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Partido Progressista
A designação de progressista aparece inúmeras vezes no contexto de instabilidade política do Portugal do século XIX, geralmente para caracterizar homens, grupos de homens ou ideologias que, dentro da estrutura constitucional, procuram uma maior democratização do poder.
Progressistas são de alguma forma os inconformados, mais ou menos radicais, e os liberais. Depois da Restauração da Carta de 1842, a coligação de vários partidos anti-clericalistas passa a ser designada de Partido Progressista, é composta por setembristas, cartistas e até miguelistas.
Quando se inicia o processo da Regeneração, o termo progressista é usado e abusado, de forma demagógica, por todos os que se arrogam de contribuir para o progresso da nação. Em setembro de 1876 é formado pelo Pacto da Granja o Partido Progressista, que possui de facto e de direito esse nome, onde se fundem o Partido Reformista com origens no vintismo, setembrismo e na Patuleia e o Partido Histórico. Unindo-se obtêm a maioria parlamentar contra o Partido Regenerador, mas apoiam-se em reivindicações políticas imediatas e ideias gerais, e não numa ideologia cimentada ou num projeto político total e coerente.
O Partido Progressista procura atrair o apoio das classes médias, apresentando um programa que se debruça sobre a reforma da Carta Constitucional, a isenção dos atos eleitorais, a melhoria das leis fiscais, a reforma da administração financeira, a representação das minorias no sufrágio, a reforma das leis de recrutamento e organização militar, a reforma da instrução primária e secundária, a reorganização judicial, a reforma da lei sobre o trabalho das mulheres, a reestruturação da administração das colónias ultramarinas, entre outros assuntos.
O programa do Partido Progressista apresenta-se como que um compromisso de equilíbrio entre o conservadorismo e o Partido Regenerador, no momento em que se criam também os dois partidos mais radicais, Socialista e Republicano.
Após o Ultimato inglês, o Partido adquire uma grande adesão por parte da população, principalmente no Porto, mas esse apoio acaba por desaparecer quando conquistam o poder e dos 28 pontos do seu programa político quase nada se passa à prática. Esta é uma fase de crescimento para os partidos Socialista e Republicano.
Durante o período conhecido como rotativismo o Partido Progressista alterna-se no poder com o Regenerador, entrando mais tarde num processo de declínio e enfraquecimento, marcado por acusações de corrupção e de descontrolo financeiro e ainda pela dissidência de uma fação do partido. Sob a chefia de Anselmo Braamcamp Freire, o Partido Progressista formou governo entre 1879 e 1881 e teve ainda mais dois governos, chefiados por José Luciano de Castro.
O Partido Progressista Dissidente, apesar de se apresentar como radical nas suas posições (de extrema-esquerda), não apresenta um programa político, definindo-se apenas como adepto da Constituição e defendendo uma reforma da Carta Constitucional.
O partido extinguiu-se com a implantação da República.
Progressistas são de alguma forma os inconformados, mais ou menos radicais, e os liberais. Depois da Restauração da Carta de 1842, a coligação de vários partidos anti-clericalistas passa a ser designada de Partido Progressista, é composta por setembristas, cartistas e até miguelistas.
Quando se inicia o processo da Regeneração, o termo progressista é usado e abusado, de forma demagógica, por todos os que se arrogam de contribuir para o progresso da nação. Em setembro de 1876 é formado pelo Pacto da Granja o Partido Progressista, que possui de facto e de direito esse nome, onde se fundem o Partido Reformista com origens no vintismo, setembrismo e na Patuleia e o Partido Histórico. Unindo-se obtêm a maioria parlamentar contra o Partido Regenerador, mas apoiam-se em reivindicações políticas imediatas e ideias gerais, e não numa ideologia cimentada ou num projeto político total e coerente.
O Partido Progressista procura atrair o apoio das classes médias, apresentando um programa que se debruça sobre a reforma da Carta Constitucional, a isenção dos atos eleitorais, a melhoria das leis fiscais, a reforma da administração financeira, a representação das minorias no sufrágio, a reforma das leis de recrutamento e organização militar, a reforma da instrução primária e secundária, a reorganização judicial, a reforma da lei sobre o trabalho das mulheres, a reestruturação da administração das colónias ultramarinas, entre outros assuntos.
O programa do Partido Progressista apresenta-se como que um compromisso de equilíbrio entre o conservadorismo e o Partido Regenerador, no momento em que se criam também os dois partidos mais radicais, Socialista e Republicano.
Após o Ultimato inglês, o Partido adquire uma grande adesão por parte da população, principalmente no Porto, mas esse apoio acaba por desaparecer quando conquistam o poder e dos 28 pontos do seu programa político quase nada se passa à prática. Esta é uma fase de crescimento para os partidos Socialista e Republicano.
Durante o período conhecido como rotativismo o Partido Progressista alterna-se no poder com o Regenerador, entrando mais tarde num processo de declínio e enfraquecimento, marcado por acusações de corrupção e de descontrolo financeiro e ainda pela dissidência de uma fação do partido. Sob a chefia de Anselmo Braamcamp Freire, o Partido Progressista formou governo entre 1879 e 1881 e teve ainda mais dois governos, chefiados por José Luciano de Castro.
O Partido Progressista Dissidente, apesar de se apresentar como radical nas suas posições (de extrema-esquerda), não apresenta um programa político, definindo-se apenas como adepto da Constituição e defendendo uma reforma da Carta Constitucional.
O partido extinguiu-se com a implantação da República.
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Como referenciar
Porto Editora – Partido Progressista na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-14 05:40:05]. Disponível em
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