Nicolau Nasoni
O pintor e arquiteto de origem italiana, Nicolau Nasoni nasceu a 2 de junho de 1691, na Toscana, e faleceu a 30 de agosto de 1773, no Porto, recebendo sepultura na sua Igreja dos Clérigos - obra-prima do Barroco nortenho.
Discípulo do pintor Giuseppe Nasini, Nasoni inicia a sua carreira artísica na cidade de Siena. A sua formação como pintor é realizada através de encomendas de arte efémera, nomeadamente na construção e decoração de arcos de triunfo, carros alegóricos, etc. Na vertente da arquitetura, Nasoni aprendeu no atelier de Franchini e de Vicenzo Ferrati.
Após a sua estada em Siena, Nasoni dirige-se para Roma. A póxima etapa foi a Ilha de Malta. Em 1723 encontrava-se ao serviço do grão-mestre Frei António Manuel de Vilhena, incumbido de pintar algumas dependências do Palácio dos Grãos-Mestres em La Valetta. Aqui estabelece ligações com o portuense Frei Roque de Távora e Noronha, irmão do deão da Sé do Porto, conseguindo ser contratado para uma empreitada nas obras de renovação da Catedral portuense. Deste modo, em 1725, o artista estabelece-se definitivamente na cidade do Porto.
No panorama da pintura portuguesa setecentista, Nasoni destaca-se como pintor ilusionista, dominando a técnica do trompe l'oeil e da perspetiva, conferindo profundidade cenográfica a superfícies planas. Após a Sé do Porto, onde pinta a têmpera, Nasoni encarrega-se da pintura das abóbadas da Sé Catedral de Lamego, decorria o ano de 1737. Outros contratos são celebrados para efetivar pinturas na Igreja da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto, na Igreja de S. Pedro de Tarouca e ainda os tetos do Palácio do Freixo, no Porto.
Como arquiteto, Nasoni marcaria o Barroco setecentista na cidade do Porto e seu termo. A sua primeira e emblemática obra foi a Igreja, enfermaria e Torre dos Clérigos, cujo projeto foi apresentado em 1731 e a sua construção iniciada em 1732, é considerada a obra-prima do Barroco portuense.
No periodo compreendido entre os anos de 1743 e 1749, Nasoni encontra-se à frente das obras de remodelação da fachada da Igreja do Senhor Bom Jesus matosinhense, reedificando em 1745 a Igreja de Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia, e estando ainda ativo em 1749 na reconstrução da Igreja da Misericórdia do Porto.
O labor deste artista italiano estendeu-se à arquitetura civil. O historiador Robert Smith atribui-lhe a autoria do risco da Quinta do Ramalde, da Quinta do Viso, da Quinta da Prelada, de Santa Cruz do Bispo e ainda do Palácio do Freixo. Provavelmente, embora a documentação seja omissa a esse respeito, Nasoni terá sido o autor do Solar de Mateus, palácio nos arredores de Vila Real.
O estilo arquitetónico de Nicolau Nasoni inscreve-se no universo de um Barroco de aparato e cenográfico, influenciado pela arquitetura italiana da Toscânia e de Roma. De volumetrias sólidas, linhas túrgidas e movimentadas, o seu Barroco decorativista estabeleceu escola no Norte de Portugal, influenciando decisivamente os artistas portugueses coetâneos.
Além da sua vertente de pintor-arquiteto, Nasoni idealizou diversos desenhos para peças de ourivesaria, modelos de escultura e ainda ornatos e retábulos em talha dourada, influenciando também assim os artistas do Barroco português.
Discípulo do pintor Giuseppe Nasini, Nasoni inicia a sua carreira artísica na cidade de Siena. A sua formação como pintor é realizada através de encomendas de arte efémera, nomeadamente na construção e decoração de arcos de triunfo, carros alegóricos, etc. Na vertente da arquitetura, Nasoni aprendeu no atelier de Franchini e de Vicenzo Ferrati.
Após a sua estada em Siena, Nasoni dirige-se para Roma. A póxima etapa foi a Ilha de Malta. Em 1723 encontrava-se ao serviço do grão-mestre Frei António Manuel de Vilhena, incumbido de pintar algumas dependências do Palácio dos Grãos-Mestres em La Valetta. Aqui estabelece ligações com o portuense Frei Roque de Távora e Noronha, irmão do deão da Sé do Porto, conseguindo ser contratado para uma empreitada nas obras de renovação da Catedral portuense. Deste modo, em 1725, o artista estabelece-se definitivamente na cidade do Porto.
Como arquiteto, Nasoni marcaria o Barroco setecentista na cidade do Porto e seu termo. A sua primeira e emblemática obra foi a Igreja, enfermaria e Torre dos Clérigos, cujo projeto foi apresentado em 1731 e a sua construção iniciada em 1732, é considerada a obra-prima do Barroco portuense.
No periodo compreendido entre os anos de 1743 e 1749, Nasoni encontra-se à frente das obras de remodelação da fachada da Igreja do Senhor Bom Jesus matosinhense, reedificando em 1745 a Igreja de Santa Marinha, em Vila Nova de Gaia, e estando ainda ativo em 1749 na reconstrução da Igreja da Misericórdia do Porto.
O labor deste artista italiano estendeu-se à arquitetura civil. O historiador Robert Smith atribui-lhe a autoria do risco da Quinta do Ramalde, da Quinta do Viso, da Quinta da Prelada, de Santa Cruz do Bispo e ainda do Palácio do Freixo. Provavelmente, embora a documentação seja omissa a esse respeito, Nasoni terá sido o autor do Solar de Mateus, palácio nos arredores de Vila Real.
O estilo arquitetónico de Nicolau Nasoni inscreve-se no universo de um Barroco de aparato e cenográfico, influenciado pela arquitetura italiana da Toscânia e de Roma. De volumetrias sólidas, linhas túrgidas e movimentadas, o seu Barroco decorativista estabeleceu escola no Norte de Portugal, influenciando decisivamente os artistas portugueses coetâneos.
Além da sua vertente de pintor-arquiteto, Nasoni idealizou diversos desenhos para peças de ourivesaria, modelos de escultura e ainda ornatos e retábulos em talha dourada, influenciando também assim os artistas do Barroco português.
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Como referenciar
Porto Editora – Nicolau Nasoni na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-21 13:29:41]. Disponível em
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