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A Truta da Rainha
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Vítima de uma intriga, Aragúncia, rainha de Aragão, foi injustamente acusada de favorecer com as suas atenções um jovem cavaleiro da corte. O rei de Aragão achou que esta ofensa só seria resgatada com a morte.

Quando teve conhecimento do seu destino fatal, Aragúncia decidiu fugir e, disfarçando-se de mendiga, saiu do castelo.

O rei perseguiu-a e esteve quase a alcançá-la, não fossem os barqueiros do rio Minho a ajudar a rainha a atravessá-lo. Aragúncia recolheu-se então numas escarpas negras, que formavam uma pequena fortaleza natural junto ao rio.

O rei decidiu pôr-lhe cerco e fazer a rainha render-se pela fome e pela sede mas Aragúncia não desesperou, quando tinha sede saciava-a numa pequena fonte que brotava das rochas.

Passados dias, quando a fome começou a apertar, apareceu por cima do penhasco uma águia-real levando nas garras uma truta que deixou cair. Embora atormentada pela fome, Aragúncia embrulhou a truta e mandou-a ao rei para que este se saciasse.

Convencido que Deus estava com a rainha, o rei de Aragão levantou o cerco decidindo perdoar-lhe a falta. Aragúncia recusou o perdão por uma falha que não tinha cometido e ficou a viver naquele local austero para sempre.

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Como referenciar
Porto Editora – A Truta da Rainha na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-06-23 07:49:27]. Disponível em
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