energias renováveis
Atualmente, cerca de 95% da energia utilizada é proveniente de carvões minerais, petróleo e gás natural, isto é, de fontes de energia não renováveis.
Torna-se cada vez mais claro que a produção de carvão, petróleo e gás natural não pode continuar indefinidamente, pelo que a necessidade de encontrar energias alternativas e renováveis é cada vez maior. Das alternativas possíveis, as mais estudadas são a energia solar, a eólica, a hidroelétrica, a geotérmica e a das marés. O termo energia solar refere-se geralmente à utilização direta dos raios solares na produção de energia. Os sistemas mais elaborados para utilizar este tipo de energia implicam a utilização de um coletor solar. Estes coletores são normalmente painéis grandes, negros, recobertos por vidro ou outra superfície transparente. O calor captado no sistema pode ser transferido pela circulação de ar ou de um fluído líquido, que circula em tubos no painel. Os coletores solares são utilizados para aquecimento do ambiente interior e da água, para consumo doméstico ou comercial.
Este sistema é aplicável em zonas com grandes períodos de sol. Tem a vantagem de a energia solar ser gratuita mas o inconveniente de os coletores solares ainda constituírem um investimento elevado. Em Israel, por exemplo, cerca de 20% das casas são equipadas com algum tipo de dispositivo solar. A utilização crescente desta energia pode vir a verificar-se à medida que o preço dos combustíveis for subindo.
Outro tipo de coletor solar utiliza células que captam a energia solar e a transformam diretamente em eletricidade. Atualmente é só utilizada em calculadoras e veículos espaciais. O futuro desta tecnologia é incerto, pois, além de ser relativamente ineficiente, as células são muito caras e são facilmente deterioradas.
A energia eólica já é utilizada há muitas centenas de anos como a forma de energia mais barata e também menos poluente. Era utilizada para extrair água dos poços e para produzir eletricidade. Contudo, a abundância de petróleo que surgiu no fim da Segunda Guerra Mundial fez regredir muitíssimo esta utilização. A energia do vento faz girar turbinas, que por sua vez geram eletricidade. O futuro da energia eólica é promissor, mas não é isento de dificuldades. Há muitos problemas técnicos para resolver na construção das turbinas. As populações têm utilizado as quedas de água como uma fonte de energia já há muitos anos. A energia gerada pela queda de água é utilizada para movimentar turbinas e produzir eletricidade. A energia hidroélectrica é uma energia renovável, mas as barragens construídas para a sua produção têm um tempo de duração limitado. Todos os rios transportam sedimentos que podem assorear o lago da barragem. Calcula-se que este processo demore entre 50 a 300 anos. Um exemplo de assoreamento é a barragem de Assuão, no Egito, construída em 1960 e que se prevê que em 2005 tenha metade do reservatório preenchido por sedimentos transportados pelo Rio Nilo. A determinação de locais capazes é um fator limitante para o desenvolvimento em larga escala da produção de energia hidroelétrica. As primeiras termas da civilização romana são certamente o testemunho mais antigo da utilização da energia geotérmica, isto é, a energia contida sob a forma de calor natural no interior da Terra. Não sendo possível utilizar diretamente a fonte de calor (geralmente uma câmara magmática), tem-se procurado aproveitar o calor que se liberta até à superfície sob a forma de vapor. Pode também ser aproveitado o calor absorvido pelas águas subterrâneas, de circulação resultante da água da chuva, que se infiltram e ficam em contacto com rochas a altas temperaturas.
A energia geotérmica tem sido utilizada para produzir eletricidade e diretamente no aquecimento, como acontece na cidade islandesa de Reiquiavique e em certos locais do Japão, da Rússia, da Nova Zelândia, do México, etc. O primeiro país a utilizar energia geotérmica foi a Itália, em 1904, seguido pela Islândia em 1928. O maior problema para a expansão deste tipo de energia é que são limitadas as zonas onde as águas subterrâneas e as rochas a elevadas temperaturas ou os magmas se encontram em conjunto. Alguns peritos admitem que futuramente a energia geotérmica poderá satisfazer cerca de 20% das necessidades energéticas mundiais.
Com a prevista diminuição da produção de petróleo, tem sido dedicada grande atenção à energia que pode ser obtida aproveitando as marés oceânicas. A obtenção de energia das marés começa pela construção de um açude na entrada de uma baía ou de um estuário, numa costa onde a variação das marés seja significativa. As variações das marés implicam variações no nível da água. O forte vaivem do fluxo da água pode ser utilizado para mover turbinas e geradores elétricos. A estimativa potencial da energia das marés está calculada em 635 000 gigawatts, o equivalente a mais de um milhar de milhões de barris de petróleo.
Torna-se cada vez mais claro que a produção de carvão, petróleo e gás natural não pode continuar indefinidamente, pelo que a necessidade de encontrar energias alternativas e renováveis é cada vez maior. Das alternativas possíveis, as mais estudadas são a energia solar, a eólica, a hidroelétrica, a geotérmica e a das marés. O termo energia solar refere-se geralmente à utilização direta dos raios solares na produção de energia. Os sistemas mais elaborados para utilizar este tipo de energia implicam a utilização de um coletor solar. Estes coletores são normalmente painéis grandes, negros, recobertos por vidro ou outra superfície transparente. O calor captado no sistema pode ser transferido pela circulação de ar ou de um fluído líquido, que circula em tubos no painel. Os coletores solares são utilizados para aquecimento do ambiente interior e da água, para consumo doméstico ou comercial.
Este sistema é aplicável em zonas com grandes períodos de sol. Tem a vantagem de a energia solar ser gratuita mas o inconveniente de os coletores solares ainda constituírem um investimento elevado. Em Israel, por exemplo, cerca de 20% das casas são equipadas com algum tipo de dispositivo solar. A utilização crescente desta energia pode vir a verificar-se à medida que o preço dos combustíveis for subindo.
A energia eólica já é utilizada há muitas centenas de anos como a forma de energia mais barata e também menos poluente. Era utilizada para extrair água dos poços e para produzir eletricidade. Contudo, a abundância de petróleo que surgiu no fim da Segunda Guerra Mundial fez regredir muitíssimo esta utilização. A energia do vento faz girar turbinas, que por sua vez geram eletricidade. O futuro da energia eólica é promissor, mas não é isento de dificuldades. Há muitos problemas técnicos para resolver na construção das turbinas. As populações têm utilizado as quedas de água como uma fonte de energia já há muitos anos. A energia gerada pela queda de água é utilizada para movimentar turbinas e produzir eletricidade. A energia hidroélectrica é uma energia renovável, mas as barragens construídas para a sua produção têm um tempo de duração limitado. Todos os rios transportam sedimentos que podem assorear o lago da barragem. Calcula-se que este processo demore entre 50 a 300 anos. Um exemplo de assoreamento é a barragem de Assuão, no Egito, construída em 1960 e que se prevê que em 2005 tenha metade do reservatório preenchido por sedimentos transportados pelo Rio Nilo. A determinação de locais capazes é um fator limitante para o desenvolvimento em larga escala da produção de energia hidroelétrica. As primeiras termas da civilização romana são certamente o testemunho mais antigo da utilização da energia geotérmica, isto é, a energia contida sob a forma de calor natural no interior da Terra. Não sendo possível utilizar diretamente a fonte de calor (geralmente uma câmara magmática), tem-se procurado aproveitar o calor que se liberta até à superfície sob a forma de vapor. Pode também ser aproveitado o calor absorvido pelas águas subterrâneas, de circulação resultante da água da chuva, que se infiltram e ficam em contacto com rochas a altas temperaturas.
A energia geotérmica tem sido utilizada para produzir eletricidade e diretamente no aquecimento, como acontece na cidade islandesa de Reiquiavique e em certos locais do Japão, da Rússia, da Nova Zelândia, do México, etc. O primeiro país a utilizar energia geotérmica foi a Itália, em 1904, seguido pela Islândia em 1928. O maior problema para a expansão deste tipo de energia é que são limitadas as zonas onde as águas subterrâneas e as rochas a elevadas temperaturas ou os magmas se encontram em conjunto. Alguns peritos admitem que futuramente a energia geotérmica poderá satisfazer cerca de 20% das necessidades energéticas mundiais.
Com a prevista diminuição da produção de petróleo, tem sido dedicada grande atenção à energia que pode ser obtida aproveitando as marés oceânicas. A obtenção de energia das marés começa pela construção de um açude na entrada de uma baía ou de um estuário, numa costa onde a variação das marés seja significativa. As variações das marés implicam variações no nível da água. O forte vaivem do fluxo da água pode ser utilizado para mover turbinas e geradores elétricos. A estimativa potencial da energia das marés está calculada em 635 000 gigawatts, o equivalente a mais de um milhar de milhões de barris de petróleo.
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Como referenciar
Porto Editora – energias renováveis na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-05-22 23:05:14]. Disponível em
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