Vigílio
Papa romano, tendo sido antipapa durante um breve espaço de tempo, a partir da condenação de São Silvério até à abdicação deste, pertencia à aristocracia romana e fazia parte do Senado. Foi representante do papa Agapito I em Constantinopla, cargo que lhe foi dado como compensação por não ter tido efeito a designação de Bonifácio II. O seu papado teve início a 29 de março de 537 e terminou a 7 de junho de 555.
Este papa afirmou, por meio de reforço do vicariato de Arles e da submissão, em 538, de Braga (capital do reino suevo), a sua posição no Ocidente.
Durante esta estadia em Constantinopla aliou-se à imperatriz Teodora e comprometeu-se a substituir a doutrina do Concílio de Calcedónia e a reabilitar Antémio. Contudo, não cumpriu estas promessas, desenvolvendo inclusivamente esforços em contrário, como aconteceu com a rejeição do monofisismo. Replicando, o imperador Justiniano declarou inválidos os escritos de Ibbas de Edessa, Teodoreto de Ciro e Teodoro de Mopsuestia (os chamados Três Capítulos, que defendiam a dualidade da natureza de Cristo), aumentando assim o fosso entre o Oriente e o Ocidente, que não aceitou esta decisão.
Em novembro de 545 o papa foi preso, enquanto rezava missa, tendo sido detido na Sicília até aceitar o decreto do imperador, o que acabou por acontecer. Chegando esta notícia ao conhecimento da Igreja, foi convocado um sínodo pelos bispos de África, em 550, que excomungou o papa. Este resolveu então retratar-se, e anulou o documento com a sua confissão, chamado Iudicatum. Foi acordado com o imperador que se convocaria um concílio para resolver a questão. Contudo, o imperador emitiu um decreto a confirmar a condenação dos Três Capítulos. O papa não concordou, obviamente, o que fez com o imperador o impedisse de sair de São Pedro, a partir de dezembro de 551, até legitimar os seus decretos. Entretanto o papa fugiu para a Calcedónia e foi efetuado um concílio em Constantinopla (553) onde o imperador declarou o rompimento dos laços com o papa e a condenação dos Três Capítulos. Só em fevereiro de 554 é que o papa confirmaria os resultados do concílio, com grave prejuízo para a sua imagem perante a Igreja ocidental.
Acabou por morrer em Siracusa, quando voltava para Roma, tendo sido sepultado na igreja de São Marcelo.
Este papa afirmou, por meio de reforço do vicariato de Arles e da submissão, em 538, de Braga (capital do reino suevo), a sua posição no Ocidente.
Durante esta estadia em Constantinopla aliou-se à imperatriz Teodora e comprometeu-se a substituir a doutrina do Concílio de Calcedónia e a reabilitar Antémio. Contudo, não cumpriu estas promessas, desenvolvendo inclusivamente esforços em contrário, como aconteceu com a rejeição do monofisismo. Replicando, o imperador Justiniano declarou inválidos os escritos de Ibbas de Edessa, Teodoreto de Ciro e Teodoro de Mopsuestia (os chamados Três Capítulos, que defendiam a dualidade da natureza de Cristo), aumentando assim o fosso entre o Oriente e o Ocidente, que não aceitou esta decisão.
Em novembro de 545 o papa foi preso, enquanto rezava missa, tendo sido detido na Sicília até aceitar o decreto do imperador, o que acabou por acontecer. Chegando esta notícia ao conhecimento da Igreja, foi convocado um sínodo pelos bispos de África, em 550, que excomungou o papa. Este resolveu então retratar-se, e anulou o documento com a sua confissão, chamado Iudicatum. Foi acordado com o imperador que se convocaria um concílio para resolver a questão. Contudo, o imperador emitiu um decreto a confirmar a condenação dos Três Capítulos. O papa não concordou, obviamente, o que fez com o imperador o impedisse de sair de São Pedro, a partir de dezembro de 551, até legitimar os seus decretos. Entretanto o papa fugiu para a Calcedónia e foi efetuado um concílio em Constantinopla (553) onde o imperador declarou o rompimento dos laços com o papa e a condenação dos Três Capítulos. Só em fevereiro de 554 é que o papa confirmaria os resultados do concílio, com grave prejuízo para a sua imagem perante a Igreja ocidental.
Acabou por morrer em Siracusa, quando voltava para Roma, tendo sido sepultado na igreja de São Marcelo.
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Porto Editora – Vigílio na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-04-17 22:40:49]. Disponível em
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