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Philip Glass
Compositor de música contemporânea, Philip Glass nasceu a 31 de janeiro de 1937, em Baltimore, EUA. Aos seis anos de idade começou a tocar violino e aos oito dedicou-se à flauta. Enquanto criança familiarizou-se com compositores como Beethoven, Schubert ou Shostakovich. Aos 15 anos entrou para a Universidade de Chicago, onde estudou Filosofia e Matemática. Durante este período da juventude alargou os seus universos musicais no âmbito da música erudita. Determinado a ser compositor, entrou aos 19 anos para a Juilliard School of Music, em Nova Iorque, onde compôs mais de 70 peças musicais. Em 1964 atingiu o grau de Master Of Science em composição. Ao longo da sua formação musical recebeu influências de compositores como Ives, Webern, Aaron Copland, William Schuman, Henry Cowell ou Virhil Thomson. Estudou com Nadia Boulanger em Paris.
Descobriu as técnicas da música indiana ao transcrever os trabalhos do músico indiano Ravi Shankar para a notação ocidental. Determinante para a sua evolução musical, o contacto com a música indiana abriu-lhe as portas do minimalismo, do qual os trabalhos "String Quartet No.1" (1966) e "Two Pages" (1967) são exemplos. Outros pequenos trabalhos na década de 60: "Music In The Shape Of A Square" (1967), "Strung Out" (1967) e "11" (1967). Compôs música para a companhia de teatro que ajudou a fundar, a Mabou Mines.
Em 1968 fundou o grupo The Philip Glass Ensemble, para o qual criou as suas composições mais inovadoras, tal como "Music in 12 Parts", um trabalho a larga escala, que soma três horas de composições. O grupo incluiu teclas, saxofones, flauta, e uma voz feminina.
A década de 70 marcou uma aproximação à melodia e à harmonia, sem desprezar a batida forte, imagem de marca do seu estilo.
"Einstein On The Beach" (1976), ópera de quatro horas e meia composta em parceria com Robert Wilson, marcou a afirmação de Glass como um dos maiores compositores de música contemporânea do século XX.
A produção de Glass estendeu-se pela ópera - "Satyagraha" (1980), "Akhnaten" (1984), "The Making of the Representative for Planet 8" (1986), "The Fall of the House of Usher", "The Juniper Tree" (1985), "Hydrogen Jukebox" (1993), "Monsters Of Grace" (1999), uma ópera digital utilizando um processo de animação a três dimensões, produzida em parceria com Robert Wilson; pelas bandas sonoras - "Koyaanisqatsi" (1983), "Mishima" (1986), "The Thin Blue Line" (1988), "Powaqqatsi" (1988), "A Brief History of Time" (1992), "Candyman" (1992), "Kundun" (1998) e participação em "The Truman Show" (1998); pela dança - "A Descent into the Maelstrom", "In the Upper Room" e "Glass Pieces"; e por peças de teatro - "The Photographer" (1983), "1000 Airplanes on the Roof" e "The Mysteries And What's so Funny?".
Outros trabalhos: "Itapiu", um trabalho de grande fôlego para coro e orquestra; "The Low Symphony" (1993), baseado no álbum "Low" de David Bowie; "Symphony No. 2", encomendada pela Brooklyn Philharmonic; "The Voyage", uma encomenda centenária da Metropolitan Opera; "Symphony No. 3", encomendada pela Stuttgart Chamber Orchestra; "The Witches Of Venice", um ballet criado por Beni Motressor e encomendado pelo Teatro Alla Scala; "Orphée", "La Belle Et La Bête" e "Les Enfants Terribles", três composições baseadas na obra de Jean Cocteau; "Glassworks" (1982), o seu trabalho mais popular vendendo mais de 100 000 cópias; "Songs From The Liquid Days" (1986), álbum que contou com letras escritas por artistas como Paul Simon, Laurie Anderson, David Byrne e Suzanne Vega. A música é tocada pelo seu grupo e pelo Kronos String Quartet. Na voz surgem Linda Ronstadt e The Roches, entre outros.
Compôs, com Robert Wilson, "White Raven", uma ópera encomendada pela Comissão dos Descobrimentos Portugueses para a EXPO' 98. Foi estreada a 26 de setembro de 1998, no Teatro Camões (EXPO' 98), pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional São Carlos conduzidos por Dennis Russell Davies.
Dos seus trabalhos mais recentes merecem destaque as bandas sonoras de The Hours (As Horas, de Stephen Daldry), do documentário The Fog Of War (de Errol Morris) e de The Secret Window (A Janela Secreta, de David Koepp, com Johnny Depp). Além disto, a compilação Philip On Film (2001) reunia os melhores trabalhos de Glass para a indústria da Sétima Arte.
Descobriu as técnicas da música indiana ao transcrever os trabalhos do músico indiano Ravi Shankar para a notação ocidental. Determinante para a sua evolução musical, o contacto com a música indiana abriu-lhe as portas do minimalismo, do qual os trabalhos "String Quartet No.1" (1966) e "Two Pages" (1967) são exemplos. Outros pequenos trabalhos na década de 60: "Music In The Shape Of A Square" (1967), "Strung Out" (1967) e "11" (1967). Compôs música para a companhia de teatro que ajudou a fundar, a Mabou Mines.
Em 1968 fundou o grupo The Philip Glass Ensemble, para o qual criou as suas composições mais inovadoras, tal como "Music in 12 Parts", um trabalho a larga escala, que soma três horas de composições. O grupo incluiu teclas, saxofones, flauta, e uma voz feminina.
A década de 70 marcou uma aproximação à melodia e à harmonia, sem desprezar a batida forte, imagem de marca do seu estilo.
"Einstein On The Beach" (1976), ópera de quatro horas e meia composta em parceria com Robert Wilson, marcou a afirmação de Glass como um dos maiores compositores de música contemporânea do século XX.
A produção de Glass estendeu-se pela ópera - "Satyagraha" (1980), "Akhnaten" (1984), "The Making of the Representative for Planet 8" (1986), "The Fall of the House of Usher", "The Juniper Tree" (1985), "Hydrogen Jukebox" (1993), "Monsters Of Grace" (1999), uma ópera digital utilizando um processo de animação a três dimensões, produzida em parceria com Robert Wilson; pelas bandas sonoras - "Koyaanisqatsi" (1983), "Mishima" (1986), "The Thin Blue Line" (1988), "Powaqqatsi" (1988), "A Brief History of Time" (1992), "Candyman" (1992), "Kundun" (1998) e participação em "The Truman Show" (1998); pela dança - "A Descent into the Maelstrom", "In the Upper Room" e "Glass Pieces"; e por peças de teatro - "The Photographer" (1983), "1000 Airplanes on the Roof" e "The Mysteries And What's so Funny?".
Outros trabalhos: "Itapiu", um trabalho de grande fôlego para coro e orquestra; "The Low Symphony" (1993), baseado no álbum "Low" de David Bowie; "Symphony No. 2", encomendada pela Brooklyn Philharmonic; "The Voyage", uma encomenda centenária da Metropolitan Opera; "Symphony No. 3", encomendada pela Stuttgart Chamber Orchestra; "The Witches Of Venice", um ballet criado por Beni Motressor e encomendado pelo Teatro Alla Scala; "Orphée", "La Belle Et La Bête" e "Les Enfants Terribles", três composições baseadas na obra de Jean Cocteau; "Glassworks" (1982), o seu trabalho mais popular vendendo mais de 100 000 cópias; "Songs From The Liquid Days" (1986), álbum que contou com letras escritas por artistas como Paul Simon, Laurie Anderson, David Byrne e Suzanne Vega. A música é tocada pelo seu grupo e pelo Kronos String Quartet. Na voz surgem Linda Ronstadt e The Roches, entre outros.
Compôs, com Robert Wilson, "White Raven", uma ópera encomendada pela Comissão dos Descobrimentos Portugueses para a EXPO' 98. Foi estreada a 26 de setembro de 1998, no Teatro Camões (EXPO' 98), pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e Coro do Teatro Nacional São Carlos conduzidos por Dennis Russell Davies.
Dos seus trabalhos mais recentes merecem destaque as bandas sonoras de The Hours (As Horas, de Stephen Daldry), do documentário The Fog Of War (de Errol Morris) e de The Secret Window (A Janela Secreta, de David Koepp, com Johnny Depp). Além disto, a compilação Philip On Film (2001) reunia os melhores trabalhos de Glass para a indústria da Sétima Arte.
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Como referenciar
Porto Editora – Philip Glass na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-15 13:21:24]. Disponível em
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