Ivens Ferraz
Militar, estadista e professor português, Artur Ivens Ferraz nasceu a 1 de dezembro de 1870, em Lisboa, morrendo a 16 de janeiro de 1933, na mesma cidade.
Foi um oficial de Artilharia no Exército.
Começou os seus estudos no Colégio Militar, estudando posteriormente na Escola Politécnica até ingressar na Escola do Exército, onde se especializou na arma de Artilharia, obtendo notáveis classificações. Fez depois, também com brilho, um curso de Estado Maior, vindo mais tarde a lecionar na Escola do Exército.
Em 1904, chefiou a delegação militar portuguesa que se deslocou a Inglaterra para observar manobras militares do exército britânico.
Oficial experimentado e de grandes méritos, Ivens Ferraz foi nomeado chefe da missão de ligação do Corpo Expedicionário Português (C.E.P.) junto do exército britânico em França, decorrendo então a Primeira Guerra Mundial. Devido às suas boas relações com as forças armadas inglesas e a sua experiência como oficial de ligação, exerceu o cargo de adido militar português em Londres entre 1919 e 1922.
Começou depois a sua carreira colonial, que foi para muitos políticos portugueses da I República um tirocínio para mais altos voos na política nacional.
Foi primeiramente chefe de gabinete do Alto Comissário português em Moçambique, Vítor Hugo de Azevedo Coutinho, atingindo depois o cargo de governador daquela colónia africana.
Regressado à metrópole, veio a desempenhar importantes cargos políticos e militares.
Assim, em 1927 era ministro do Comércio, assumindo depois as pastas das Colónias, das Finanças e, entre 8 de julho de 1929 e 21 de janeiro de 1930, foi chefe de governo.
Durante a sua titularidade nas Finanças, negociou em Genebra, junto da Sociedade das Nações (S.D.N.) um empréstimo importante para a economia nacional, embora o tenha depois recusado devido às duras condições impostas ao governo.
Ocupou, após o abandono do cargo, o cargo de administrado geral do Exército e depois o de Chefe de Estado Maior desse ramo das Forças Armadas Portuguesas, sendo surpreendido pela morte no exercício dessas funções, em 1933. Nestas funções militares, representou o Exército português na Conferência de Desarmamento da S.D.N.
No âmbito da sua carreira militar, Ivens Ferraz colaborou em revistas da especialidade, principalmente nas Revistas de Artilharia e na Militar.
Presidiu também, durante vários anos, à Liga dos Combatentes da Grande Guerra.
Foi várias vezes condecorado, tendo recebido, entre outras distinções, os colares da Torre-e-Espada e de Santiago, bem como a grã-cruz de Avis, para além de outras medalhas, com particular destaque em outros países, como a Inglaterra, Bélgica, Espanha ou do Vaticano.
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