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Zimbabwe
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Geografia
País da África Austral. Faz fronteira com a Zâmbia, a norte, Moçambique, a nordeste e a leste, a África do Sul, a sul, o Botswana, a sudoeste e a oeste, e a Namíbia, a oeste. Tem uma superfície de 390 580 km2. As principais cidades do país são Harare, a capital, com 1 976 400 habitantes (2004), Bulawayo (1 003 700 hab.), Chitungwiza (423 800 hab.), Mutare (195 300 hab.) e Gweru (157 500 hab.).
No Norte, o rio Zambeze forma as cataratas de Vitória, com mais de um quilómetro de largura, e atravessa um lago artificial com perto de 300 quilómetros de extensão. No Sul, o rio Limpopo delimita a fronteira com a África do Sul. No Leste, existem as cordilheiras do Inyangani e, no Oeste, há zonas de floresta. Todo o país se situa a uma altitude superior a 300 metros.
 

Clima
O clima é tropical, com a estação seca a aumentar de norte para sul.
 

Feira de artesanato em Mutare
Edifício Munlumutapa em Harare, Zimbabwe
Southampton Life Centre, Harare, Zimbabwe
Parque Nacional Hwange no Zimbabwe
Cidade de Harare, Zimbabwe
Estação de caminhos de ferro em Harare, Zimbabwe
Rua da capital do Zimbabwe, Harare
Edifício de estilo colonial, Zimbabwe
Venda de artesanato numa estrada rural, Zimbabwe
Monumento Nacional do Grande Zimbabwe
Bandeira do Zimbabwe
Economia
Como a agricultura já tinha atingido um certo desenvolvimento, o Zimbabwe chegou a ser um dos maiores exportadores de carne e hoje produz bens alimentares como o milho, chá, café e açúcar. Atualmente, o tabaco e o algodão são os produtos que geram maiores receitas na exportação, mas a produção de algodão e também de milho sofreram o efeito das secas, o que diminuiu as exportações. A indústria têxtil sofre os efeitos da política industrial e aduaneira da África do Sul. O setor mineiro continua a ser um baluarte da economia, ganhando importância relativamente ao tabaco. O ouro, o ferro, o amianto e, em menor quantidade, o crómio, o cobre e os diamantes formam o grosso do setor. Os principais parceiros comerciais do Zimbabwe são a África do Sul, o Reino Unido, os Estados Unidos da América e a Alemanha.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 1,4.
 

População
A população era, em 2006, de 12 236 805 habitantes, dos quais apenas 32% vivem em áreas urbanas. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 28,01%o e 21,84%o. A esperança média de vida é de 39,29 anos.
O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,496 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,489 (2001). Estima-se que, em 2025, a população diminua para 9 481 000 habitantes, em grande parte devido à epidemia de SIDA que afeta o país.
Do ponto de vista étnico este país é menos heterogéneo que os países seus vizinhos. A maioria da população divide-se em duas etnias: a Shona (71%) e a Ndebele (16%). Os brancos representam 2% da população. As principais religiões são a cristã (45%), repartida entre protestantes (18%), cristãos africanos (14%) e católicos (12%), e a animista (40%).
 

História
A história do Zimbabwe divide-se em dois grandes períodos: antes da colonização britânica e depois da declaração de independência da Rodésia.
Foi o ouro que atraiu o explorador Cecil Rhodes a este território, batizado, em sua honra, com o nome de Rodésia, em 1897. Impôs ao país um domínio colonial branco após uma guerra sangrenta. Menos de 100 anos depois, uma nova guerra devastou o país, mas os negros acabaram por recuperar o domínio do mesmo e batizaram-no de Zimbabwe. Existe uma região geológica designada Grande Dique que possui depósitos de ouro, crómio, níquel e outros minerais. Em 1860 emissários de Cecil Rhodes persuadiram o rei Lobengula a conceder-lhes direitos de exploração das minas. Rhodes decidiu que a concessão equivalia à totalidade do território e invadiu-o fundando a Companhia Britânica da África do Sul. Seguiu-se um período de guerra a que os indígenas não conseguiram resistir. Os brancos acabaram por ficar com as melhores terras de cultivo. O domínio da companhia inglesa estendeu-se até 1923, altura em que a colónia passou diretamente a ser orientada pelo governo inglês. O Zimbabwe, ex-Rodésia do Sul, tornou-se independente a 18 de abril de 1980, depois de uma longa e dolorosa guerra de libertação nacional. As dificuldades económicas depois da guerra prenderam-se principalmente com o elevado número de refugiados.
O Zimbabwe foi a votos em março de 1996 para reeleger por mais seis anos o presidente Robert Mugabe, mas as eleições presidenciais não passaram de mera formalidade visto que Mugabe era o único candidato. Em forma de protesto, seis partidos da oposição fizeram boicote às eleições. A abstenção foi superior à das eleições de 1990. Apenas 30% dos quase 5 milhões de eleitores registados foram às urnas.

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Como referenciar
Porto Editora – Zimbabwe na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-09 18:54:42]. Disponível em
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