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Vila do Bispo
Aspetos Geográficos
O concelho de Vila do Bispo, do distrito de Faro, localiza-se na Região do Algarve (NUT II e NUT III). É limitado a oeste e a sul pelo oceano Atlântico, a este pelo concelho de Lagos e a norte por Aljezur, ocupando uma superfície de 178,5 km, distribuída por cinco freguesias: Barão de São Miguel, Budens, Raposeira, Sagres e Vila do Bispo.
Em 2021, o concelho da Vila do Bispo tinha 5 722 habitantes.
O natural ou habitante de Vila do Bispo denomina-se vila-bispense.
Apresenta um clima subtropical marítimo, com precipitações anuais baixas e amplitudes térmicas anuais de 7 °C a 10 °C.
Tem como recursos hídricos a ribeira dos Outeiros, a ribeira Benaçoitão e a ribeira da Torre.
A nível de relevo, o concelho encontra-se inserido no prolongamento da planície litoral que se estende desde o Sado até Sagres - plataforma de abrasão da Idade Pliocénica -, que se apresenta frequentemente dissecada pela rede hidrográfica que criou relevo.
A costa ocidental, em arriba, tem na foz pequenas reentrâncias de cursos de água. A costa meridional é recortada, originando enseadas e baías. São de destacar Montemor (138 m) e Mosqueiros (143 m). Realce, ainda, para a lagoa do Jardim, lagoa do Garcia, lagoa do Ruaz, lagoa Funda, ponta da Atalaia, ponta da Baleeira, ponta da Torre, ponta de Sagres, cabo de São Vicente, enseada do Beliche, enseada de Sagres e enseada da Baleeira.
O concelho está inserido na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Este parque abrange o litoral dos concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo e é uma zona de importantes valores naturais, paisagísticos, geológicos, geomorfológicos, florísticos e faunísticos, património arquitetónico, histórico, ou tradicional, e arqueológico. O parque estende-se por três distritos: Setúbal, Beja e Faro e, nos seus limites, inclui-se o mar numa faixa de 2 km.
História e Monumentos
As origens do concelho remontam ao período de ocupação romana. Foram encontradas indústrias de salga de peixe da época romana e uma extensa olaria do século IV d. C., especializada na produção de ânforas, destinadas ao transporte da salga do peixe. Foram também encontrados uma moeda do imperador Nero, fragmentos de vidro, estatuetas de bronze, anzóis, ânforas, colunas de mármore, entre outros objetos. Existia nestas terras uma verdadeira cidade romana com uma organização social baseada numa economia de exploração de recursos agro-marítimos, apoiada numa estrutura industrial e comercial organizada ao longo da costa.
No século XVII foi doada ao bispado de Faro.
A nível de monumentos destaca-se a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, decorada, no seu interior, com azulejos do século XVIII, que vão desde o chão até ao teto, que é de madeira pintada. Possui um altar em estilo barroco de 1715.
Tradições, Lendas e Curiosidades
Neste concelho realizam-se a festa de Nossa Senhora da Conceição, de cariz religioso, no dia 8 de dezembro, e a feira anual, que decorre no terceiro sábado e domingo de setembro.
A nível de artesanato, destacam-se as miniaturas de barcos.
Economia
O setor primário é o motor da economia do concelho de Vila do Bispo, ficando os setores secundário e terciário em segundo plano.
Vila do Bispo é um concelho essencialmente rural, em que a área agrícola ocupa cerca de 50% da área do concelho (49,9%), predominando os cultivos de cereais para grão, das leguminosas secas para grão, dos frutos secos, os prados temporários e culturas forrageiras, o pousio, os prados e as pastagens permanentes. No que diz respeito à pecuária, aves, ovinos e caprinos destacam-se como as principais espécies criadas. Este concelho tem uma baixa densidade florestal, da ordem dos 10,3% da superfície agrícola útil, que corresponde a cerca de 808 hectares.
A pesca e agricultura foram as principais atividades económicas do concelho até à década de 50, intimamente ligadas à indústria de conservas, que nesta altura começou a entrar em crise devido à falta de investimento e à incapacidade de concorrência.
O turismo começou a ganhar terreno, atingindo o seu auge no início da década de 80, mais direcionado para o alojamento e alimentação. No entanto, como a atividade turística é sazonal, as populações passaram a conjugar essa atividade com a pesca, agricultura e recoleção de marisco.
O concelho de Vila do Bispo, do distrito de Faro, localiza-se na Região do Algarve (NUT II e NUT III). É limitado a oeste e a sul pelo oceano Atlântico, a este pelo concelho de Lagos e a norte por Aljezur, ocupando uma superfície de 178,5 km, distribuída por cinco freguesias: Barão de São Miguel, Budens, Raposeira, Sagres e Vila do Bispo.
Em 2021, o concelho da Vila do Bispo tinha 5 722 habitantes.
O natural ou habitante de Vila do Bispo denomina-se vila-bispense.
Apresenta um clima subtropical marítimo, com precipitações anuais baixas e amplitudes térmicas anuais de 7 °C a 10 °C.
Tem como recursos hídricos a ribeira dos Outeiros, a ribeira Benaçoitão e a ribeira da Torre.
A nível de relevo, o concelho encontra-se inserido no prolongamento da planície litoral que se estende desde o Sado até Sagres - plataforma de abrasão da Idade Pliocénica -, que se apresenta frequentemente dissecada pela rede hidrográfica que criou relevo.
A costa ocidental, em arriba, tem na foz pequenas reentrâncias de cursos de água. A costa meridional é recortada, originando enseadas e baías. São de destacar Montemor (138 m) e Mosqueiros (143 m). Realce, ainda, para a lagoa do Jardim, lagoa do Garcia, lagoa do Ruaz, lagoa Funda, ponta da Atalaia, ponta da Baleeira, ponta da Torre, ponta de Sagres, cabo de São Vicente, enseada do Beliche, enseada de Sagres e enseada da Baleeira.
O concelho está inserido na área do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. Este parque abrange o litoral dos concelhos de Sines, Odemira, Aljezur e Vila do Bispo e é uma zona de importantes valores naturais, paisagísticos, geológicos, geomorfológicos, florísticos e faunísticos, património arquitetónico, histórico, ou tradicional, e arqueológico. O parque estende-se por três distritos: Setúbal, Beja e Faro e, nos seus limites, inclui-se o mar numa faixa de 2 km.
História e Monumentos
As origens do concelho remontam ao período de ocupação romana. Foram encontradas indústrias de salga de peixe da época romana e uma extensa olaria do século IV d. C., especializada na produção de ânforas, destinadas ao transporte da salga do peixe. Foram também encontrados uma moeda do imperador Nero, fragmentos de vidro, estatuetas de bronze, anzóis, ânforas, colunas de mármore, entre outros objetos. Existia nestas terras uma verdadeira cidade romana com uma organização social baseada numa economia de exploração de recursos agro-marítimos, apoiada numa estrutura industrial e comercial organizada ao longo da costa.
No século XVII foi doada ao bispado de Faro.
A nível de monumentos destaca-se a Igreja Paroquial de Nossa Senhora da Conceição, decorada, no seu interior, com azulejos do século XVIII, que vão desde o chão até ao teto, que é de madeira pintada. Possui um altar em estilo barroco de 1715.
Neste concelho realizam-se a festa de Nossa Senhora da Conceição, de cariz religioso, no dia 8 de dezembro, e a feira anual, que decorre no terceiro sábado e domingo de setembro.
A nível de artesanato, destacam-se as miniaturas de barcos.
Economia
O setor primário é o motor da economia do concelho de Vila do Bispo, ficando os setores secundário e terciário em segundo plano.
Vila do Bispo é um concelho essencialmente rural, em que a área agrícola ocupa cerca de 50% da área do concelho (49,9%), predominando os cultivos de cereais para grão, das leguminosas secas para grão, dos frutos secos, os prados temporários e culturas forrageiras, o pousio, os prados e as pastagens permanentes. No que diz respeito à pecuária, aves, ovinos e caprinos destacam-se como as principais espécies criadas. Este concelho tem uma baixa densidade florestal, da ordem dos 10,3% da superfície agrícola útil, que corresponde a cerca de 808 hectares.
A pesca e agricultura foram as principais atividades económicas do concelho até à década de 50, intimamente ligadas à indústria de conservas, que nesta altura começou a entrar em crise devido à falta de investimento e à incapacidade de concorrência.
O turismo começou a ganhar terreno, atingindo o seu auge no início da década de 80, mais direcionado para o alojamento e alimentação. No entanto, como a atividade turística é sazonal, as populações passaram a conjugar essa atividade com a pesca, agricultura e recoleção de marisco.
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Como referenciar
Porto Editora – Vila do Bispo na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-18 11:56:05]. Disponível em
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