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Egito Ptolomaico
O período ptolomaico no Egito tem lugar após a morte de Alexandre (323 a. C.). O poder foi herdado por um dos generais de Alexandre, Ptolomeu, proveniente da nobreza e dotado de cultura e astúcia enormes. Num primeiro momento associa ao poder Kleomeno, mas acaba por mandá-lo assassinar, proclamando-se rei em 304 a. C. É ele que vai dar origem à dinastia dos Lágidas, que se estende por três séculos, ao longo dos quais se sucedem quinze reis com a particularidade de todos eles se chamarem Ptolomeu. É através da sua ação que se imporá a cultura helenística no Egito, fruto da miscegenação entre Gregos, Macedónios e a população local, mas tendo em conta e adotando as tradições egípcias locais nos campos do poder, do cerimonial e dos cultos religiosos.
Apesar deste longo período, é sobretudo durante os três primeiros reinados que se atinge o apogeu, através da condução de governos prudentes de conquista em África, na Ásia Menor e na Grécia e da manutenção da neutralidade na luta entre Roma e Cartago. Ao longo dos dois reinados seguintes começam a manifestar-se sinais de fraqueza devido aos constantes conflitos internos e às ameaças dos Romanos. Quando Ptolomeu IV sobe ao trono o domínio territorial que se estabelecera desapareceu com a ação dos mercenários que desbaratam os territórios, com a sublevação dos Egípcios que pretendiam expulsar um governo estrangeiro e com a ameaça do poderio de Roma vencedora em Cartago. Apesar da perda de poder, os Ptolomeus esforçam-se por dotar o Egito de uma renovação da organização administrativa; apropriam-se de algumas tradições egípcias: a divisão em nomos e o facto de o soberano se considerar sucessor dos faraós; tentam melhorar por um lado a economia agrícola com a introdução de algumas inovações técnicas e por outro a rede dos contactos comerciais; dotam Alexandria de sumptuosos monumentos; e revelam um especial apreço pela cultura. A outra face das inovações agrícolas era o sistema que impunha pesadas contribuições aos agricultores e os mantinha numa relação de servidão, principalmente os que trabalhavam nas terras do rei.
Os soberanos sucedem-se de forma conturbada, fruto de lutas internas. Os últimos reinados revelam já uma desagregação que se acentua com a interferência romana. Ptolomeu XII, que tomara o Governo de Chipre, acaba por ser expulso pelos Romanos. Este deixa uma filha - Cleópatra - que se tornou detentora do trono após afastar os seus irmãos Ptolomeu XIII e Ptolomeu XIV, com os quais casara sucessivamente (seguindo a tradição egípcia, era permitido ao faraó casar com as irmãs). Das relações de Cleópatra com César nascera Ptolomeu XV, a quem Cleópatra tenta transmitir o poder com o acordo de Marco Aurélio. A guerra entre Marco Aurélio e Octávio e a vitória deste último provoca o colapso do período ptolomaico com o assassinato de Ptolomeu XV. Deste modo o Egito passaria a fazer parte do Império Romano.
Apesar deste longo período, é sobretudo durante os três primeiros reinados que se atinge o apogeu, através da condução de governos prudentes de conquista em África, na Ásia Menor e na Grécia e da manutenção da neutralidade na luta entre Roma e Cartago. Ao longo dos dois reinados seguintes começam a manifestar-se sinais de fraqueza devido aos constantes conflitos internos e às ameaças dos Romanos. Quando Ptolomeu IV sobe ao trono o domínio territorial que se estabelecera desapareceu com a ação dos mercenários que desbaratam os territórios, com a sublevação dos Egípcios que pretendiam expulsar um governo estrangeiro e com a ameaça do poderio de Roma vencedora em Cartago. Apesar da perda de poder, os Ptolomeus esforçam-se por dotar o Egito de uma renovação da organização administrativa; apropriam-se de algumas tradições egípcias: a divisão em nomos e o facto de o soberano se considerar sucessor dos faraós; tentam melhorar por um lado a economia agrícola com a introdução de algumas inovações técnicas e por outro a rede dos contactos comerciais; dotam Alexandria de sumptuosos monumentos; e revelam um especial apreço pela cultura. A outra face das inovações agrícolas era o sistema que impunha pesadas contribuições aos agricultores e os mantinha numa relação de servidão, principalmente os que trabalhavam nas terras do rei.
Os soberanos sucedem-se de forma conturbada, fruto de lutas internas. Os últimos reinados revelam já uma desagregação que se acentua com a interferência romana. Ptolomeu XII, que tomara o Governo de Chipre, acaba por ser expulso pelos Romanos. Este deixa uma filha - Cleópatra - que se tornou detentora do trono após afastar os seus irmãos Ptolomeu XIII e Ptolomeu XIV, com os quais casara sucessivamente (seguindo a tradição egípcia, era permitido ao faraó casar com as irmãs). Das relações de Cleópatra com César nascera Ptolomeu XV, a quem Cleópatra tenta transmitir o poder com o acordo de Marco Aurélio. A guerra entre Marco Aurélio e Octávio e a vitória deste último provoca o colapso do período ptolomaico com o assassinato de Ptolomeu XV. Deste modo o Egito passaria a fazer parte do Império Romano.
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Como referenciar
Porto Editora – Egito Ptolomaico na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-09-09 02:53:08]. Disponível em
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