões entre 1807 e 1813, todas elas de resultado infeliz para Napoleão); e, sobretudo, na calamitosa campanha russa de 1812, em que um exército de quatrocentos e cinquenta mil homens foi desbaratado e o prestígio do imperador ficou severamente abalado.
A partir desse momento, o poderio de Napoleão entrou em declínio acentuado. Em 1814 acabaria por ter que se render às forças aliadas da Inglaterra, Áustria, Rússia e Prússia, e retirou-se para a Ilha de Elba, preservando embora o título de imperador. Menos de uma ano depois, no entanto, voltaria a França para tomar o poder, mas seria derrotado por Wellington em Waterloo. Seguiu-se o exílio em Santa Helena, uma ilha longínqua do Atlântico. Passando os seus últimos anos de vida praticamente só, aí viria a morrer em 1821. O seu corpo encontra-se sepultado no cemitério de Les Invalides, em Paris.
Napoleão foi um homem incontornável na vida política da França - e da Europa - do seu tempo. Constituiu um império que deu um contributo decisivo para a formação de países como a Grécia, a Itália e a Alemanha, seja por ter unificado os territórios que se encontravam politicamente fragmentados, seja por ter pretextado o surgimento de sentimentos nacionalistas.
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Como referenciar
Porto Editora – Napoleão Bonaparte na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-16 03:11:52]. Disponível em
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