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O Jardim do Éden
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O mito do Jardim do Éden, também conhecido por Horto ou Jardim das Delícias, tem origem no princípio dos tempos, quando Deus criou o céu e a terra.

Após ter criado o céu, a água, a terra, as plantas, as árvores, os animais, o Sol, a Lua e o homem, "então Deus plantou um jardim, da banda do Oriente, no Éden, e ali pôs o homem que tinha formado" (Gen. II,8).

Em seguida, criou a mulher para fazer companhia ao homem e para se reproduzirem.

Adão e Eva – assim se chamavam o primeiro homem e a primeira mulher – viveram felizes, durante muito tempo, explorando o Jardim do Éden que Deus havia criado. Nesse paraíso terrestre, podiam encontrar todo o tipo de árvores de fruto, diversos animais e água em abundância para se alimentarem e cultivarem o Éden. Somente da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, plantada no centro do jardim, estavam proibidos de comer.

Tentada por uma serpente, o animal mais astuto que Deus tinha criado, Eva comeu o fruto proibido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal para adquirir entendimento e também Adão comeu o fruto proibido, oferecido pela mulher. Por terem desobedecido a Deus, Adão e Eva passaram, a partir de então, a viver em pecado e a terem consciência da sua nudez (por isso, se cobriram de folhas). Foram expulsos do Éden e voltaram para a Terra, ficando sujeitos ao sofrimento da existência humana, à civilização e à mortalidade.

Temeroso que o homem tomasse também a Árvore da Vida e assim pudesse viver eternamente em pecado, Deus colocou querubins, armados com espadas de fogo, às portas do jardim do Éden, para impedir a entrada no Jardim e o acesso à Árvore da Vida.

Este mito do Jardim do Éden, ligado à criação do homem, tem como objetivos desresponsabilizar Deus pelo sofrimento humano e desculpar o homem que, para evoluir e adquirir conhecimento, teve de abandonar o estado de graça e de inocência.

Recentes investigadores têm tentado encontrar o Jardim do Éden através de informações geográficas presentes no Génesis (II, 10-14). É dito que o Éden está envolvido por quatro rios, o Pison, o Gheon, o Tigre e o Eufrates, o que o situará na zona da Mesopotâmia, atualmente o Iraque. No entanto, a descrição do Éden pode ter apenas um sentido alegórico, sugerindo um local idílico de perfeita felicidade.

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Como referenciar
Porto Editora – O Jardim do Éden na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-16 08:53:50]. Disponível em

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