Imhotep
Este arquiteto (também chamado de Imutés em certos documentos de origem grega) viveu no Egito durante a III Dinastia, tendo sido igualmente um alto dignitário e vizir do faraó Djoser (ou Yoser ou Zoser, que reinou presumivelmente entre 2630 e 2611 a. C.).
Notabilizou-se pela sua ciência (conforme aparece escrito em textos diversos que remontam ao Império Médio), uma vez que, além de ter escrito obras de arquitetura (como as Instruções ou Sebait, desaparecidas no tempo), instaurou a base do que seriam as pirâmides, marco da magnificência egípcia.
De facto, foi ele quem construiu a primeira pirâmide de Sakkarah, que inovou igualmente por ser escalonada e utilizar pedra em aparelho. É precisamente em Sakkarah onde se pensa situar-se o seu túmulo, provavelmente na mastaba anepígrafa número 3518. Neste mesmo local encontra-se o seu centro cultural, pois este arquiteto foi deificado cerca de dois mil anos depois a sua morte pela sua sabedoria nos âmbitos da medicina (cujas capacidades neste campo lhe valeram o estatuto de semi-deus anteriormente, cerca de cem anos após a sua morte), da sabedoria e da escrita, tendo-se o seu culto articulado com o de Ptah (do qual seria filho, tido com uma mulher denominada Khereduankh) e de Tot. A associação a Ptah pode ter derivado do facto de Imhotep ter sido um sumo-sacerdote no templo deste deus. O culto a Imhotep teve o seu apogeu no período greco-romano (332 a. C-395 d. C.), depois de um crescer ao longo do Período Tardio (712 a. C.-332 a. C.), e além de Sakkarah foi igualmente adorado em Tebas, em Deir el-Medina (juntamente com o filho de Hapu, o dignitário Amenhotep) e em Deir el-Bahri, enquanto que se encontram inscrições relativas a esta divindade no templo de Ptah em Karnak.
O templo dedicado a Imhotep em Sakkarah passou com o domínio grego a chamar-se Asclepion, uma vez que Imhotep foi identificado com o deus da medicina grego Asclépio. Os peregrinos e devotos ofertavam íbis (pássaro, também conhecido por íbis-sagrada) mumificados, que eram deixados nas catacumbas do templo, e os doentes tinham por hábito entregar modelos em argila dos órgãos e membros enfermos para que fossem curados pelo deus. Conhecem-se estatuetas votivas em bronze e amuletos datados do Período Tardio, sendo a sua representação mais habitual a de um escriba sentado de pernas cruzadas com um rolo de papiro sobre as pernas, usualmente com o nome do doador inscrito na base.
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