Suriname
Geografia
País da América do Sul. Situado na costa norte da América do Sul, é banhado pelo oceano Atlântico, a norte, e faz fronteira com a Guiana Francesa, a leste, o Brasil, a sul, e a Guiana, a oeste. Abrange uma área de 163 270 km2, excluindo os 17 635 km2 disputados com a Guiana. As cidades mais importantes são Paramaribo, a capital, com 218 500 habitantes (2004), Niew Nickerie (13 400 hab.), Moengo (7300 hab.) e Meerzorg (6500 hab.).
Clima
O clima é tropical húmido.
Economia
O Suriname tem uma economia que se baseia na exploração mineira, nos serviços e na agricultura. O Produto Interno Bruto (PIB) entrou em declínio no início da década de 1980, devido à instabilidade política. Nas década de 1990, começou a recuperar lentamente. A indústria mineira é dominada pela produção e exportação de bauxite, de alumina, de alumínio e de algum ouro. A agricultura encontra-se concentrada na zona costeira e, embora represente uma pequena percentagem do PIB, produz arroz, banana, cana-de-açúcar, laranja, coco, melancia, pepino, mandioca, tomate e óleo de palma. A concessão para abate e exploração de 10 milhões de hectares de floresta tem preocupado a população. A indústria produz cimento, madeira, calçado, produtos alimentares, bebidas não alcoólicas e cigarros, mas também contribui pouco para o PIB. Os parceiros comerciais mais importantes do Suriname são os Estados Unidos da América, a Holanda, a Noruega e Trindade e Tobago.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 5,2.
População
A população, em 2006, era de 439 117 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 3 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 18,02%o e 7,27%o. A esperança média de vida é de 69,01 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,762 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 458 000 habitantes. As etnias principais são a crioula do Suriname (35%), a indo-paquistanesa (33%), a javanesa (16%) e a negra bosquímana (10%). As religiões com maior expressão são a hindu (27%), a católica (23%), a muçulmana (20%) e a protestante (19%). A língua oficial é o holandês.
História
O Suriname começou a ser colonizado pelos Ingleses em 1650 e, em 1667, tornou-se uma colónia alemã. Em 1954 passou a ser membro do Reino da Holanda, com um governo autónomo. Obteve a independência em 1975 e Johan Ferrier tornou-se presidente do país, enquanto Henck Arron, líder do Partido Nacional do Suriname, passou a ser o primeiro-ministro. Em 1980 um golpe militar retirou o Governo de Arron do poder, mas o presidente Ferrier recusou-se a aceitar o regime militar e sugeriu que Henk Chin A Sen, do Partido Nacional Republicano (PNR), encabeçasse uma administração civil. Cinco meses depois, as forças militares levaram a cabo um novo golpe e o presidente Ferrier foi substituído por Chin A Sen. O novo presidente anunciou um plano para a criação de uma Constituição que reduziria a importância dos militares no Governo. Após esse anúncio, os militares, liderados pelo tenente-coronel Dési Bouterse, destituíram Chin A Sen e colocaram a Frente Popular Revolucionária (FPR) na presidência. Seguiram-se vários meses de confusão em que foram impostos o estado de sítio e a lei marcial. Entre fevereiro de 1980 e janeiro de 1983 foram concretizados seis golpes de Estado por diferentes grupos militares. Devido à situação caótica instalada no país e ao grande número de assassinatos de líderes da oposição, a Holanda e os EUA cancelaram as ajudas económicas. Dési Bouterse passou a ter o apoio da Líbia e de Cuba.
Com o fim das relações entre o exército e as uniões comerciais, em 1985, Bouterse voltou-se para os partidos tradicionais que operaram antes do golpe de 1980. Os líderes dos três principais partidos foram convidados a integrar o Conselho Supremo e Wym Undenhout passou a ser o primeiro-ministro. As eleições de 1987 deram a vitória aos três partidos que formavam a Frente para o Desenvolvimento e Democracia (FDD) e Ramsewak Shankar foi eleito presidente da Assembleia Nacional. Em março de 1989 foi aprovada uma nova Constituição. Mas, no ano seguinte, em dezembro, deu-se um novo e sangrento golpe de Estado e o presidente Shankar foi deposto. Bouterse negou qualquer envolvimento na ação militar.
Nas eleições de maio de 1991, a Frente para a Democracia conseguiu vinte e nove lugares, dos cinquenta e um existentes, na Assembleia Nacional, e Ronald Venetiaan foi eleito presidente do Suriname. Em agosto de 1992, para pôr fim às hostilidades, o Governo entrou em acordo com os dois principais grupos guerrilheiros.
País da América do Sul. Situado na costa norte da América do Sul, é banhado pelo oceano Atlântico, a norte, e faz fronteira com a Guiana Francesa, a leste, o Brasil, a sul, e a Guiana, a oeste. Abrange uma área de 163 270 km2, excluindo os 17 635 km2 disputados com a Guiana. As cidades mais importantes são Paramaribo, a capital, com 218 500 habitantes (2004), Niew Nickerie (13 400 hab.), Moengo (7300 hab.) e Meerzorg (6500 hab.).
Clima
O clima é tropical húmido.
O Suriname tem uma economia que se baseia na exploração mineira, nos serviços e na agricultura. O Produto Interno Bruto (PIB) entrou em declínio no início da década de 1980, devido à instabilidade política. Nas década de 1990, começou a recuperar lentamente. A indústria mineira é dominada pela produção e exportação de bauxite, de alumina, de alumínio e de algum ouro. A agricultura encontra-se concentrada na zona costeira e, embora represente uma pequena percentagem do PIB, produz arroz, banana, cana-de-açúcar, laranja, coco, melancia, pepino, mandioca, tomate e óleo de palma. A concessão para abate e exploração de 10 milhões de hectares de floresta tem preocupado a população. A indústria produz cimento, madeira, calçado, produtos alimentares, bebidas não alcoólicas e cigarros, mas também contribui pouco para o PIB. Os parceiros comerciais mais importantes do Suriname são os Estados Unidos da América, a Holanda, a Noruega e Trindade e Tobago.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 5,2.
População
A população, em 2006, era de 439 117 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 3 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 18,02%o e 7,27%o. A esperança média de vida é de 69,01 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,762 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) não foi atribuído (2001). Estima-se que, em 2025, a população seja de 458 000 habitantes. As etnias principais são a crioula do Suriname (35%), a indo-paquistanesa (33%), a javanesa (16%) e a negra bosquímana (10%). As religiões com maior expressão são a hindu (27%), a católica (23%), a muçulmana (20%) e a protestante (19%). A língua oficial é o holandês.
História
O Suriname começou a ser colonizado pelos Ingleses em 1650 e, em 1667, tornou-se uma colónia alemã. Em 1954 passou a ser membro do Reino da Holanda, com um governo autónomo. Obteve a independência em 1975 e Johan Ferrier tornou-se presidente do país, enquanto Henck Arron, líder do Partido Nacional do Suriname, passou a ser o primeiro-ministro. Em 1980 um golpe militar retirou o Governo de Arron do poder, mas o presidente Ferrier recusou-se a aceitar o regime militar e sugeriu que Henk Chin A Sen, do Partido Nacional Republicano (PNR), encabeçasse uma administração civil. Cinco meses depois, as forças militares levaram a cabo um novo golpe e o presidente Ferrier foi substituído por Chin A Sen. O novo presidente anunciou um plano para a criação de uma Constituição que reduziria a importância dos militares no Governo. Após esse anúncio, os militares, liderados pelo tenente-coronel Dési Bouterse, destituíram Chin A Sen e colocaram a Frente Popular Revolucionária (FPR) na presidência. Seguiram-se vários meses de confusão em que foram impostos o estado de sítio e a lei marcial. Entre fevereiro de 1980 e janeiro de 1983 foram concretizados seis golpes de Estado por diferentes grupos militares. Devido à situação caótica instalada no país e ao grande número de assassinatos de líderes da oposição, a Holanda e os EUA cancelaram as ajudas económicas. Dési Bouterse passou a ter o apoio da Líbia e de Cuba.
Com o fim das relações entre o exército e as uniões comerciais, em 1985, Bouterse voltou-se para os partidos tradicionais que operaram antes do golpe de 1980. Os líderes dos três principais partidos foram convidados a integrar o Conselho Supremo e Wym Undenhout passou a ser o primeiro-ministro. As eleições de 1987 deram a vitória aos três partidos que formavam a Frente para o Desenvolvimento e Democracia (FDD) e Ramsewak Shankar foi eleito presidente da Assembleia Nacional. Em março de 1989 foi aprovada uma nova Constituição. Mas, no ano seguinte, em dezembro, deu-se um novo e sangrento golpe de Estado e o presidente Shankar foi deposto. Bouterse negou qualquer envolvimento na ação militar.
Nas eleições de maio de 1991, a Frente para a Democracia conseguiu vinte e nove lugares, dos cinquenta e um existentes, na Assembleia Nacional, e Ronald Venetiaan foi eleito presidente do Suriname. Em agosto de 1992, para pôr fim às hostilidades, o Governo entrou em acordo com os dois principais grupos guerrilheiros.
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Como referenciar
Porto Editora – Suriname na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-03-22 14:58:50]. Disponível em
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