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Moçambique
Geografia
País da África Austral. Moçambique situa-se na costa sudeste de África e faz fronteira com a África do Sul e a Suazilândia a sul e a sudoeste, o Zimbabwe a oeste, a Zâmbia e o Malawi a noroeste, e a Tanzânia a norte, sendo a costa leste banhada pelo oceano Índico que, através do canal de Moçambique, o separa da ilha de Madagáscar. Tem uma área de 801 590 km2. As principais cidades são o Maputo (ex-Lourenço Marques), a capital, a Beira e Nampula.
O rio Zambeze, o maior rio do país, divide Moçambique ao meio, constituindo uma autêntica fronteira natural entre as duas regiões geográficas distintas que existem no país: a região norte, de terras altas, com solos férteis e onde há maior concentração florestal; e a região sul, de terras baixas e com solos mais pobres, com uma paisagem caracterizada pela existência de savanas.
Clima
O clima de Moçambique é tropical de monções, havendo a registar a existência de uma estação das chuvas sob a ação da monção marítima de nordeste (que decorre entre novembro e março) e de uma estação seca sob a influência da monção terrestre de sudoeste (de abril a outubro). É de salientar que a região norte é mais húmida que a do sul, facto ao qual não está alheia a influência das monções vindas do oceano Índico e que atingem com maior incidência a costa norte, já que a costa sul está de certa forma protegida pela barreira geográfica constituída pela ilha de Madagáscar. As zonas de altitude superior a 1000 metros têm um clima tropical de altitude que se aproxima, pelas suas características, dos climas temperados.
Economia
O principal setor económico é a agricultura, que tem como principais produções o milho, a mandioca, o feijão e o arroz, sendo a atividade complementada pela criação de gado. Por outro lado, a produção agrícola para exportação assenta no açúcar, no chá e nos citrinos, produtos incrementados na era colonial e que continuaram a ser produzidos. Também a exploração florestal decresceu após a independência, apesar do interesse já revelado por investidores internacionais. A atividade piscatória tem progredido, já que os rendimentos provenientes da captura e venda de cavala, sardinha, atum e, sobretudo, camarão e lagosta, têm vindo a aumentar gradualmente desde o início da década de 70.
O setor industrial engloba pequenas indústrias ligadas quer à exploração mineira quer à manufaturação de matérias-primas para exportação. Ambas as vertentes se encontram pouco exploradas, principalmente a ligada à exploração mineira, uma vez que os recursos minerais são consideráveis, pois, para além de possuir a maior reserva de tantalite (minério raro e muito importante para a indústria eletrónica), encontram-se facilmente outros minérios com elevados níveis de qualidade, como o ferro, bauxite, cobre, grafite, mármore, granada (pedra preciosa) e pedra de cal.
Os principais parceiros comerciais de Moçambique são a África do Sul, a Espanha, o Japão e Portugal.
População
Possui uma população que, em 2015, se estimava em 25 313 113 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 38,58%o e 12,1%o. A esperança média de vida é de 52,94 anos.
Em termos de composição etnolinguística, o grupo mais numeroso é o dos macuas (47%), seguido dos tsonga (23%), dos malawi (12%) e dos shonas (11%). As crenças tradicionais são seguidas por 48% da população, correspondendo os católicos a 28% e os muçulmanos a 18%. A língua oficial é o português.
História
Quando a armada de Vasco da Gama atingiu a costa moçambicana, encontrou um território com um complexo sistema político, económico e social, estruturado por povos que, não só habitavam aquela zona desde o século III d. C., como também tinham contactos comerciais com árabes e asiáticos desde os finais do primeiro milénio, contactos esses que assentavam na bem-sucedida exploração do ouro, ferro e cobre.
Tendo como pontos de partida Sofala e a Ilha de Moçambique, os exploradores portugueses foram penetrando no interior do território, estabelecendo os primeiros entrepostos comerciais e fazendo as primeiras concessões de terras aos colonos ao longo do rio Zambeze, como medida para obter o controlo das rotas comerciais, ao mesmo tempo que se assegurava o povoamento do território pelos portugueses. Todo este processo teve, desde o início, de lutar contra as movimentações árabes na região, conseguindo Portugal controlar praticamente toda a costa moçambicana até ao início do século XVIII, situação que se inverteu a partir do momento em que os portugueses perderam, em 1698, o Forte Jesus em Mombaça (Quénia) para os árabes.
Durante o século XVIII, outro comércio floresceu no território - o comércio escravista. De facto, devido à necessidade de mão de obra existente no Brasil, os naturais das regiões do interior começaram a ser capturados para serem vendidos como escravos. E, apesar dos acordos feitos, em meados do século XIX, entre Portugal e a Inglaterra com vista à cessação deste comércio, a verdade é que o tráfico clandestino de escravos se manteve até aos primeiros anos do século XX.
Ainda no século XIX, Portugal deparou com outra contrariedade no território moçambicano: o desencadear de conflitos tribais no sudoeste de Moçambique, com origem em ataques perpetrados, quer pelo emergente reino dos Zulos, quer pelos povos Zwangendaba e Soshangane (que recusavam subjugarem-se aos portugueses). Este último foi responsável pela fundação do estado de Gaza, no Sul de Moçambique, que apenas em 1897 foi desmantelado pelos portugueses, passando, assim, todo o território a ser controlado por Portugal.
Com as fronteiras definidas através de acordos diplomáticos com a Inglaterra (em que Portugal foi obrigado a ceder aos interesses ingleses devido às elevadas dívidas que tinha para com a Inglaterra), Moçambique desenvolveu-se através da implantação de grandes companhias privadas que se dedicavam à agricultura, à exploração mineira ou mesmo à construção de vias rodoviárias e ferroviárias. Estas companhias cresciam à custa da utilização de trabalho forçado, da imposição de elevados impostos e do estabelecimento de baixos salários.
Este quadro não se alterou quando em Portugal o golpe de Estado de 1926 instituiu uma ditadura (batizada depois de Estado Novo) que passou a controlar diretamente as colónias, e entre elas Moçambique. O governo português terminou neste caso com as concessões a empresas privadas, e instituiu políticas protecionistas por altura da Grande Depressão de 1930. Estas medidas viriam a resultar na acumulação de capital que só seria investido na década de 50, em grandes projetos para o desenvolvimento de infraestruturas de comunicações. Este investimento coincidiu com a chegada de milhares de colonos portugueses que pretendiam aproveitar as várias oportunidades que o Estado Novo lhes oferecia e que eram recusadas aos moçambicanos.
Este aspeto da política ultramarina portuguesa proporcionou o aparecimento de ideais independentistas. Estes ideais foram consolidados, em 1962, com o nascimento da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que, após alguns desentendimentos internos, iniciou uma política de guerrilha armada em 1964, uma guerra que, para Portugal, representava mais um conflito a juntar aos que ocorriam nas outras colónias portuguesas em África.
O golpe de Estado de 25 de abril de 1974, ocorrido em Portugal, derrubou a ditadura e implantou a democracia, abrindo as portas ao processo de descolonização. A FRELIMO, aproveitando as suas posições militares no Norte e Centro de Moçambique, liderou o processo de independência, declarando, a 25 de junho de 1975, a República Popular de Moçambique como estado independente com uma Constituição que permitia apenas a existência de um partido - a FRELIMO.
Contudo, pouco tempo depois da independência, Moçambique mergulhou numa guerra civil que opunha a FRELIMO à Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Este movimento contava com o apoio dos governos da Rodésia e da África do Sul (como resposta ao apoio dado pela FRELIMO quer à guerrilha oposicionista, quer ao movimento do ANC), para além do apoio de antigos colonos portugueses e de algumas camadas da população moçambicana.
Este conflito teve consequências extremamente negativas na vida do país, e nem o acordo de Nkomati, assinado em 1984, e que previa o fim do apoio sul-africano à RENAMO, conseguiu alterar o quadro belicoso que caracterizava Moçambique. A situação só foi ultrapassada com o acordo de paz assinado entre a FRELIMO e a RENAMO a 4 de outubro de 1992, após uma alteração constitucional que previa a abertura da vida política a outras forças que não a FRELIMO.
A 27 e 28 de outubro de 1994 tiveram lugar as primeiras eleições multipartidárias para a legislatura e a presidência da República, cujos resultados deram a vitória à FRELIMO (44,3%) e a Joaquim Chissano (53,3%), líder daquele partido. Por outro lado, a RENAMO, pela voz do seu líder Afonso Dhlakama (que obtiveram, respetivamente, 33,7% e 37,7% dos votos), reconheceu e aceitou a vitória da FRELIMO, ao mesmo tempo que assegurava o empenho em desmobilizar as suas forças militares, compromisso esse assumido, também, pelo governo.
Esta estabilidade política e social veio encorajar o investimento estrangeiro no território, destacando-se a Inglaterra pelas medidas tomadas no que tocava não só à redução drástica da enorme dívida que Moçambique tinha para com aquele país, como também à enorme doação de capital efetuada por aquele país. Estas iniciativas tiveram o condão de fortalecer os laços entre os dois países, levando mesmo a que, em 1995, Moçambique entrasse para a Commonwealth, embora sem alteração, por exemplo, na língua oficial, que continua a ser o português.
Em 1999 Joaquim Chissano foi reeleito presidente, confirmando a maioria de votos para a FRELIMO.
Entre fevereiro e março de 2000, Moçambique sofreu grandes inundações provocadas por chuvas torrenciais que fizeram aumentar os caudais dos rios, principalmente o Limpopo e o Zambeze. Foi a maior inundação na História de Moçambique, tendo provocado um elevado números de vítimas, graves problemas económicos para um país em desenvolvimento (como o arruinar de culturas e armazenamento de bens essenciais à economia do país), além de graves problemas de realojamento e alimentação das populações afetadas. Moçambique recebeu ajuda internacional na tentativa de minorar os efeitos provocados pelo desastre natural.
País da África Austral. Moçambique situa-se na costa sudeste de África e faz fronteira com a África do Sul e a Suazilândia a sul e a sudoeste, o Zimbabwe a oeste, a Zâmbia e o Malawi a noroeste, e a Tanzânia a norte, sendo a costa leste banhada pelo oceano Índico que, através do canal de Moçambique, o separa da ilha de Madagáscar. Tem uma área de 801 590 km2. As principais cidades são o Maputo (ex-Lourenço Marques), a capital, a Beira e Nampula.
O rio Zambeze, o maior rio do país, divide Moçambique ao meio, constituindo uma autêntica fronteira natural entre as duas regiões geográficas distintas que existem no país: a região norte, de terras altas, com solos férteis e onde há maior concentração florestal; e a região sul, de terras baixas e com solos mais pobres, com uma paisagem caracterizada pela existência de savanas.
Clima
O clima de Moçambique é tropical de monções, havendo a registar a existência de uma estação das chuvas sob a ação da monção marítima de nordeste (que decorre entre novembro e março) e de uma estação seca sob a influência da monção terrestre de sudoeste (de abril a outubro). É de salientar que a região norte é mais húmida que a do sul, facto ao qual não está alheia a influência das monções vindas do oceano Índico e que atingem com maior incidência a costa norte, já que a costa sul está de certa forma protegida pela barreira geográfica constituída pela ilha de Madagáscar. As zonas de altitude superior a 1000 metros têm um clima tropical de altitude que se aproxima, pelas suas características, dos climas temperados.
Economia
O principal setor económico é a agricultura, que tem como principais produções o milho, a mandioca, o feijão e o arroz, sendo a atividade complementada pela criação de gado. Por outro lado, a produção agrícola para exportação assenta no açúcar, no chá e nos citrinos, produtos incrementados na era colonial e que continuaram a ser produzidos. Também a exploração florestal decresceu após a independência, apesar do interesse já revelado por investidores internacionais. A atividade piscatória tem progredido, já que os rendimentos provenientes da captura e venda de cavala, sardinha, atum e, sobretudo, camarão e lagosta, têm vindo a aumentar gradualmente desde o início da década de 70.
O setor industrial engloba pequenas indústrias ligadas quer à exploração mineira quer à manufaturação de matérias-primas para exportação. Ambas as vertentes se encontram pouco exploradas, principalmente a ligada à exploração mineira, uma vez que os recursos minerais são consideráveis, pois, para além de possuir a maior reserva de tantalite (minério raro e muito importante para a indústria eletrónica), encontram-se facilmente outros minérios com elevados níveis de qualidade, como o ferro, bauxite, cobre, grafite, mármore, granada (pedra preciosa) e pedra de cal.
Os principais parceiros comerciais de Moçambique são a África do Sul, a Espanha, o Japão e Portugal.
População
Possui uma população que, em 2015, se estimava em 25 313 113 habitantes. As taxas de natalidade e de mortalidade são, respetivamente, de 38,58%o e 12,1%o. A esperança média de vida é de 52,94 anos.
Em termos de composição etnolinguística, o grupo mais numeroso é o dos macuas (47%), seguido dos tsonga (23%), dos malawi (12%) e dos shonas (11%). As crenças tradicionais são seguidas por 48% da população, correspondendo os católicos a 28% e os muçulmanos a 18%. A língua oficial é o português.
História
Quando a armada de Vasco da Gama atingiu a costa moçambicana, encontrou um território com um complexo sistema político, económico e social, estruturado por povos que, não só habitavam aquela zona desde o século III d. C., como também tinham contactos comerciais com árabes e asiáticos desde os finais do primeiro milénio, contactos esses que assentavam na bem-sucedida exploração do ouro, ferro e cobre.
Tendo como pontos de partida Sofala e a Ilha de Moçambique, os exploradores portugueses foram penetrando no interior do território, estabelecendo os primeiros entrepostos comerciais e fazendo as primeiras concessões de terras aos colonos ao longo do rio Zambeze, como medida para obter o controlo das rotas comerciais, ao mesmo tempo que se assegurava o povoamento do território pelos portugueses. Todo este processo teve, desde o início, de lutar contra as movimentações árabes na região, conseguindo Portugal controlar praticamente toda a costa moçambicana até ao início do século XVIII, situação que se inverteu a partir do momento em que os portugueses perderam, em 1698, o Forte Jesus em Mombaça (Quénia) para os árabes.
Durante o século XVIII, outro comércio floresceu no território - o comércio escravista. De facto, devido à necessidade de mão de obra existente no Brasil, os naturais das regiões do interior começaram a ser capturados para serem vendidos como escravos. E, apesar dos acordos feitos, em meados do século XIX, entre Portugal e a Inglaterra com vista à cessação deste comércio, a verdade é que o tráfico clandestino de escravos se manteve até aos primeiros anos do século XX.
Ainda no século XIX, Portugal deparou com outra contrariedade no território moçambicano: o desencadear de conflitos tribais no sudoeste de Moçambique, com origem em ataques perpetrados, quer pelo emergente reino dos Zulos, quer pelos povos Zwangendaba e Soshangane (que recusavam subjugarem-se aos portugueses). Este último foi responsável pela fundação do estado de Gaza, no Sul de Moçambique, que apenas em 1897 foi desmantelado pelos portugueses, passando, assim, todo o território a ser controlado por Portugal.
Com as fronteiras definidas através de acordos diplomáticos com a Inglaterra (em que Portugal foi obrigado a ceder aos interesses ingleses devido às elevadas dívidas que tinha para com a Inglaterra), Moçambique desenvolveu-se através da implantação de grandes companhias privadas que se dedicavam à agricultura, à exploração mineira ou mesmo à construção de vias rodoviárias e ferroviárias. Estas companhias cresciam à custa da utilização de trabalho forçado, da imposição de elevados impostos e do estabelecimento de baixos salários.
Este quadro não se alterou quando em Portugal o golpe de Estado de 1926 instituiu uma ditadura (batizada depois de Estado Novo) que passou a controlar diretamente as colónias, e entre elas Moçambique. O governo português terminou neste caso com as concessões a empresas privadas, e instituiu políticas protecionistas por altura da Grande Depressão de 1930. Estas medidas viriam a resultar na acumulação de capital que só seria investido na década de 50, em grandes projetos para o desenvolvimento de infraestruturas de comunicações. Este investimento coincidiu com a chegada de milhares de colonos portugueses que pretendiam aproveitar as várias oportunidades que o Estado Novo lhes oferecia e que eram recusadas aos moçambicanos.
Este aspeto da política ultramarina portuguesa proporcionou o aparecimento de ideais independentistas. Estes ideais foram consolidados, em 1962, com o nascimento da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) que, após alguns desentendimentos internos, iniciou uma política de guerrilha armada em 1964, uma guerra que, para Portugal, representava mais um conflito a juntar aos que ocorriam nas outras colónias portuguesas em África.
O golpe de Estado de 25 de abril de 1974, ocorrido em Portugal, derrubou a ditadura e implantou a democracia, abrindo as portas ao processo de descolonização. A FRELIMO, aproveitando as suas posições militares no Norte e Centro de Moçambique, liderou o processo de independência, declarando, a 25 de junho de 1975, a República Popular de Moçambique como estado independente com uma Constituição que permitia apenas a existência de um partido - a FRELIMO.
Contudo, pouco tempo depois da independência, Moçambique mergulhou numa guerra civil que opunha a FRELIMO à Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). Este movimento contava com o apoio dos governos da Rodésia e da África do Sul (como resposta ao apoio dado pela FRELIMO quer à guerrilha oposicionista, quer ao movimento do ANC), para além do apoio de antigos colonos portugueses e de algumas camadas da população moçambicana.
Este conflito teve consequências extremamente negativas na vida do país, e nem o acordo de Nkomati, assinado em 1984, e que previa o fim do apoio sul-africano à RENAMO, conseguiu alterar o quadro belicoso que caracterizava Moçambique. A situação só foi ultrapassada com o acordo de paz assinado entre a FRELIMO e a RENAMO a 4 de outubro de 1992, após uma alteração constitucional que previa a abertura da vida política a outras forças que não a FRELIMO.
A 27 e 28 de outubro de 1994 tiveram lugar as primeiras eleições multipartidárias para a legislatura e a presidência da República, cujos resultados deram a vitória à FRELIMO (44,3%) e a Joaquim Chissano (53,3%), líder daquele partido. Por outro lado, a RENAMO, pela voz do seu líder Afonso Dhlakama (que obtiveram, respetivamente, 33,7% e 37,7% dos votos), reconheceu e aceitou a vitória da FRELIMO, ao mesmo tempo que assegurava o empenho em desmobilizar as suas forças militares, compromisso esse assumido, também, pelo governo.
Esta estabilidade política e social veio encorajar o investimento estrangeiro no território, destacando-se a Inglaterra pelas medidas tomadas no que tocava não só à redução drástica da enorme dívida que Moçambique tinha para com aquele país, como também à enorme doação de capital efetuada por aquele país. Estas iniciativas tiveram o condão de fortalecer os laços entre os dois países, levando mesmo a que, em 1995, Moçambique entrasse para a Commonwealth, embora sem alteração, por exemplo, na língua oficial, que continua a ser o português.
Em 1999 Joaquim Chissano foi reeleito presidente, confirmando a maioria de votos para a FRELIMO.
Entre fevereiro e março de 2000, Moçambique sofreu grandes inundações provocadas por chuvas torrenciais que fizeram aumentar os caudais dos rios, principalmente o Limpopo e o Zambeze. Foi a maior inundação na História de Moçambique, tendo provocado um elevado números de vítimas, graves problemas económicos para um país em desenvolvimento (como o arruinar de culturas e armazenamento de bens essenciais à economia do país), além de graves problemas de realojamento e alimentação das populações afetadas. Moçambique recebeu ajuda internacional na tentativa de minorar os efeitos provocados pelo desastre natural.
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Como referenciar
Porto Editora – Moçambique na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2024-12-09 01:41:12]. Disponível em
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