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Terra Pura
A Escola Terra Pura ou Escola de Lótus é uma escola do budismo chinês e japonês fundada em 402 pelo monge chinês Hui-Yuan (334/6-416) e trazida para o Japão por Honen. Hui-Yuan era um estudioso dos textos confucionistas e taoistas. Depois de viajar para o sul da China, tornou-se discípulo do monge budista Tao-an (312-385) e mais tarde convidou outros eruditos para fundar "A Sociedade do Lótus Branco". Sob a sua orientação, monges e laicos reuniam-se diante de uma imagem de Buda Amitaba e faziam os votos de renascer no paraíso ocidental. Huy-yuan é assim considerado o primeiro patriarca desta escola, que se caracteriza pela ênfase na importância da fé no poder e na compaixão do Buda Amitaba, o Buda da Luz Infinita (em chinês O-mi-t'o, em japonês Amida). Este Buda não é considerado uma personagem histórica desta época, como Shakyamuni, mas, de certa forma, um Buda mítico.
O objetivo dos adeptos desta tradição é obter o renascimento na terra pura do Buda Amitaba. No Mahayana, as "terras puras" ou terras de Buda são domínios de manifestação criados pelos Budas. Nas crenças populares, estes paraísos têm uma localização geográfica mas, fundamentalmente, e de acordo com alguns comentários da escola Mahayana, simbolizam aspetos de um estado mental desperto. Os principais textos desta tradição são os dois Sutras Sukhavati-vyuha (o Sutra da Vida Incomensurável, mais longo, e o Sutra de Amitaba, mais breve, por sua vez considerados uma forma abreviada do Sutra do Lótus) e o Sutra Amitayur-dhyana (o Sutra da Contemplação da Vida Infinita). Segundo estes textos, um monge chamado Dharmakara teria feito 48 votos diante de Lokeshvara-raja, o 53.° Buda. Este monge, que viria a tornar-se no Buda Amitaba, fez então o voto de salvar todos os seres sensíveis e de levá-los para uma Terra Pura localizada no ocidente. Este paraíso seria um lugar completamente livre do sofrimento e com as condições ideais para atingir a iluminação.
T'na-luan (jap. Donran), 476-542, contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento desta escola. Considerava que num tempo de deterioração do ensinamento budista o esforço pessoal não seria suficiente para atingir a libertação. Rejeitou a "via dura" das outras escolas budistas e preconizou a "via fácil" ou a "via da fé" na qual se coloca a confiança na ajuda externa do Buda Amitaba. Segundo T'na-luan, bastaria recitar o nome de Amitaba com profunda devoção para obter um renascimento no paraíso ocidental.
Shan-tao (jap. Zendo), 613-81, é considerado o verdadeiro fundador da escola Terra Pura enquanto instituição organizada. Compôs importantes comentários ao Sutra Amitayur-dhyana e durante o seu tempo a escola desenvolveu-se significativamente, já que a prática que preconizava, comparada com a das outras escolas, parecia relativamente acessível. A prática consiste principalmente na recitação do nome do Buda Amitaba (nembutsu) e na visualização do seu paraíso. Esta prática viria igualmente a ser adotada por outras escolas do Budismo chinês e japonês e esteve na origem de uma rica tradição de arte budista, a da representação do paraíso de Amitaba. Esta corrente viria a tornar-se a mais popular forma de budismo na China e sobretudo no Japão, sendo também conhecida como Amidismo - de Amida, o nome japonês de Amitaba.
O objetivo dos adeptos desta tradição é obter o renascimento na terra pura do Buda Amitaba. No Mahayana, as "terras puras" ou terras de Buda são domínios de manifestação criados pelos Budas. Nas crenças populares, estes paraísos têm uma localização geográfica mas, fundamentalmente, e de acordo com alguns comentários da escola Mahayana, simbolizam aspetos de um estado mental desperto. Os principais textos desta tradição são os dois Sutras Sukhavati-vyuha (o Sutra da Vida Incomensurável, mais longo, e o Sutra de Amitaba, mais breve, por sua vez considerados uma forma abreviada do Sutra do Lótus) e o Sutra Amitayur-dhyana (o Sutra da Contemplação da Vida Infinita). Segundo estes textos, um monge chamado Dharmakara teria feito 48 votos diante de Lokeshvara-raja, o 53.° Buda. Este monge, que viria a tornar-se no Buda Amitaba, fez então o voto de salvar todos os seres sensíveis e de levá-los para uma Terra Pura localizada no ocidente. Este paraíso seria um lugar completamente livre do sofrimento e com as condições ideais para atingir a iluminação.
T'na-luan (jap. Donran), 476-542, contribuiu consideravelmente para o desenvolvimento desta escola. Considerava que num tempo de deterioração do ensinamento budista o esforço pessoal não seria suficiente para atingir a libertação. Rejeitou a "via dura" das outras escolas budistas e preconizou a "via fácil" ou a "via da fé" na qual se coloca a confiança na ajuda externa do Buda Amitaba. Segundo T'na-luan, bastaria recitar o nome de Amitaba com profunda devoção para obter um renascimento no paraíso ocidental.
Shan-tao (jap. Zendo), 613-81, é considerado o verdadeiro fundador da escola Terra Pura enquanto instituição organizada. Compôs importantes comentários ao Sutra Amitayur-dhyana e durante o seu tempo a escola desenvolveu-se significativamente, já que a prática que preconizava, comparada com a das outras escolas, parecia relativamente acessível. A prática consiste principalmente na recitação do nome do Buda Amitaba (nembutsu) e na visualização do seu paraíso. Esta prática viria igualmente a ser adotada por outras escolas do Budismo chinês e japonês e esteve na origem de uma rica tradição de arte budista, a da representação do paraíso de Amitaba. Esta corrente viria a tornar-se a mais popular forma de budismo na China e sobretudo no Japão, sendo também conhecida como Amidismo - de Amida, o nome japonês de Amitaba.
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Como referenciar
Porto Editora – Terra Pura na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-10-04 15:43:56]. Disponível em
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