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Paul Strand
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Fotógrafo norte-americano, Paul Strand nasceu em 1890, em Nova Iorque.

Estudou na Ethical Culture School e em 1907 juntou-se a um clube de fotografia, onde frequentou aulas de Lewis Hine, um dos melhores fotógrafos de documentário que, na altura, se dedicava a fotografar as condições de vida dos bairros degradados e que fez parte da campanha de apelo à criação de leis de trabalho infantil, através de fotografias de crianças a trabalhar nas ruas, nas fábricas e nas minas.

Os primeiros trabalhos de Strand seguiram o modelo pictorialista, mas progressivamente começou a manifestar uma crescente desilusão com o pictorialismo. Paul Strand acreditava que a fotografia deveria usar as suas potencialidades únicas, particularmente a possibilidade de descrever uma determinada cena ou objeto com uma precisão e fidelidade jamais alcançáveis pela mão humana.

Em 1915, o seu trabalho já manifestava um claro interesse pelas formas geométricas, pelos moldes, ritmo, espaço e a divisão da imagem. Strand pretendia aprender a construir uma imagem, conhecer a sua consistência, a relação das formas, o sentimento dos espaços e perceber como o todo dava a noção da unidade.

Os seus trabalhos foram vistos entusiasticamente por Alfred Stieglitz, que os expôs várias vezes na sua galeria. A sua principal preocupação era, tal como a dos pintores modernistas, produzir imagens de uma nova maneira. Enquanto que os pintores, como Paul Klee, desenvolviam no seu trabalho cada vez mais uma visão abstrata, a natureza da fotografia exigia um caminho diferente. Surge assim uma fotografia "pura", tal como foi apelidado este novo realismo.

Paul Strand começou a envolver-se cada vez mais com o cinema. Em 1921, comprou uma câmara de filmar e começou a ganhar a vida como operador de câmara.
No princípio dos anos 30, foi a figura principal no movimento do filme documentário, tendo participado em filmes como The Wave e The Plough that Broke The Plains.
Depois da ascensão de Hitler na Alemanha, fundou com outros realizadores, a Frontier Films para produzir filmes antifascistas. Quando a Segunda Guerra Mundial obrigou a uma interrupção nas filmagens, regressou de novo à fotografia a tempo inteiro.

Depois do início da Guerra Fria, o clima político dos EUA mudou drasticamente. Paul Strand passou a fazer parte da lista de artistas perseguidos pelo governo devido à sua posição política e ao seu passado. Resolveu então partir para França.

Os seus melhores trabalhos foram provavelmente produzidos nos 10 anos seguintes, entre os anos 50 e os 60, quando viajou pela França, Itália, Egito e Gana. Algumas das imagens que registou nestas viagens encontram-se hoje entre os "clássicos" da fotografia. Paul Strand recebeu inúmeros prémios e homenagens nos últimos 20 anos da sua vida, entre os quais se destacam a homenagem da American Society of Magazine Photographers (1963), a medalha David Octavius Hill (1967), o prémio da Swedish Photographers Association and Swedish Film Archives (1970) e as retrospetivas do Metropolitan Museum of Art de Nova Iorque e do Los Angeles Country Museum (1973).

Viveu os seus últimos anos a trabalhar em colaboração com a sua terceira mulher, Hazel Kingsbury, e morreu vítima de doença prolongada, em 1976, em Orgeval, França.

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Como referenciar
Porto Editora – Paul Strand na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-26 04:55:14]. Disponível em
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