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Itália
Geografia
País do Sul da Europa. Ocupa a Península Itálica, identificada pela sua forma em "bota". Abrange uma área de 301 230 km2, incluindo as ilhas da Sicília e da Sardenha. Faz fronteira com a França, a noroeste, a Suíça e a Áustria, a norte, e a Eslovénia, a nordeste, e é banhado pelo mar Adriático, a leste, e pelo mar Mediterrâneo, a sul, e pelos mares Tirreno e Ligúrico, a oeste. As cidades mais importantes são Roma, a capital, com 2, 318, 895 habitantes (2024), Milão 1,371,850 habitantes (2024), Nápoles 959, 470 habitantes (2024), Turim 870, 456 habitantes (2024), Palermo 648, 260 habitantes (2024), Génova 1 1750 000 habitantes, Bolonha 369 000 habitantes, Florença 351 300 habitantes, Catânia 305 600 habitantes, Bari 311 600 habitantes e Veneza 265 500 habitantes.
O território italiano é constituído por uma parte continental, mais a norte, uma parte peninsular e outra insular. A área do país mais a norte é formada por duas áreas de altitude distinta: os contrafortes dos Alpes, ao longo dos quais se desenvolve a fronteira com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia; a planície construída do rio Pó. A parte peninsular é atravessada no seu comprimento pelos Apeninos, uma cadeia essencialmente calcária, que se prolongam pela Sicília.
A testemunhar a origem das montanhas, a existência de vulcões como o Vesúvio (perto de Nápoles) e o Etna (na Sicília), cujas erupções são conhecidas, nomeadamente a destruição das cidades de Pompeia e Herculano. Clima
O clima é de tipo mediterrâneo, quente e seco no verão e ameno no inverno. No Norte da Itália, os invernos são mais rigorosos.
Economia
A Itália tem uma economia desenvolvida, centrada na indústria e nos serviços. Na agricultura, as culturas dominantes são a beterraba, o trigo, o milho, o tomate, a batata, a azeitona, a cevada, a soja, o pêssego e a pera. Os recursos minerais existentes são insuficientes para o tipo de necessidades industriais, apenas são produzidos em quantidade a pirite, o zinco, o magnésio e o chumbo. Na indústria, as principais produções são o aço, o armamento, os automóveis, a maquinaria têxtil, o material elétrico, os materiais de construção, os produtos químicos, os têxteis e as confeções, o calçado, o vidro, a cerâmica, os produtos alimentares, o vinho e a cerveja. O setor turístico também merece um destaque, pois a Itália é dos países que recebe maior número de turistas. As exportações destinam-se à Alemanha, à França, aos EUA e ao Reino Unido e abrangem maquinaria, equipamentos para os transportes, produtos químicos, têxteis, vestuário, calçado e produtos alimentares. As importações provêm da Alemanha, da França, da Holanda e do Reino Unido e são constituídas por maquinaria, equipamento para os transportes, produtos químicos, metais, produtos alimentares, petróleo e têxteis.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 7,3.
População
A população era, em 2006, de 58 133 509 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 192,89 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 8,72%o e 10,4%o. A esperança média de vida é de 79,81 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,916 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,910 (2001). Estima-se que, em 2025, a população diminua para 54 271 000 habitantes. Quase todos os habitantes do país são de origem italiana. A religião com maior expressão é a católica (83% da população). A língua oficial é o italiano.
Arte e Cultura
Desde cedo que a literatura italiana se transformou numa importante expressão internacional, especialmente através de Dante, de Francesco Petrarca e de Giovanni Boccaccio. Depois das criações de Ludovico Ariosto e de Torquato Tasso, no final do Renascimento, seguiu-se um período de um certo declínio literário que foi revigorado, no século XIX, por Alessandro Manzoni e por Giacomo Leopardi e, no século XX, por Gabriele D'Annunzio e por Luigi Pirandello.
Nas artes plásticas e na arquitetura, surgem os nomes de Giotto, de Donatello, de Fillipo Brunelleschi, de Michelangelo Buonarroti, de Leonardo da Vinci, de Ticiano, de Gian Lorenzo Bernini e de Giovanni Battista Tiepolo.
A música italiana representa uma das maiores expressões artísticas na Europa. Depois das canções trovadorescas e madrigais, surgiram as composições de G. P. da Palestrina, de Claudio Monteverdi, de Antonio Vivaldi, de Gioacchino Rossini e de Giuseppe Verdi. No entanto, a contribuição artística contemporânea mais significativa é, provavelmente, o cinema. Alguns dos realizadores de maior prestígio e destaque são Roberto Rossellini, Bernardo Bertolucci, Vittorio de Sica, Michelangelo Antonioni, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini e Luchino Visconti.
História
Apesar da sua antiguidade enquanto grande região, a Itália é uma nação com pouco mais de um século. As invasões bárbaras, nos séculos IV e V, originaram a queda do Império Romano do Ocidente. Parte da península ficou a ser dominada pelos Bizantinos, enquanto o restante território passou para o domínio dos Lombardos. No século XI, os Normandos fixaram-se no Sul da Itália, formando um reino. Entretanto, algumas cidades-estado, cujas rivalidades políticas e económicas eram intensas, começaram a afirmar-se no Norte. Mas, embora a Itália permanecesse politicamente fragmentada ao longo de vários séculos, tornou-se no centro cultural do Ocidente, entre os séculos XIII e XVI.
No final do século XV, a Itália foi invadida pela França e, mais tarde, pelo imperador Carlos V, que subjugou a maior parte do território em 1550. A seguir a Carlos V, os Habsburgo espanhóis controlaram a Itália até os Habsburgo austríacos governarem o território, na primeira metade do século XVIII. No final da ocupação napoleónica, em 1815, alguns estados tornaram-se independentes. No século XIX, apareceu o Risorgimento, um movimento favorável à unificação, liderado pelos monarcas liberais do Estado de Piemonte. Com a ajuda francesa, conseguiram unir grande parte da Itália e colocar no trono, em 1861, o rei Victor Emmanuel II. A anexação de Veneza, em 1866, e da Roma papal, em 1870, tornaram a Itália peninsular numa nação.
Após a Primeira Guerra Mundial, sob a liderança de Benito Mussolini, o fascismo desenvolveu-se rapidamente no país. A Itália invadiu a Etiópia e, em 1936, formou uma aliança com a Alemanha nazi. Em 1943, quando as forças aliadas invadiram o território italiano, Mussolini fugiu e a Itália rendeu-se e uniu-se aos Aliados contra a Alemanha. Em 1946, foi proclamada a República e, enquanto o país recuperava da guerra, os governos de coligação foram-se sucedendo. O crescimento económico foi lento, mas firme, e a Itália acabou por se tornar membro fundador da CEE (atual União Europeia) e da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO). Entretanto, na década de 1970, o início das ações terroristas das Brigadas Vermelhas de esquerda ameaçaram a estabilidade interna do país. Mas, no final da década de 1980, os grupos terroristas foram neutralizados através de investigações e de detenções policiais.
A partir da década de 1990, os governos começaram a ser agitados por uma série de escândalos. Por outro lado, os grandes gastos financeiros originaram um enorme défice, o que gerou um período de grande instabilidade política, social e económica.
País do Sul da Europa. Ocupa a Península Itálica, identificada pela sua forma em "bota". Abrange uma área de 301 230 km2, incluindo as ilhas da Sicília e da Sardenha. Faz fronteira com a França, a noroeste, a Suíça e a Áustria, a norte, e a Eslovénia, a nordeste, e é banhado pelo mar Adriático, a leste, e pelo mar Mediterrâneo, a sul, e pelos mares Tirreno e Ligúrico, a oeste. As cidades mais importantes são Roma, a capital, com 2, 318, 895 habitantes (2024), Milão 1,371,850 habitantes (2024), Nápoles 959, 470 habitantes (2024), Turim 870, 456 habitantes (2024), Palermo 648, 260 habitantes (2024), Génova 1 1750 000 habitantes, Bolonha 369 000 habitantes, Florença 351 300 habitantes, Catânia 305 600 habitantes, Bari 311 600 habitantes e Veneza 265 500 habitantes.
O território italiano é constituído por uma parte continental, mais a norte, uma parte peninsular e outra insular. A área do país mais a norte é formada por duas áreas de altitude distinta: os contrafortes dos Alpes, ao longo dos quais se desenvolve a fronteira com a França, Suíça, Áustria e Eslovénia; a planície construída do rio Pó. A parte peninsular é atravessada no seu comprimento pelos Apeninos, uma cadeia essencialmente calcária, que se prolongam pela Sicília.
A testemunhar a origem das montanhas, a existência de vulcões como o Vesúvio (perto de Nápoles) e o Etna (na Sicília), cujas erupções são conhecidas, nomeadamente a destruição das cidades de Pompeia e Herculano. Clima
O clima é de tipo mediterrâneo, quente e seco no verão e ameno no inverno. No Norte da Itália, os invernos são mais rigorosos.
A Itália tem uma economia desenvolvida, centrada na indústria e nos serviços. Na agricultura, as culturas dominantes são a beterraba, o trigo, o milho, o tomate, a batata, a azeitona, a cevada, a soja, o pêssego e a pera. Os recursos minerais existentes são insuficientes para o tipo de necessidades industriais, apenas são produzidos em quantidade a pirite, o zinco, o magnésio e o chumbo. Na indústria, as principais produções são o aço, o armamento, os automóveis, a maquinaria têxtil, o material elétrico, os materiais de construção, os produtos químicos, os têxteis e as confeções, o calçado, o vidro, a cerâmica, os produtos alimentares, o vinho e a cerveja. O setor turístico também merece um destaque, pois a Itália é dos países que recebe maior número de turistas. As exportações destinam-se à Alemanha, à França, aos EUA e ao Reino Unido e abrangem maquinaria, equipamentos para os transportes, produtos químicos, têxteis, vestuário, calçado e produtos alimentares. As importações provêm da Alemanha, da França, da Holanda e do Reino Unido e são constituídas por maquinaria, equipamento para os transportes, produtos químicos, metais, produtos alimentares, petróleo e têxteis.
Indicador ambiental: o valor das emissões de dióxido de carbono, per capita (toneladas métricas, 1999), é de 7,3.
População
A população era, em 2006, de 58 133 509 habitantes, o que corresponde a uma densidade de aproximadamente 192,89 hab./km2. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 8,72%o e 10,4%o. A esperança média de vida é de 79,81 anos. O valor do Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,916 e o valor do Índice de Desenvolvimento ajustado ao Género (IDG) é de 0,910 (2001). Estima-se que, em 2025, a população diminua para 54 271 000 habitantes. Quase todos os habitantes do país são de origem italiana. A religião com maior expressão é a católica (83% da população). A língua oficial é o italiano.
Arte e Cultura
Desde cedo que a literatura italiana se transformou numa importante expressão internacional, especialmente através de Dante, de Francesco Petrarca e de Giovanni Boccaccio. Depois das criações de Ludovico Ariosto e de Torquato Tasso, no final do Renascimento, seguiu-se um período de um certo declínio literário que foi revigorado, no século XIX, por Alessandro Manzoni e por Giacomo Leopardi e, no século XX, por Gabriele D'Annunzio e por Luigi Pirandello.
Nas artes plásticas e na arquitetura, surgem os nomes de Giotto, de Donatello, de Fillipo Brunelleschi, de Michelangelo Buonarroti, de Leonardo da Vinci, de Ticiano, de Gian Lorenzo Bernini e de Giovanni Battista Tiepolo.
A música italiana representa uma das maiores expressões artísticas na Europa. Depois das canções trovadorescas e madrigais, surgiram as composições de G. P. da Palestrina, de Claudio Monteverdi, de Antonio Vivaldi, de Gioacchino Rossini e de Giuseppe Verdi. No entanto, a contribuição artística contemporânea mais significativa é, provavelmente, o cinema. Alguns dos realizadores de maior prestígio e destaque são Roberto Rossellini, Bernardo Bertolucci, Vittorio de Sica, Michelangelo Antonioni, Federico Fellini, Pier Paolo Pasolini e Luchino Visconti.
História
Apesar da sua antiguidade enquanto grande região, a Itália é uma nação com pouco mais de um século. As invasões bárbaras, nos séculos IV e V, originaram a queda do Império Romano do Ocidente. Parte da península ficou a ser dominada pelos Bizantinos, enquanto o restante território passou para o domínio dos Lombardos. No século XI, os Normandos fixaram-se no Sul da Itália, formando um reino. Entretanto, algumas cidades-estado, cujas rivalidades políticas e económicas eram intensas, começaram a afirmar-se no Norte. Mas, embora a Itália permanecesse politicamente fragmentada ao longo de vários séculos, tornou-se no centro cultural do Ocidente, entre os séculos XIII e XVI.
No final do século XV, a Itália foi invadida pela França e, mais tarde, pelo imperador Carlos V, que subjugou a maior parte do território em 1550. A seguir a Carlos V, os Habsburgo espanhóis controlaram a Itália até os Habsburgo austríacos governarem o território, na primeira metade do século XVIII. No final da ocupação napoleónica, em 1815, alguns estados tornaram-se independentes. No século XIX, apareceu o Risorgimento, um movimento favorável à unificação, liderado pelos monarcas liberais do Estado de Piemonte. Com a ajuda francesa, conseguiram unir grande parte da Itália e colocar no trono, em 1861, o rei Victor Emmanuel II. A anexação de Veneza, em 1866, e da Roma papal, em 1870, tornaram a Itália peninsular numa nação.
Após a Primeira Guerra Mundial, sob a liderança de Benito Mussolini, o fascismo desenvolveu-se rapidamente no país. A Itália invadiu a Etiópia e, em 1936, formou uma aliança com a Alemanha nazi. Em 1943, quando as forças aliadas invadiram o território italiano, Mussolini fugiu e a Itália rendeu-se e uniu-se aos Aliados contra a Alemanha. Em 1946, foi proclamada a República e, enquanto o país recuperava da guerra, os governos de coligação foram-se sucedendo. O crescimento económico foi lento, mas firme, e a Itália acabou por se tornar membro fundador da CEE (atual União Europeia) e da Organização do Tratado Atlântico Norte (NATO). Entretanto, na década de 1970, o início das ações terroristas das Brigadas Vermelhas de esquerda ameaçaram a estabilidade interna do país. Mas, no final da década de 1980, os grupos terroristas foram neutralizados através de investigações e de detenções policiais.
A partir da década de 1990, os governos começaram a ser agitados por uma série de escândalos. Por outro lado, os grandes gastos financeiros originaram um enorme défice, o que gerou um período de grande instabilidade política, social e económica.
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Como referenciar
Porto Editora – Itália na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-01-14 07:41:12]. Disponível em
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