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Reino Unido
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Geografia
Nação insular do Noroeste da Europa. Envolvido pelo oceano Atlântico, com o mar do Norte, a leste, e o canal da Mancha, a sul, abrange uma área de 244 820 km 2, correspondente à ilha da Grã-Bretanha e à Irlanda do Norte, bem como a um grande número de pequenas ilhas.
Sob o ponto de vista político, a ilha da Grã-Bretanha compreende a Inglaterra, a Escócia e o País de Gales. A Inglaterra tem uma área de 130 440 km 2 e ocupa perto de dois terços da ilha; a Escócia ocupa a parte norte e tem uma área de 78 782 km 2 ; o País de Gales abrange 20 769 km 2 e situa-se a oeste da Inglaterra. A Irlanda do Norte situa-se na parte noroeste da ilha da Irlanda e ocupa 14 109 km 2.
Entre as ilhas mais pequenas que integram o Reino Unido, menciona-se Wight, Scilly, Anglesey, as Órcades, as Hébridas e as Shetland. Os nomes Reino Unido, Grã-Bretanha e Inglaterra são muitas vezes confundidos. A Inglaterra constitui um país no seio do Reino Unido. A Grã-Bretanha compreende a Inglaterra, o País de Gales e a Escócia, enquanto o Reino Unido inclui também a Irlanda do Norte.
As principais cidades são Londres, a capital, com 8,866,180 habitantes (2024) na Grande Londres, Glasgow, Birmingham, Liverpool, Edimburgo, Sheffield, Leeds, Bristol, Manchester e Bradford. Na Grã-Bretanha o relevo não é uniforme. A Escócia é essencialmente montanhosa. Nas chamadas Highlands é particularmente visível a herança deixada pelos gelos no período das glaciações: inúmeros lagos, costa muito recortada devido à invasão, pelo mar, de antigos vales glaciares conhecidos por firths. Os Montes Grampianos, mais a sul, atestam os rigores do inverno, pois são cobertos de vegetação rasteira.
Em Inglaterra, individualizam-se, no Norte, as Uplands e a cadeia Penina que se alonga no sentido norte-sul. Todo o Sudoeste de Inglaterra apresenta um relevo bastante acidentado (embora não ultrapasse muito os 800 metros de altitude), enquanto a parte oriental é plana.

Clima
Na sua globalidade, o clima é temperado marítimo, chovendo ou nevando bastante mais a norte (na Escócia) e na fachada ocidental quer da Irlanda quer da Grã-Bretanha.

Economia
É uma das nações mais desenvolvidas do mundo e um dos grandes centros mundiais de comércio e finanças. Na agricultura, destacam-se as produções de cereais, batatas e produtos hortícolas. A criação de gado, em especial de ovinos e bovinos, tem igualmente relevância. Os recursos mineiros e energéticos (ferro e carvão) que permitiram o arranque da Revolução Industrial há mais de dois séculos perderam a sua importância, mas foram largamente compensados com a exploração de petróleo e gás natural no mar do Norte. Em termos industriais, há a referir os setores elétrico, alimentar, de equipamento de transporte, químico, de maquinaria, têxtil e editorial, como os mais significativos. No setor terciário, o comércio, os serviços financeiros e o turismo apresentam uma dinâmica considerável. Os principais parceiros comerciais do Reino Unido são a Alemanha, os Estados Unidos da América, a França e a Holanda.

População
O Reino Unido registava, em 2020, uma população estimada de 65 761 117 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 11,9‰ e 4,1‰. A esperança média de vida é de 81,1 anos e a língua oficial é o inglês.

História
O Reino Unido é caracterizado por uma longa história política e cultural com ligações a outras áreas do mundo, a maior das quais foi a que constituiu o Império Britânico. Júlio César invadiu a Britânia em 55 e 54 a. C., mas a ilha não ficou sujeita a Roma antes do século I d. C.
A província romana da Britânia esteve sob o seu domínio até ao século V, nos territórios que hoje são Inglaterra e Gales. Neste século, tribos nórdicas invadiram a Britânia e trouxeram consigo povos celtas que passaram a habitar o atual País de Gales. O Cristianismo foi introduzido nos séculos VI e VII.
Nos séculos VIII e IX, os vikings rondaram as costas da Britânia e para lá enviaram exércitos. No século IX, Alfredo, o Grande, que reinou entre 871-899, repeliu a invasão dos vikings. Guilherme da Normandia conquistou a Inglaterra na Batalha de Hastings, em 1066, e tornou-se Guilherme I. Os reis normandos estabeleceram um forte governo central e um estado feudal.
Ricardo I (1189-99) e o seu irmão João (1199-1216) tiveram conflitos com o clero e com a nobreza e João foi obrigado a fazer concessões à nobreza, consagradas na Magna Carta de 1215, estabelecendo o princípio constitucional de que o rei governa de acordo com a lei. Durante o reinado de Eduardo I (1272-1307), desenvolveu-se o estabelecimento do inglês como língua comum.
Henrique VIII fundou a Igreja Anglicana na sequência da recusa da Igreja Romana em lhe conceder autorização para o divórcio. Henrique VIII incorporou Gales na Inglaterra. A Inglaterra foi impulsionada para as conquistas marítimas e coloniais depois da perda das suas possessões na Europa, na sequência da Guerra das Rosas e por se sentir ameaçada pelo poderio ibérico e holandês.
O reinado de Isabel I deu início ao período de expansão colonial inglesa. Após lutar com a França, Espanha e Holanda, a Inglaterra aumentou as possessões na América, o que não foi bem aceite pelos espanhóis, que em 1588 tinham intenções de invadir a Inglaterra, mas a Armada Invencível foi derrotada pelos Ingleses. Em 1603 Jaime VI da Escócia ascendeu ao trono inglês, e tornou-se Jaime I ao estabelecer uma união entre os dois reinados. Em 1611, os ingleses instalaram feitorias na Índia.
No interior do Reino Unido a vida política não se encontrava pacífica, rebentou uma guerra civil entre os monarcas e parlamentares que terminou com a execução de Carlos I em 1649. Onze anos depois, a monarquia foi restaurada com Carlos II. O documento conservador, Bill of Rights, de 1689, estabeleceu o princípio de que a coroa da Inglaterra só poderia ser usada por protestantes. Em 1707, a Inglaterra e a Escócia formaram, através de um Ato de União, o Reino da Grã-Bretanha. Durante o reinado de Jorge III, em 1776, as colónias americanas da Grã-Bretanha tornaram-se independentes e foi neste século que se iniciou a colonização na Austrália. Seguiu-se um período de guerra entre o Reino Unido e a França revolucionária e depois com o império de Napoleão Bonaparte (1789-1815).
A partir de 1795, ocupou o Cabo da Boa Esperança, a Malásia e Ceilão. Em 1801, a Grã-Bretanha criou legislação no sentido de se unir à Irlanda e criar o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda. A partir de 1874 o império viu-se aumentado com os territórios da Malásia, Chipre, Nigéria, Egito, Rodésia, Quénia, Zanzibar, Uganda, parte do Sudão e vários arquipélagos da Oceânia.
O Reino Unido foi o berço da Revolução Industrial. A máquina a vapor trouxe o capitalismo industrial, as fábricas cresceram nas cidades e houve uma grande exploração das classes trabalhadoras. O escritor Charles Dickens retrata este período da vida inglesa. Fala da pobreza dos trabalhadores da época, numa altura em que se pensava que a máquina iria, finalmente, libertar o homem, mas para os operários foi sinónimo de escravidão.
Durante o reinado da rainha Vitória (1837-1901), a expansão colonial britânica atingiu o seu zénite, embora antigas dominações como o Canadá e a Austrália tenham obtido gradualmente a sua independência em 1867 e 1901, respetivamente. O desenvolvimento do governo parlamentar do século XIX deve-se à liderança dos primeiros-ministros Robert Peel, Benjamin Disraeli e William Gladstone.
A guerra Anglo-Bóer levou às anexações do Orange e do Transval, criando-se assim condições para o domínio da União Sul-Africana, em 1910, que se tornaria independente em 1931. O Reino Unido entrou na Primeira Guerra Mundial como aliado da França e da Rússia em 1914. A seguir à Primeira Guerra, rebentou uma revolução na Irlanda e, em 1921, o Estado Livre da Irlanda queria alterar o seu estatuto, objetivo só alcançado depois da Segunda Guerra Mundial quando se tornou na República da Irlanda, abandonando a Commonwealth.
Em 1939 o Reino Unido entrou na Segunda Guerra Mundial e bateu-se contra as forças germânicas e japonesas na Europa, África e Ásia. A Índia obteve a independência logo a seguir à guerra. Desde o pós-guerra até aos anos 70, o Reino Unido continuou a garantir a independência às várias colónias e dependências.
O estatuto da Irlanda do Norte tornou-se controverso e as tropas britânicas deslocaram-se para este território com o fim de manter a ordem. Violência e terrorismo cresceram entre as comunidades pertencentes à Igreja Católica, que se posicionou ao lado da República da Irlanda, e a comunidade protestante que pretende continuar a ficar ao lado do Reino Unido. O Norte da Irlanda e o centro de Londres são os locais onde surgem as ações terroristas mais frequentes, nomeadamente as do Exército Republicano Irlandês, conhecido por IRA.
A governação do Partido Trabalhista, iniciada em 1924 pelo líder Ramsay MacDonald e confirmada nas eleições de 1945, impôs ao país uma política socialista e de nacionalizações. O Estado comprou ações ao Banco de Inglaterra, as minas de carvão, a rede de transportes internos, aviação, gás e eletricidade. Subsequentemente, foi a vez de o Partido Conservador tomar conta dos destinos do país e levar a cabo uma política de privatizações nos setores do ferro e do aço.
Em 1973 o Reino Unido passou a fazer parte da (então) Comunidade Económica Europeia, que haveria de abandonar a 31 de janeiro de 2020, cumprindo a vontade popular da maioria expressa num referendo realizado em 2016. A primeira-ministra do Partido Conservador, Margaret Thatcher, governou o país entre 1979 e 1990, tendo realizado as maiores alterações tendentes a favorecer o setor privado, em detrimento da intervenção estatal na economia.
A forma de governo é uma monarquia constitucional, o chefe de Estado é a rainha, Isabel II, e o chefe do governo é o primeiro-ministro. A monarquia e a família real britânica fazem parte da unidade e espírito nacionais. A Constituição não está escrita. Gales e Inglaterra estão unificadas politicamente e administrativamente e estão legalmente unidas pelos atos de 1536 e 1542.

Bandeira do Reino Unido
Selos ingleses
Aberdeen, Escócia
Santuário de Stonehenge, Salisbúria
Londres, Inglaterra
Ponte dos Suspiros, em Oxford
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Porto Editora – Reino Unido na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-14 09:49:07]. Disponível em
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